Publicado em junho 2013, o estudo “Fuelling Europe’s Future: How auto innovation leads to EU jobs” foi elaborado por consultoras independentes – como a Ricardo-EAE e a Cambridge Econometrics – e revisto por várias entidades na área dos transportes e energia, sobre o impacto da inovação do sector da indústria automóvel na criação de emprego no espaço da União Europeia até 2030.
O estudo mostra que a inovação da indústria automóvel pode ajudar a criar entre 500 000 e 1.1 milhões de novos empregos na União Europeia até 2030 e revitalizar a economia europeia, através do desenvolvimento e implementação de novas tecnologias para reduzir o consumo de combustível nos veículos. Estas novas tecnologias poderão reduzir as importações de combustíveis fósseis para a Europa, com uma poupança que pode variar entre 58 e 83 mil milhões de euros por ano, com um forte contributo para a mitigação das alterações climáticas.
O estudo aponta vários cenários possíveis de desenvolvimento futuro do sector automóvel. Entre estes cenários, aponta-se a otimização dos motores de combustão interna para reduzir o consumo de combustível (e as emissões poluentes). A substituição progressiva dos motores atuais dos veículos ligeiros de passageiros e comerciais por outros mais eficientes e mais limpos poderia ajudar a indústria a obter poupanças de 36 mil milhões de euros e criar entre 500 000 e 660 000 novos empregos na União Europeia até 2030.
Se a Europa apostar forte nas tecnologias de baixas emissões – como veículos híbridos, elétricos e movidos a células de hidrogénio – entre 850 000 e 1.1 milhões de novos empregos poderão ser criados até 2030, e que poderão alcançar os 2.3 milhões até 2050.
Na União Europeia, esta transição do sector levaria a grandes poupanças na fatura dos combustíveis rodoviários entre os 58 e 83 mil milhões de euros até 2030, podendo alcançar os 180 mil milhões de euros até 2050 num cenário de transição para veículos de baixas emissões (excluindo impostos e taxas).
Grandes vantagens ambientais poderiam advir desta transição do sector, como a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) entre 64 e 93% e das emissões de partículas com impactes sobre a saúde em mais de 70% até 2050.
O estudo pode ser encontrado aqui.