Comunicados – Quercus https://quercus.pt Thu, 27 Jul 2023 08:45:38 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logotipo-quercus-svg-32x32.png Comunicados – Quercus https://quercus.pt 32 32 Dia Mundial do Oceanos https://quercus.pt/2023/06/08/dia-mundial-do-oceanos/ Thu, 08 Jun 2023 20:11:45 +0000 https://quercus.pt/?p=18294

 

Quercus alerta para problemas causados pelas alterações climáticas e pelo consumo excessivo de peixe e propõe alternativas saudáveis

Portugal, com o seu rico património marítimo e uma grande extensão da orla costeira, tem uma forte ligação cultural ao consumo de peixe. De acordo com os dados disponíveis em 2020 cada português consumiu em média 59,9 Kg de peixe (ou seja, mais de 150g por dia), 2,5 vezes mais do que a média registada na EU. A Quercus propõe 3 dicas para refeições nutritivas e que promovam a nossa saúde e a saúde dos oceanos.

O crescente aumento da procura pelas proteínas provenientes do mar, juntamente com práticas de pesca insustentáveis, acrescido das alterações Climáticas, que que segundo a IUCN- International Union for Conservation of Nature – da qual a Quercus é membro, estão resultar no aumento da acidificação dos oceanos devido aos níveis crescentes de CO2, nos últimos 200 anos o oceano absorveu cerca de 30% do total das emissões de CO2, alterou a produção de carbonato de cálcio nas águas oceânicas, perturbando assim o ciclo carbonato-silicato que causou este fenómeno da diminuição progressiva do pH da água. Ainda segundo a IUNC “A investigação científica demonstra que os impactos da acidificação dos oceanos vão desde as alterações da fisiologia, do comportamento e da taxa de crescimento dos organismos marinhos até às alterações da dinâmica das suas populações, com consequências adversas de grande amplitude para a biodiversidade marinha.” Entre os mais afetados estão espécies de importância ecológica e comercial como o caranguejo, as lagostas, as amêijoas, os mexilhões, as ostras, os ouriços-do-mar, os corais, as lulas. representam uma ameaça significativa ao delicado equilíbrio de nossos oceanos e à abundância de vida marinha.

A sobrepesca, os métodos de pesca destrutivos e a destruição do habitat são as principais preocupações que precisam de atenção urgente. Se não forem abordadas, essas práticas podem esgotar populações de peixes, perturbar os ecossistemas marinhos e comprometer a subsistência daqueles que dependem da pesca como principal fonte de rendimento.

É crucial que adotemos coletivamente alternativas sustentáveis, a fim de aliviar a pressão sobre a biodiversidade marinha e promover o bem-estar de nossos oceanos. A saúde dos oceanos e a nossa saúde estão interligados.

O oceano no prato! 3 dicas para refeições nutritivas e saudáveis que respeitem os oceanos:

  • Receitas com doses ajustadas do ingrediente peixe, como as pataniscas, são um bom exemplo que alia a redução do consumo à nossa tradição gastronómica.
  • Espécies de peixes mais abundantes, e como menor impacto na sua captura, como é o caso da cavala
  • Algas alimentares – os vegetais do oceano: a inovação gastronómica com o uso de algas marinhas é uma tendência em países europeus, mesmo naqueles que já tinham maior tradição alimentar no consumo de algas comparativamente a Portugal, como é o caso da França, Irlanda e Reino Unido. A oferta cada vez maior de gastronomia asiática no nosso continente também veio contribuir para uma aceitação cada vez maior deste ingrediente. As algas e microalgas ganham popularidade como alternativas sustentáveis devido ao seu alto teor nutricional e baixo impacto ambiental.

Uma transição alimentar para a utilização de fontes de proteína à base de plantas, é também uma opção de cada vez mais pessoas, havendo ainda um caminho a percorrer de educação alimentar na valorização da ampla gama de opções nutritivas para pessoas que procuram reduzir o consumo de peixe, assim como outros produtos de origem animal. Essas alternativas não apenas fornecem proteína, mas também oferecem um menor impacto ambiental em comparação com a pesca. Produtos à base de algas oferecem uma solução viável para diversificar as fontes de proteína e reduzir a pressão sobre os oceanos.

Por outro lado, é crucial que indivíduos, empresas e governos apoiem práticas de pesca responsáveis. Isso inclui implementar mais regulamentações no setor da pesca, maior fiscalização, apoiar métodos de pesca sustentáveis e incentivar a rastreabilidade e a transparência em toda a cadeia de abastecimento do pescado. Ao priorizar práticas sustentáveis, podemos ajudar a proteger os ecossistemas marinhos e garantir a viabilidade de longo prazo da indústria pesqueira.

