Outubro 2022 – Quercus https://quercus.pt Thu, 24 Nov 2022 09:50:04 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logotipo-quercus-svg-32x32.png Outubro 2022 – Quercus https://quercus.pt 32 32 Quercus celebra 37º aniversário – Prémio Quercus 2022 atribuído a José Maria Serra Saraiva https://quercus.pt/2022/10/31/quercus-celebra-37o-aniversario-premio-quercus-2022-atribuido-a-jose-maria-serra-saraiva/ Mon, 31 Oct 2022 10:38:47 +0000 https://quercus.pt/?p=17706 Hoje, dia 31 de outubro, a Quercus celebra o seu 37º aniversário e, como habitualmente, divulga o galardoado do Prémio Quercus. Na edição de 2022 este prémio foi atribuído a José Maria Serra Saraiva, fundador e presidente da ASE – Associação Amigos da Serra da Estrela, com uma vida dedicada aos valores da conservação da natureza e do ambiente no Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE).

A Quercus destaca ainda a sua ação informativa e pedagógica durante os incêndios ocorridos este ano no PNSE, e áreas envolventes, assim como a defesa da atividade agro-pastoril tradicional.

Alguns dados biográficos sobre José Maria Serra Saraiva

Foi fundador de 2 cooperativas e 2 associações: Coopoito – Cooperativa de consumo Oito de Janeiro, CRL e Cooperativa Jornalística de Manteigas, CRL, ambas em 1077; 1981 Associação do Centro Cívico de Manteigas, em 1981 e a ASE – Associação Cultural Amigos da Serra da Estrela, em 1982, da qual é atualmente Presidente da Direção.

De 1983 a 2008 organizou 25 edições do Nevestrela, a maior atividade invernal de montanha em Portugal; de 1991 a 1993 foi representante da ASE no Conselho Geral do Parque Natural da Serra da Estrela; de 1995 a 2005 fundou e coordenou a equipa de salvamento em montanha/ SOS-Estrela tendo, de forma graciosa, dado formação nesta área a bombeiros de 5 Corporações da área da Serra da Estrela e a 30 elementos da Proteção Civil dos Açores a convite do Governo Regional; de 2002 a 2005 criou e coordenou o projeto “Trilhos do Passado Numa Perspetiva Com Futuro” destinado a jovens com idades entre os 14 e os 17 anos; de 2006 a 2008 criou e coordenou o projeto “UM MILHÃO DE CARVALHOS PARA A SERRA DA ESTRELA”.

Em 2008 apresentou aos 17 municípios que constituem a bacia hidrográfica do rio Zêzere a ideia para a criação do projeto “Da Nascente à Foz/Rio Acima”, o que foi aceite por unanimidade, estando presentemente em fase de execução.

Obteve várias distinções ao longo do seu percurso. Uma menção honrosa e um prémio, no âmbito do Prémio Nacional de Ambiente atribuído pela CPADA – Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente, em 2004-2005, e 2006-2007, respetivamente. Em 2007 é distinguido como o melhor ambientalista do Ano pelo jornal Metro e Rádio Clube.

Sobre o prémio Quercus

Criado em 2004, o Prémio Quercus possui como principal objetivo distinguir entidades, empresas ou cidadãos que se destaquem enquanto defensores do ambiente e promotores do desenvolvimento sustentável em Portugal ou em qualquer parte do mundo. Mais informações em: https://quercus.pt/premios-quercus/

Lisboa, 31 de outubro de 2022

 

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Parque Natural da Serra da Estrela, Casais de Folgosinho 1985. Fotografia de Rui Cunha ©.

 

Fotografia escolhida como Prémio Quercus 2022. Esta é uma das 5 fotografias de uma tiragem limitada, impressas em “Art Paper Canson acid free”, que será emoldurada em madeira com placa metálica indicando ser o “Prémio Quercus 2022, atribuído a José Maria Serra Saraiva.


