Jacinto-de-Água invade o Estuário do rio Cávado

Situação tem-se agravado nesta Área Protegida

 

A Quercus alerta para o descontrolo que se tem verificado atualmente no Estuário do rio Cávado com a proliferação da espécie exótica invasora jacinto-de-água.

 

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A vegetação está a ocorrer desde Barcelos até à foz do rio em Esposende.

 

O estuário do rio Cávado faz parte do Parque Natural do Litoral Norte e desempenha um papel importante como “maternidade” de peixes e como “estação de serviço” na rota de inúmeras espécies de aves migradoras.

 

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A Quercus já por diversas vezes manifestou a sua preocupação, e solicitou ao Ministério do Ambiente e ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas que procedesse a ações de combate continuadas para a erradicação desta infestante.

 

Ao competirem com as espécies indígenas, as exóticas invasoras são uma das maiores causas de perda de biodiversidade e têm graves consequências económicas. No seu conjunto, custos do efeito das espécies exóticas invasoras, estão orçados em mais de 12 mil milhões de euros por ano na Europa e pelo menos 200 milhões de euros por ano em Portugal.

 

O jacinto-de-água faz parte da lista de espécies exóticas invasoras que suscitam preocupação na União Europeia («Lista da União»)(a). São caracterizados por apresentarem um crescimento rápido quando se reúnem as condições adequadas e podem até duplicar a sua população em poucos dias. Outra das características que favorecem a invasão é a facilidade como se reproduzem quer por via vegetativa quer por via seminal.

 

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Esta proliferação traduz-se em graves consequências para a qualidade da água e para a flora e fauna local e, para além do impacte no ecossistema, causa ainda impedimento à navegação e o entupimento de canais, dificultando o uso piscícola e recreativo do rio.

 

A Quercus lembra que o controlo de espécies exóticas invasoras, como o jacinto-de-água, exige uma gestão bem planeada da área invadida, assim como a avaliação dos impactes e a definição das prioridades de intervenção. A monitorização contínua para verificar a eficácia e a recuperação da área intervencionada é fundamental.

 

Assim, exige uma vez mais ao Ministério do Ambiente e ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas uma intervenção urgente para remoção das plantas e a realização de ações de combate continuadas no tempo.

 

(a) - REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2016/1141 DA COMISSÃO de 13 de julho de 2016 que adota uma lista de espécies exóticas invasoras que suscitam preocupação na União em conformidade com o Regulamento (UE) n.o 1143/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho

 

 

Lisboa, 11 de dezembro de 2017

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

 

Fotografias de José Belo

 

 

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