Quercus participou na Assembleia Municipal Extraordinária em Alcanena sobre o mau cheiro

A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza acompanha com grande preocupação o grave problema dos maus cheiros que se têm feito sentir na Vila de Alcanena.

 

Numa sala cheia de população que tem vindo a sofrer as consequências de maus cheiros intensos e muito frequentes provenientes do deficiente tratamento dos efluentes da indústria dos curtumes, a Quercus marcou presença e interveio em defesa do ambiente e das populações.

 

Num processo de transição de competências e responsabilidades na gestão e administração da ETAR de Alcanena, foi com enorme estupefação que se assistiu a um debate de desresponsabilização mútua entre AUSTRA e APIC de um lado, AQUANENA e Câmara Municipal de Alcanena do outro.

 

A Quercus entende que o debate ocorrido no passado dia 14 na Assembleia Municipal de Alcanena foi uma enorme oportunidade perdida na busca e promoção de soluções, que obrigatoriamente devem ser conjuntas, e onde AUSTRA, APIC, AQUANENA e Câmara Municipal de Alcanena demonstraram clara e evidente incapacidade de diálogo.

 

Esta incapacidade foi demonstrada em intervenções estéreis, onde o único objetivo era defender a causa própria em detrimento do ambiente e das populações, tendo igualmente resultado demonstrado e comprovado que o procedimento de transição de competências entre entidades foi deficiente e/ou inexistente, tendo ocorrido apenas uma transição de infraestruturas e consequente tomada de posse.

 

A Quercus entende assim que, recai sobre todas estas entidades a responsabilidade do grave problema ambiental que a Vila de Alcanena atravessa, e foi com enorme espanto que viu serem encerrados os trabalhos sem que tivesse surgido um caminho claro que aponte à uma solução efetiva do problema dos maus cheiros.

 

A Quercus apela ao rápido entendimento entre APIC, AUSTRA, AQUANENA e Câmara Municipal de Alcanena, sendo certo que a Quercus vai continuar a seguir a este grave problema ambiental que está a ocorrer na Vila de Alcanena, em defesa do ambiente, das populações, e de um desenvolvimento sustentável. A Quercus não deixará de tomar todas as ações e de agir sob todos os meios que entenda necessários para a resolução deste problema.

 

 

Ourém, 17 de outubro de 2019

A Direção do Núcleo do Ribatejo e Extremadura da Quercus