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Mais voos noturnos em Lisboa – Impactos acrescidos são inadmissíveis com plano de acção para o ruído na gaveta https://quercus.pt/2022/10/18/mais-voos-noturnos-em-lisboa-impactos-acrescidos-sao-inadmissiveis-com-plano-de-accao-para-o-ruido-na-gaveta/ Tue, 18 Oct 2022 09:39:58 +0000 https://quercus.pt/?p=17672 Os Ministérios do Ambiente e Ação Climática e Infraestruturas e Habitação acabaram de fazer publicar em Diário da República a portaria 252-A/2022 que autoriza voos noturnos sem imposição de limites no aeroporto Humberto Delgado em Lisboa no período de 18 de Outubro até 28 de Novembro, ou seja, 41 dias. O motivo é a atualização do sistema de controlo de tráfego aéreo. Ao contrário do que estava inicialmente previsto, não serão permitidos os eventuais atrasos nos voos provocados pela adaptação ao novo sistema que possam ocorrer entre as 2:00 e as 5:00. Trata-se de uma alteração ao projecto inicial, que derrogava os limites também neste período horário, à qual não foi certamente alheia ao elevado número de participações na consulta pública, que teve lugar durante um período de 30 dias úteis e que terminou no dia 4 de Outubro. Contudo, nos períodos das 0:00 às 02:00 e das 05:00 às 06:00, existe uma suspensão total dos limites – isto é, poderá haver voos sem restrições nestas alturas.

Se é verdade que durante este período excepcional será disponibilizado aos cidadãos um endereço de correio eletrónico através do qual podem ser remetidos pedidos de esclarecimentos e comunicadas ocorrências – o que também foi motivado pela forte participação na consulta pública –, também é verdade que se trata de uma medida que na prática não deverá ter efeitos mitigadores do prejuízo do direito ao descanso que esta derrogação terá nos mais de 150.000 cidadãos de Lisboa afectados.

Algo que é de saudar é a reação veemente dos cidadãos de Lisboa e Loures neste processo de consulta pública, que, mesmo com a constituição de interessados a ocorrer no meio do Verão, em plenas férias, e por um período de tempo de apenas duas semanas, foi sonante e mostrou que estão fartos de serem massacrados pelo ruído provocado pelos aviões.

As organizações não-governamentais de ambiente que subscrevem este comunicado (ZERO, Quercus e Geota) reuniram com a NAV Portugal, a autoridade da navegação aérea no país, e com o Secretário de Estado das Infraestruturas, e na sequência disso vêm reclamar medidas imediatas que estão contempladas no Plano de Ação de Gestão e Redução de Ruído para o Aeroporto Humberto Delgado, aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente, e que é uma obrigação da legislação nacional e europeia, mas que não estão a ser aplicadas pela ANA Aeroportos, mesmo apesar da sua fraca ambição. Mais ainda, as organizações reclamam medidas compensatórias para os cidadãos de Lisboa e Loures, os quais devem ser imediatamente ressarcidos pela pena adicional a que vão ser sujeitos durante as próximas seis semanas:

  1. Avaliação de um eventual período noturno sem quaisquer voos permitidos;
  2. Avaliação do impacte associado aos movimentos de jatos privados
  3. Implementação imediata das obras de isolamento dos edifícios onde se situam receptores sensíveis ao ruído;
  4. Canais facilitados para os cidadãos reclamarem do ruído excessivo em sítios ‘online’ oficiais (medida prevista no referido plano de ação de ruído, mas que incompreensivelmente a APA e a IGAMAOT não obrigam a ANA Aeroportos a cumprir);
  5. A publicação dos mapas de ruído onde conste a população afectada por níveis de ruído superiores a 45 dBA e a publicitação de relatórios semanais sobre voos noturnos, como previsto nos termos da portaria derrogatória ora publicada, devem manter-se após o seu período de vigência;
  6. Realização de uma Avaliação de Impacto Ambiental às obras previstas na Portela;
  7. Realização de um estudo oficial sobre o impacto do ruído com origem no tráfego aéreo na saúde e bem estar dos cidadãos de Lisboa e Loures e os seus custos económicos.

As organizações não-governamentais de ambiente que subscrevem este comunicado apelam desde já à futura Comissão Técnica Independente para o novo aeroporto de Lisboa que tenha em conta os prejuízos provocados pela manutenção do Aeroporto Humberto Delgado na Avaliação Ambiental Estratégica que se iniciará em breve.

As Associações subscritoras manter-se-ão atentas às ocorrências neste período excecional e propõem-se continuar a acompanhar a situação junto do concedente e do concessionário.

 

GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza
ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável

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