31 de Outubro – 18 anos da Quercus

No aniversário dos 18 anos da Quercus, a Associação apresenta uma selecção das actividades mais significativas ano a ano.

A Quercus aproveita ainda a data para lançar o seu novo site em www.quercus.pt.

 

Em finais de 1984, vários activistas provenientes de diversas associações ambientalistas, decidiram criar uma nova organização que desse corpo à necessidade que se fazia sentir da existência de uma associação nacional mais actuante na área da Conservação da Natureza.

 

Esta nova associação, com sede em Braga (no início), passava a designar-se por Quercus - Grupo para a Recuperação da Floresta e Fauna Autóctones, e adoptou para seu símbolo uma folha de carvalho e uma bolota. A própria denominação, utilizando o termo Quercus, nome científico do género a que pertencem os carvalhos, sobreiros e azinheiras, as árvores predominantes do coberto vegetal primitivo do nosso País, e o seu símbolo - uma folha e uma bolota de carvalho-negral (Quercus pyrenaica) - eram reveladores das preocupações dos seus fundadores, com a conservação da vida selvagem.

 

No 3º Encontro Nacional da Associação, que decorreu a 1 de Novembro de 1987 no Porto, o “Grupo Quercus” altera a sua denominação para “Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza”, mais concordante com a maturidade e o estatuto de intervenção que a associação já atingira.

 

Desde essa data a Quercus tem vindo a afirmar-se na sociedade portuguesa como uma das organizações não governamentais de ambiente com maior intervenção nos mais variados domínios do ambiente: da conservação da natureza aos recursos hídricos, da qualidade do ar aos resíduos, do ambiente urbano aos problemas do litoral. A Quercus tem aproximadamente 4 mil associados, 19 Núcleos Regionais no Continente (16), e Regiões Autónomas dos Açores (2) e Madeira (1) e várias estruturas como os Centros de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André e Santiago do Cacém, o Centro de Informação de Resíduos, a gestão de Centros de Educação Ambiental como os de Ourém e Matosinhos.

 

A Quercus seleccionou a actividade mais significativa, pelo seu impacte em termos de visibilidade ou de impacte na política de ambiente ou no ordenamento do território ao longo dos últimos 18 anos

 

1985

Grupo fundador de vários pontos do País à volta do Jornal Quercus e lançamento da associação num processo que já se iniciara em 1984 no então designado Quercus- Grupo para a Recuperação da Floresta e Fauna Autóctone.

 

1986

Protecção às aves de rapina nomeadamente com a criação de Alimentadores de Abutres na região de Castelo de Vide.

 

1987

Ano Europeu do Ambiente com múltiplas actividades e criação de núcleos regionais; início das campanhas contra a eucaliptização do país.

 

1988

Inicio da campanha pela Criação do Parque Natural do Tejo Internacional; ocupação do navio Reijin encalhado junto à Praia da Madalena em protesto contra a pretensão de o afundar cheio de automóveis.

 

1989

Acções mediáticas no âmbito da campanha contra a expansão da plantação de eucaliptos - Serra da Aboboreira, Valpaços, Mirandela e Mértola.

 

1990

Julgamento de Coruche - momento histórico de julgamento de um caso de destruição de uma grande colónia de cegonha-branca com forte penalização dos réus no seguimento de uma denúncia da Quercus.

 

1991

Aquisição de diversas parcelas de terrenos importantes em termos de conservação da natureza na área do Tejo Internacional, que culminariam com a aquisição do Monte Barata, acção que à altura foi inédita entre as ONGs portuguesas.

 

1992

Participação na ECO –92 no Rio de Janeiro; grande dinamismo com novos grupos de trabalho e mais áreas de intervenção; Prémio Global 500 das Nações Unidas e atribuição do título de membro honorário da Ordem do Infante D. Henrique pelo Senhor Presidente da República, Dr. Mário Soares.

 

1993

Abertura de centros de educação ambiental, uma componente que teve sempre uma forte expressão na associação.

 

1994

Participação activa na Presidência Aberta por todo o País; a Quercus em conjunto com a Greenpeace mostra que é fácil transportar resíduos perigosos (da empresa Metalimex em Setúbal) de Portugal até à Suiça por camião; vários elementos da Quercus “saltam” da ponte D. Luís no Porto como forme de alerta contra a incineração.

 

1995

A Quercus promove os dois primeiros estudos de fundo sobre reciclagem e lixeiras em Portugal; tratou-se de estudos que foram fundamentais na denúncia das enormes deficiências no sector dos resíduos e que serviram de base ao próprio Governo para as suas acções futuras.

 

1996

Início do funcionamento dos Centros de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André, no Litoral Alentejano; a Quercus lança dois projectos estruturantes apoiados pelo programa LIFE da União Europeia, "do Litoral para o Interior" e “Alto-Nabão". 

 

1997

Em Fevereiro, a Greenpeace e a Quercus impedem temporariamente o descarregamento de 15 mil toneladas de milho transgénico vindo dos EUA: cercam o navio Pacificator no cais de Lisboa e pintam no casco do barco ´No X Corn; a Quercus promove uma acção em Tróia contra a destruição do Litoral.

 

1998

No Ano Internacional dos Oceanos, a Quercus e a Greenpeace alertam para necessidade de proteger estes ecossistemas, exibindo um cartaz “Save our seas” da ponte 25 de Abril ao rio Tejo, colocado por alpinistas no dia da inauguração da Expo 98.

 

1999

Quercus obtém duas vitórias importantes para o ambiente – o fim da gasolina sem chumbo e a exclusão de Rio Frio como uma das possibilidades de localização do novo aeroporto de Lisboa.

 

2000

Na noite de 10 de Julho, activistas da Quercus e Greenpeace ocuparam o navio Aegis que transportava madeira cortada ilegalmente nos Camarões.

 

2001

Ao fim de 15 anos de insistência da Quercus é criado o Parque Natural do Tejo Internacional e a Reserva Natural das Lagoas de Santo André e Sancha.

 

2002

Co-incineração de resíduos industriais perigosos é abandonada com a concordância da Quercus principalmente por não estar associada a soluções de redução, reutilização e reciclagem, muitas delas já existentes. Três membros da Quercus representam a associação na Cimeira da Terra em Joanesburgo. O acidente com o Prestige mobiliza inúmeros voluntários para uma catástrofe que atinge a Galiza mas apenas teve alguns impactes em Portugal.

 

2003

Após vários anos de insistência por parte da Quercus, é finalmente lançada a Linha SOS Ambiente. Em cada semana, a Quercus denuncia em média duas situações estruturais ou pontuais de degradação do ambiente por semana com dossiers documentados e propondo soluções: ruído, má qualidade do ar, mortalidade de peixes, incapacidade de reciclagem, interesses particulares / empreendimentos que ameaçam a conservação da natureza, excesso de emissões de gases de efeito de estufa. A Quercus tem o novo jornal – Quercus / Ambiente e lança a página remodelada www.quercus.pt

 

No futuro, a Quercus pretende ser uma voz mais representativa da sociedade e mostrar que o desenvolvimento sustentável é a única realidade para um Portugal melhor.

 

A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza 

Lisboa, 30 de Outubro de 2003

 

Quaisquer esclarecimentos podem ser prestados pelo Presidente da Direcção Nacional da Quercus, Hélder Spínola, 93-7788472 ou 96-4344202.

 

 

 

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