Aberta a época balnear, a Quercus analisou os dados relativos à qualidade das águas balneares em Portugal, com base na informação pública oficial, disponibilizada pelo Instituto da Água através do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
Nota preliminar: após a divulgação da listagem a dia 1 de Junho, verificou-se que cinco praias tinham sido excluídas inadvertidamente devido a erros informáticos no processamento dos dados das análises da época balnear de 2011. A listagem passou assim a incluir também as zonas balneares de Carvalho em Lagoa, Aterro em Matosinhos, Lota em Vila Real de Santo António, de Porto Pim na Horta (Faial, Açores), e de Loulé Velho, em Loulé.
293 praias com qualidade de ouro em PortugalMais nove que no ano anterior | 11 são praias interiores (menos uma que em 2011)Em 2012 existem em Portugal 526 zonas balneares, mais 11 que em 2011. Com base no seu historial, incluindo as análises até ao final da época balnear de 2011, há agora seis praias com qualidade classificada como “má”, mais cinco que na época balnear passada. Quatro dessas seis zonas balneares são interiores.
O concelho com maior número de praias com qualidade de ouro é Albufeira (com 18 zonas balneares), seguido de Almada e Vila Nova de Gaia (15), Vila do Bispo (12), Torres Vedras (11) e Grândola (10). O concelho com maior número de praias interiores com qualidade de ouro é Pampilhosa da Serra, com duas praias.
Note-se que, em relação à época balnear anterior, houve um decréscimo significativo de praias com qualidade excelente, passando-se de 95% para 87% no caso das praias costeiras ou de transição, e de 75% para 58% no que respeita às águas interiores. A Quercus considera que continua a existir alguma vulnerabilidade à poluição, em especial nas águas interiores, nomeadamente no que diz respeito às falhas no saneamento básico e aos problemas de gestão da bacia hidrográfica, os quais estarão na origem das análises más, sendo que em muitos dos casos continua a não ser possível identificar uma causa evidente.Critérios de atribuição
Para receber a classificação de praia com qualidade de ouro, uma zona balnear tem de respeitar os seguintes critérios:
– Qualidade da água boa nas três épocas balneares entre os anos de 2007 e 2009 (“boa” era, até 2019, a melhor qualidade possível de acordo com a anterior legislação europeia);
– Qualidade da água excelente nas duas últimas épocas balneares de 2010 e 2011;
– Todas as análises realizadas na última época balnear (de 2011) foram excelentes.
Ficam de fora desta lista as zonas balneares com menos de cinco anos e aquelas que só mais recentemente viram resolvidos os seus problemas de poluição ou onde se tenha verificado na última época balnear uma qualquer análise de qualidade inferior a excelente.
Objetivo
Esta avaliação efetuada pela Quercus é mais limitada em comparação com a atribuição da Bandeira Azul, ao basear-se apenas na qualidade da água das praias, apesar de ser mais exigente neste aspeto em específico. A classificação geral das praias em termos de qualidade da água é disponibilizada pelo Instituto da Água ao abrigo da legislação nacional e comunitária (dados consultáveis através do sítio snirh.pt).
O objetivo da é realçar as praias que ao longo de vários anos (cinco, neste caso), apresentam sistematicamente boa qualidade ou qualidade excelente (tendo em conta a classificação da legislação em vigor), e que, nesse sentido, oferecem uma maior fiabilidade no que respeita à qualidade da água.
Os dados detalhados são apresentados no ficheiro AQUI.