Para criar uma visão integrada do território a partir de políticas de continuidade ou de mudança, o Núcleo de Castelo Branco elaborou dois cenários especulativos sobre a realidade do distrito daqui a 20 anos. Ambos os cenários consideram a situação atual no território, onde existem em potência, constituindo assim a base de reflexão sobre as opções políticas e sociais ao alcance da comunidade.

“Nestas eleições autárquicas as nossas escolhas vão determinar a realidade política nos próximos 4 anos. Optar pela continuidade ou pela mudança exigida pela crise ambiental e climática criará realidades muito diferentes. Felizmente ainda temos condições e recursos para mudar de rumo, mas urge fazer essa opção.
(…)

Imaginar cenários plausíveis possibilita-nos essa viagem, por isso a Quercus Castelo Branco criou 2 cenários para a realidade do distrito daqui a 20 anos, em função das opções políticas: A – continuidade e B – mudança. É a partir destes cenários fictícios que propomos pensar em conjunto o que queremos para o Distrito de Castelo Branco no próximo ciclo político.”

 

🔗Acede aqui ao Cenário A – Continuidade

🔗Acede aqui ao Cenário B- Mudança

 

As alterações climáticas são apenas a face mais visível de uma crise ecológica profunda, cujos efeitos se fazem sentir a nível local e global. No Distrito de Castelo Branco, já existem planos de adaptação às alterações climáticas com medidas capazes de proteger a agricultura e a silvicultura próximas da natureza – mas essas medidas permanecem no papel, enquanto a expansão das culturas intensivas continua a consumir e a contaminar os bens comuns: solo, ar, água, biodiversidade e património genético.

Por baixo da aparente normalidade do quotidiano, em que os alertas são ignorados, há uma transformação radical em curso, cada vez mais acelerada, que se tem instalado de mansinho, mesmo debaixo do nosso nariz, mas sem nunca constar, de forma explícita, nos programas e/ou debates eleitorais. As políticas continuam a surgir de forma fragmentada e setorial, ignorando a necessidade de uma visão integrada para enfrentar a crise atual.

É neste contexto que a Quercus propõe este ciclo, lembrando que o futuro está em aberto – há soluções para a crise e a transição é possível e pode ainda ser voluntária – será aquilo que decidirmos agora.

Objetivo do Ciclo de Debates

A iniciativa do Núcleo de Castelo Branco, no quadro da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, pretende:

  • Promover um espaço de reflexão conjunta entre a  sociedade civil, o poder político local e a academia;
  • Evidenciar a urgência de integrar a crise ambiental na definição das políticas locais;
  • Criar um espaço de franca cooperação que estimule compromissos concretos que assegurem a preservação da biodiversidade e a qualidade de vida;
  • Reforçar o papel da sociedade civil e incitar à cidadania ativa na definição de políticas públicas.

Notas de Contexto

  • Encíclica papal “Laudato Si” – sobre o cuidado da Casa Comum; protestos estudantis iniciados por Greta Thunberg.
  • Relatório “Os Limites ao Crescimento” (MIT, 1972), liderado por Donella e Dennis Meadows, já previa o colapso do modelo de crescimento exponencial caso não houvesse mudança estrutural.
  • A ciência do sistema terrestre identifica 9 processos críticos para a estabilidade do planeta, todos hoje fortemente ameaçados pelas atividades humanas (Science, 2023).

Datas e locais dos debates

Vila Velha de Ródão – 3 de Setembro, 17H30-20H30, Salão Nobre da Junta de Freguesia
Fundão – 7 de setembro, 15h00-18h00, (local a divulgar)

Covilhã – 9 de setembro, 17h30-20h30, (local a divulgar)

Belmonte – 11 de setembro, 17h30-20h30, Auditório da Santa Casa da Misericórdia

Idanha-a-Nova – 15 de setembro, 17h30-20h30, (local a divulgar)

Castelo Branco – 17 de setembro, 17h30-20h30, (local a divulgar)

A entrada é livre e aberta a todos os interessados.

Contactos para mais informações

castelobranco@quercus.pt

+351 917 053 087

www.quercus.pt

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