O Comité do Património Mundial da UNESCO pediu ao Estado português para «abrandar significativamente» a construção da barragem de Foz Tua até nova visita para avaliação dos impactos da barragem no Património da Humanidade do Alto Douro Vinhateiro.
A Quercus, que continua a defender a não construção e a paragem definitiva das obras da barragem de Foz-Tua, espera que o Governo siga as recomendações da UNESCO e tome medidas concretas para um efetivo abrandamento da obra da barragem.
Recorde-se que o Comité do Património Mundial da UNESCO já tinha considerado, através de relatório produzido pelo ICOMOS, que a construção da barragem de Foz Tua tem um impacto irreversível e ameaça os valores que estão na base da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial.
A Quercus espera que desta vez o Governo ouça o cada vez maior número de vozes que se levantam a protestar pela construção deste empreendimento e aproveita para deixar a seguinte pergunta: Quem vai verificar se realmente há cumprimento da recomendação da UNESCO?
A Quercus sugere também a criação de uma comissão independente para avaliar o verdadeiro custo das indeminizações a pagar à EDP, em caso de um abandono definitivo das obras.
Lisboa, 5 de julho de 2012
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza