Estradas de Portugal Continuam a Abater Árvores Verdes | Agora é na EN 110 em Tomar

Na última semana as Estradas de Portugal têm abatido dezenas de árvores em boas condições sem estarem em risco para a segurança rodoviária

 

A Quercus alertou no passado dia 13 de Maio para o abate de cerca de duas dezenas de choupos-pretos autóctones verdes, na berma da Estrada Nacional n.º 349-3 no concelho de Torres Novas e Tomar, para sensibilizar sobre a importância da conservação e boa gestão do nosso património público arbóreo.  

 

Entretanto a Quercus recebeu denúncias alertando que a empresa Estradas de Portugal está a proceder ao abate de dezenas de árvores verdes, desde choupos-pretos a eucaliptos de grande porte a maioria sem problemas fitossanitário ou sem inclinação que pudesse colocar em risco a segurança rodoviária de pessoas e bens, na berma da EN 110 junto da industria Citaves, entre Santa Cita e Vale Cabrito no concelho de Tomar. 

 

Apesar das árvores se encontrarem completamente verdes e de servirem de cortina de protecção das industrias existentes, as Estradas de Portugal entregaram o abate do arvoredo à empresa Lena Construções, que não tem vocação na gestão de arvoredo, cortando as árvores públicas sem que exista qualquer fundamentação técnica para o efeito. 

 

 

Quercus defende regulamentação para gestão de arvoredo público junto das Estradas Nacionais  

 

A Quercus defende que seja criada regulamentação com a necessidade de pareceres técnicos fundamentados e autorização de abate através da Direcção-Geral dos Recursos Florestais para intervenções de abate do arvoredo que existe nas bermas das Estradas Nacionais, para evitar a gestão danosa do património público arbóreo. 

 

As Estradas de Portugal deviam ter um sistema que fundamente tecnicamente as árvores que são necessárias abater, recorrendo a relatórios fitossanitários com análises de risco sérios para a segurança rodoviária.  

 

A Quercus espera que as Estradas de Portugal comecem a plantar novas árvores para compensar as que tem abatido, dada a sua importância paisagística e ecológica com o efeito da sombra, a fixação de taludes, armazenamento de carbono e produção de oxigénio para a atmosfera. 

 

 

Lisboa, 6 de Junho de 2008 

 

A Direcção Nacional da Quercus e Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura

 

 

 

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