Áreas de protecção natural do P.N. Sintra-Cascais poderão vir a ser sacrificadas com dezenas de empreendimentos

O Movimento Cívico em Defesa do Parque Natural de Sintra–Cascais teve acesso a uma lista de mais de 30 empreendimentos turísticos e imobiliários que obtiveram parecer favorável da Direcção Geral de Turismo e estão prontos para avançar naquela Área Classificada.

 

Muitos destes empreendimentos situam-se em áreas naturais sensíveis do PNSC, incluindo zonas de Protecção e Sítios da Rede Natura 2000, sacrificadas para a construção de empreendimentos imobiliários do tipo condomínios fechados, aprovados como empreendimentos de interesse turístico. 

 

Entre estes volta a surgir, por exemplo, a ameaça de avançarem mais construções na zona da Penha Longa (Sintra) e no Abano, onde poderão ser retomados os empreendimentos Malveira Guincho e Marinha Guincho (hotel, campo de golfe e aldeamento turístico). Em Cascais estará para arrancar a construção do empreendimento Alto do Pinhal II (no Pinhal da Bicuda), aprovado em 2003.

 

 

Recordamos que os empreendimentos no Abano estiveram na base da Petição com mais de 16 000 subscritores através da qual foi solicitada a proibição da construção em áreas sensíveis do PNSC (entregue em 2000 mas só discutida na A.R. no passado dia 2 de Março, tendo os partidos do Governo garantido que a questão ficaria definitivamente acautelada no novo Plano de Ordenamento do Parque).

 

Ao contrário do prometido, porém, tal não se verificou: a construção em áreas naturais que "viole" o regime de protecção previsto no novo Plano de Ordenamento, poderá vir a ser "legalmente viabilizada" graças a um "Regime transitório" acrescentado ao Regulamento do Plano, já depois de terminada a discussão pública do mesmo, regime esse que permitirá aprovar certos projectos turísticos que sejam pelo Governo considerados "estruturantes".

 

Neste Dia Mundial da Conservação da Natureza o Movimento Cívico em Defesa do Parque Natural de Sintra –Cascais apela ao Governo e aos Presidentes das Câmaras de Sintra e Cascais para que se comprometam na defesa do futuro desta que é a maior Área Protegida da Área Metropolitana de Lisboa e uma das mais importantes (parcialmente classificada pela UNESCO como Património da Humanidade) mas também ameaçadas do País e assumam a não aprovação de mais empreendimentos nas áreas de Protecção do PNSC, e a não cedência aos lobbies dos sectores imobiliário e Turismo.

 

A Coordenação do MCDPNSC

 

O Movimento Cívico em Defesa do Parque Natural Sintra-Cascais integra cidadãos em geral e as associações: GEOTA, QUERCUS, LPN, OLHO VIVO e GEC

 

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