Lisboa, 08 de junho de 2023

A Direção Nacional da Quercus ANCN

]]>
Dia Internacional dos Abutres https://quercus.pt/2022/09/04/dia-internacional-dos-abutres-celebrado-este-sabado-para-sensibilizar-sobre-a-importancia-destas-especies-e-alertar-para-risco-de-extinca/ Sun, 04 Sep 2022 21:56:25 +0000 https://quercus.pt/?p=17568

Dia Internacional dos Abutres celebrado este sábado para sensibilizar sobre a importância destas espécies e alertar para risco de extinção.

Quercus junta -se ao evento mundial de celebração e divulga resultados na conservação de espécies em perigo.

O Dia Internacional dos Abutres celebra-se anualmente no primeiro sábado de setembro. Nesta
efeméride, por todo o mundo, comemora-se a importância da conservação destas aves, vitais
para os ecossistemas, e alerta-se a sociedade para as sérias ameaças que as mesmas
enfrentam.

O Dia Internacional dos Abutres surgiu no âmbito da iniciativa “Vulture Awareness Days”,
promovida pelo Birds of Prey Programme of the Endangered Wildlife Trust, na África do Sul, e
pela Hawk Conservancy Trust, em Inglaterra, que decidiram trabalhar em conjunto para tornar
esta ação num evento internacional e com abrangência global.
Atualmente, o Dia Internacional dos Abutres tem como objetivo sensibilizar a comunidade
internacional para a conservação dos abutres e para a sua importância ecológica e destacar o
trabalho fundamental desenvolvido por conservacionistas em todo o mundo em prol da
preservação destas espécies.
As aves necrófagas são aquelas que têm a sua alimentação baseada em cadáveres de
animais. Estas espécies cumprem uma função essencial e contribuem para o equilíbrio dos
vários ecossistemas, visto que, ao consumirem animais mortos, eliminam, de forma rápida e
eficaz, as carcaças desses animais no campo, evitando, assim, a propagação de doenças
contagiosas e assegurando o bom funcionamento da rede trófica na Natureza.
A QUERCUS celebra este dia participando neste evento mundial com a libertação no PNTI-
Parque Natural do Tejo Internacional de dois abutres recuperados no CERAS em Castelo
Branco e fazendo o balanço da época de reprodução de 2022 de várias espécies de Abutres
ameaçadas deste Parque Natural.

 

Abutres enfrentam várias ameaças

Dados da Quercus provenientes de vários projectos de conservação e dos CRAS (Centros de
Recuperação de Fauna) recolhidos entre 1999 e 2021 , permitem concluir que em 197
registos de mortalidade não natural das três espécies de abutres presentes em Portugal (Gifo,
Abutre-preto e Abutre do Egipto) as principais ameaças as aves necrófagas foram os
envenenamentos (45%) seguida das electrocuções em postes elétricos de media tensão (20%)
e a falta de alimento (12%), entre outras como o tiro e colisões com aerogeradores.
Nos últimos anos tem ocorrido um aumento de intoxicações provocadas por chumbo. As
amostras de sangue e penas recolhidas foram analisadas pelo departamento de Toxicologia da
Universidade de Murcia para metais pesados (mercúrio, chumbo, cadmio, arsénico, zinco e
cobre) e resíduos de medicamentos veterinários (antibióticos e anti-inflamatórios não
esteroides). Os resultados gerais apresentaram valores baixos com exceção do chumbo,
antibióticos e anti-inflamatórios. Para o chumbo foram encontrados valores médios de 46.1
(μg/dL) de chumbo no sangue e 1045,14 (ng/g) nas penas. Os resultados das analises aos
níveis de chumbo nas penas reafirmam a necessidade de continuar com o monitorização
analítica destas aves necrófagas em próximas campanhas dado os valores detectados.
A Quercus tem vindo a trabalhar activamente para minimizar estas ameaças através do
trabalho dos seus CRAS e de vários projectos de conservação da biodiversidade como o
Projecto Linhas elétricas e Aves, o Programa Antidoto, o SAANTI -Sistema de Alimentação de
Aves Necrófagas do Tejo Internacional assim como no Programa de Monitorização de Avifauna
em parceria com o ICNF. Estes trabalhos de monitorização enquadram-se no âmbito do Projeto
“Investigação e monitorização de avifauna no PNTI”, ao abrigo do protocolo de colaboração
assinado entre o ICNF, a Quercus e o Fundo Ambiental.

