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Quercus organizou Pic-Nic da Biodiversidade em Portugal

No Ano Internacional da Biodiversidade, a Quercus organizou o Pic-Nic da Biodiversidade, com o objectivo de alertar os decisores, agentes da comunicação social, empresas, governantes locais e demais intervenientes para a necessidade e a importância de proteger, conservar e promover a biodiversidade.

O Pic-Nic da Biodiversidade é uma iniciativa da CeeWeb for Biodiversity, uma rede de Organizações Não Governamentais, sedeada na Hungria e que reúne na sua maioria ONG da Europa Central e de Leste. A CeeWeb tem vindo a promover, com o apoio da Comissão Europeia, este evento em diversos países do espaço pan-europeu há já vários anos.

Este ano, o Pic-Nic da Biodiversidade em Portugal, organizado pelo Núcleo Regional de Setúbal da Quercus, contou com o apoio da CeeWeb e da SIMARSUL-Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal.

O evento decorreu no passado dia 20 de Maio, na Antiga Estação de Depuração de Ostras do Tejo, localizada no Rosário, concelho da Moita. Este espaço, localizado numa praia ribeirinha com uma excelente vista sobre o estuário do Tejo, é emblemático da importância do problema da perda da biodiversidade, neste caso do desaparecimento de uma espécie outrora abundante no Tejo e de elevado valor económico – a ostra portuguesa (Crassostrea angulata), devido à pressão humana e à poluição industrial.

Neste contexto, a participação da SIMARSUL – empresa do Grupo Águas de Portugal, concessionária da gestão e exploração do Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais da Península de Setúbal, – entidade já parceira da Quercus noutras iniciativas, enquadra-se na importância da sua actividade, associada ao tratamento das águas residuais na região, que têm como destino final também o Tejo, e o seu consequente contributo para a despoluição dos recursos hídricos e para a melhoria e preservação dos ecossistemas existentes no estuário.

O Pic-Nic contou com a participação de cerca de 30 pessoas, incluindo representantes de ONGA, empresas na área do saneamento e do tratamento de águas, empresas de consultoria na área da biodiversidade, técnicos e políticos de autarquias da região, técnicos do ICNB, universitários, e ainda alguns órgãos de comunicação social.

O evento teve início com uma visita guiada às instalações e uma breve explicação das anteriores funcionalidades dos edifícios do complexo, tendo-se seguido um beberete com um Moscatel de Honra e refrescos biológicos, acompanhado de “fogaças”, um bolo regional de Alcochete.

No seminário que se seguiu no pequeno auditório, foram abordados alguns dos assuntos mais relevantes para a biodiversidade, nomeadamente o valor da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas, lacunas de conhecimento e de monitorização, e como travar a perda da biodiversidade. Foram ainda apresentados os projectos que a Quercus tem vindo a desenvolver nos últimos anos nas áreas da conservação da natureza e da biodiversidade. A necessidade de mais e diferentes abordagens relacionadas com as causas da perda da biodiversidade, como os padrões de consumo, e uma breve análise SWOT para a biodiversidade em Portugal foram alguns dos temas em discussão no debate que se seguiu, com um especial enfoque no papel das empresas na protecção da biodiversidade.

Finalmente, o evento terminou então com um almoço tipo pic-nic, que incluiu uma variedade de produtos locais e regionais, na sua maioria de agricultura biológica, produzidos e certificados em Portugal. Saladas com flores comestíveis, vinhos regionais, ostras portuguesas, morangos produzidos localmente e a doçaria regional foram muito apreciados. A promoção da ostra portuguesa e a necessidade de desenvolver ainda mais o trabalho das empresas na área da biodiversidade foram alguns dos tópicos abordados durante o pic-nic.

Foram ainda exibidos, no espaço do almoço, alguns materiais da Quercus, da SIMARSUL e do Município da Moita, mostrando alguns projectos e actividades na área da biodiversidade. Foram ainda exibidas sementes de variedades agrícolas regionais pela Colher para Semear, uma ONG convidada, como mais um alerta para a importância da protecção da biodiversidade agrícola.

No final deste dia quente a lembrar o Verão que se aproxima, foram estabelecidos novos contactos, novas ideias e projectos começaram a formar-se e ficou a esperança de um estuário renovado, assim que a nova Estação de Tratamento de Águas Residuais da SIMARSUL comece a funcionar no final deste ano.

Carla Graça e Paula Silva