Quercus assinala Dia Mundial do Elefante

elefante5 nO Dia Mundial do Elefante ou “World  Elephant Day” foi fundado em 2012 pela canadiana Patrícia Sims e pela Elephant Reintroduction Foundation, da Tailândia, onde este animal é símbolo nacional. Atualmente, a data é apoiada por cerca de 70 fundações de vida selvagem a nível global. Em Moçambique, a data é celebrada numa altura em que os pareceres indicam que de 2010 a 2014, a população de elefantes tenha diminuído de 20.000 para metade, devido à caça furtiva, com maior ocorrência nas zonas Norte e Centro do País. A Reserva Nacional do Niassa albergava 12 mil elefantes em 2012 dos quais apenas restam 4.400, ou seja, num período de 4 anos foram abatidos cerca de 8 mil elefantes, sendo considerado como sendo o maior massacre da espécie em Moçambique. (WWF-Moçambique, 2016)
Este majestoso animal, de acordo com a subespécie correspondente, habita em locais tao distintos como florestas, campos, savanas, regiões montanhosas ou desertos (WWF, 2016).
Em 2014, a UNESCO incentivava a proteção da cultura e zonas de património natural, colocando Selous na sua Lista de Património Mundial em Perigo. As características que conquistaram o reconhecimento internacional de reserva estão agora sob ameaça iminente. Escandalosamente algumas organizações criminosas mataram uma média de seis elefantes por dia em áreas protegidas durante o pico mais recente da caça furtiva.
O maior mamífero terrestre na terra, o elefante Africano (Loxodonta africana) pode pesar até oito toneladas. O elefante é distinguido pelo seu corpo sólido, orelhas grandes e um tronco longo. Por outro lado, os elefantes Asiáticos (Elephas maximus) diferem em vários aspetos de seus parentes africanos. Eles são consideravelmente inferiores e suas orelhas são retas na parte inferior, ao contrário das grandes orelhas das espécies africanas. É de registo referir que apenas alguns elefantes machos asiáticos têm presas. Em toda a África e Ásia, os elefantes foram devastados durante o século XX, em grande parte devido ao comércio descontrolado de marfim. Enquanto algumas populações estão neste momento estáveis ou em crescimento, a caça furtiva, conflito e destruição do habitat continuam a ameaçar esta espécie. (WWF, 2016)
Neste momento é possível classificar na natureza duas espécies distintas – o Elefante Africano e o Asiático. O elefante Africano apresentaria em 5 subespécies mas infelizmente três destas já foram extintas, sendo elas: Elefante-da-savana (Loxodonta africana), Elefante-da-floresta (Loxodonta cyclotis) Loxodonta adaurora (extinto), Loxodonta atlantica (extinto) e Loxodonta exaptata (extinto). Quando nos referimos à espécie Asiática esta é direcionada em 6 subespécies, infelizmente uma delas também extinta: Elefante-indiano (Elephas maximus indicus) , Elefante-do-Ceilão, (Elephas maximus maximus), Elefante-de-sumatra (Elephas maximus sumatrensis), Elefante-da-malásia (Elephas maximus borneensis), Elefante-sírio (Elephas maximus. Asurus – extinto) e Elefante-pigmeu-de-bornéu, (Elephas maximus borneensis).
É de extrema importância referir ainda que a IUCN repõe o elefante da Sumatra (lephas maximus sumatranus) na lista das espécies ameaçadas passando de “em perigo” para “criticamente em perigo” depois de ter perdido 70% do seu habitat e metade da sua população, numa única geração. Estima-se que restem entre 2400 e 2800 destes animais em estado selvagem, uma redução de cerca de 50% em relação à estimativa populacional retirada em 1985. Caso esta tendência se mantenha os Elefantes de Sumatra poderão entrar em extinção em menos de 30 anos. A defesa de território desta espécie é ainda um assunto delicado, embora existam áreas protegidas, 85% do seu habitat está localizado fora destas. Por consequência encontram-se fora do sistema de proteção e em risco de serem transformados para fins agrícolas ou outros.
A Quercus alerta para a necessidade imprescindível de proteger esta espécie, tanto pela sua simbologia como pela sua importante interação com o habitat que se encontra inserido. O Elefante tem uma forte participação na proliferação de plantas – as sementes são dependentes do trato digestivo de um elefante antes de poderem germinar. Calcula-se que pelo menos um terço das espécies de árvores nas florestas da África Central contem com os elefantes como forma para a distribuição de sementes.