Aumenta a população de abutre preto em Portugal

O abutre-preto (Aegypius monachus) é uma ave necrófaga ameaçada, classificada no nosso
país como Criticamente em Perigo. Deixou de nidificar em Portugal no início da década de
1970. Só em 2010 esta espécie regressou como reprodutora ao nosso país no Tejo
Internacional , nesse ano com 2 casais, no Douro Internacional e, desde 2015 também no
Alentejo.

O PNTI alberga a maior colónia nidificante de abutre-preto em Portugal, a segunda maior
população nacional de abutre do Egipto e de grifo e diversas espécies de avifauna criticamente
ameaçadas e de elevado valor biológico.
Este ano nidificaram 31 Casais de Abutre-preto no Tejo Internacional o que representa uma
tendência de recuperação da espécie em Portugal, e que representa já mais de 70% da
população nacional da espécie. Destes, três casais reproduziram-se em terrenos propriedade
da Quercus, no Parque Natural do Tejo Internacional, um deles numa plataforma ninho artificial
e os outros dois em ninho natural. Esta época de reprodução voaram 10 crias de Abutre-preto
no PNTI. As crias foram marcadas, foi monitorizado o seu estado sanitário e recolhidas
amostras para dar continuidade aos estudos de toxicologia.

Lisboa, 4 de Setembro de 2022
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
A Direção Regional de Castelo Branco da Quercus – Associação Nacional de Conservação da
Natureza

Clique aqui e assista à Reportagem da RTP 

]]>
Quercus exige apuramento de responsabilidades sobre corte ilegal de azinheiras em Monforte https://quercus.pt/2021/03/02/quercus-exige-apuramento-de-responsabilidades-sobre-corte-ilegal-de-azinheiras-em-monforte/ Tue, 02 Mar 2021 19:55:16 +0000 https://quercus.pt/?p=9175 A Quercus teve conhecimento de um grande corte ilegal de azinheiras também associado à poda severa, totalizando cerca de 3000 exemplares numa área de montado de azinho, na Quinta de São Sebastião, no concelho de Monforte em pleno Alto Alentejo.

O corte ilegal de pelo menos 1939 azinheiras em bom estado vegetativo e de podas de troncos de grandes dimensões em 1058 exemplares, efetuado num povoamento de azinheiras protegido, apresenta-se como mais um exemplo de ameaça aos montados de azinho.

No seguimento desta ação, a Quercus solicitou ao Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR, para fiscalizar com regularidade no sentido de impedir a continuação do corte de azinheiras, assim com das podas abusivas, tendo também solicitado esclarecimentos sobre o local e motivos destas ações as quais vão degradar o estado sanitário do montado, entre as ZPE – Zona de Proteção Especial para as aves selvagens de Veiros e ZPE de Monforte.

Tem existido alguns abusos em podas de azinheiras e sobreiros, quando o trabalho é efetuado à troca da lenha, sendo que estas situações frequentemente provocam corte de troncos de grandes dimensões a favor do prestador de serviços agroflorestais interessado no negócio de lenha, mas que prejudicam a prazo, o estado sanitário do montado e portanto a sua longevidade.

A Quercus exige que sejam apuradas responsabilidades sobre a poda e corte ilegal de azinheiras, relembrando que fica proibida a alteração do uso do solo durante 25 anos, o estabelecimento de quaisquer novas atividades, designadamente agrícolas, industriais ou turísticas, conforme legislação aplicável. Esperamos que seja efetuado o levantamento cartográfico deste corte ilegal e que o SEPNA da GNR e o ICNF acompanhem esta ação, no sentido, de serem evitados mais danos sobre este montado de azinho tão relevante para a conservação da natureza e biodiversidade.

Lisboa, 2 de março de 2021

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

A Direção do Núcleo Regional de Portalegre


Imagem: GNR
Retirada de Rádio Elvas

]]>
Regresso às aulas Eco, mesmo em período de Pandemia https://quercus.pt/2021/02/21/regresso-as-aulas-eco-mesmo-em-periodo-de-pandemia-2/ Sun, 21 Feb 2021 15:54:44 +0000 https://quercus.pt/?p=8430 Regresso às aulas Eco, mesmo em período de Pandemia https://quercus.pt/2021/02/21/regresso-as-aulas-eco-mesmo-em-periodo-de-pandemia-3/ Sun, 21 Feb 2021 15:54:29 +0000 https://quercus.pt/?p=8429 Regresso às aulas Eco, mesmo em período de Pandemia https://quercus.pt/2021/02/21/regresso-as-aulas-eco-mesmo-em-periodo-de-pandemia/ Sun, 21 Feb 2021 15:53:56 +0000 https://quercus.pt/?p=8425