Março 2014 – Quercus https://quercus.pt Wed, 03 Mar 2021 19:38:26 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logotipo-quercus-svg-32x32.png Março 2014 – Quercus https://quercus.pt 32 32 Quercus apresenta publicamente o projeto LIFE TAXUS, no dia 28 Março, 6ª feira, às 14h https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-apresenta-publicamente-o-projeto-life-taxus-no-dia-28-marco-6a-feira-as-14h/ Wed, 03 Mar 2021 19:38:26 +0000 https://quercus.pt/?p=11165 No próximo dia 28 de Março, pelas 14h00, a Quercus irá apresentar publicamente o projeto LIFE TAXUS – Restaurar bosquetes de teixo [9580* Florestas Mediterrânicas de Taxus baccata], iniciativa cofinanciada pelo Programa LIFE+ da União Europeia, e que tem como entidade parceira a Valormed – Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens e Medicamentos.

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Nesta sessão, pretende-se dar a conhecer os objetivos do projeto, bem como as ações a ser implementadas ao longo dos próximos três anos. O evento irá decorrer no Salão Nobre da Câmara Municipal de Manteigas, com o apoio do Município de Manteigas, e terá o seguinte programa:

14:00 – 14:30 | Sessão de abertura
Nuno Sequeira – Presidente da Direção Nacional da Quercus – ANCN
José Manuel Custódia Biscaia – Presidente da Câmara Municipal de Manteigas
Rui Melo – Diretor do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Centro (ICNF)*

Luís Figueiredo – Diretor Geral da Valormed – Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens e Medicamentos*

14:30 – 15:00 | Apresentação do projeto
Nuno Forner – Coordenador projeto LIFE TAXUS
Estevão Portela-Pereira (CEG – IGOTUL)

15:30 – 16:00 | Ação de plantação

* a aguardar confirmação

Lisboa, 20 de março de 2014

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

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Visite o site em www.lifetaxus.quercus.pt

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Quercus e Plataforma Transgénicos Fora pedem aos autarcas que abandonem uso de herbicidas https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-e-plataforma-transgenicos-fora-pedem-aos-autarcas-que-abandonem-uso-de-herbicidas/ Wed, 03 Mar 2021 19:38:21 +0000 https://quercus.pt/?p=11166 herbicidas cidadeA QUERCUS e a Plataforma Transgénicos Fora (PTF), onde estão representadas as principais associações portuguesas de defesa do ambiente de âmbito nacional, endereçaram uma carta a todos os presidentes de Câmaras Municipais alertando para os riscos ambientais e de saúde, da aplicação de herbicidas em espaços urbanos, prática generalizada por todo o país.

Nesta carta, a QUERCUS e a PTF destacaram o uso crescente e indiscriminado do herbicida glifosato, por ser este o mais usado em todo o mundo e o seu uso ter aumentado muito nos últimos anos devido à proliferação das culturas geneticamente modificadas (OGM) que passaram a resistir ao herbicida (quando antes da modificação genética morriam com ele). Na carta enviada, as duas organizações pedem que as Autarquias adiram à iniciativa “Autarquias Sem Glifosato”, aproveitando a “Semana Internacional de Acção Contra os Pesticidas”, que se inicia hoje e terminará a 30 de Março, um evento internacional promovido pela PAN (Pesticide Action Network), que a Quercus integra, e onde se pretende que sejam desenvolvidas iniciativas para a redução do uso de pesticidas.

Relativamente ao uso dos herbicidas em espaços públicos, da responsabilidade das autarquias locais, a Quercus tem já alertado anteriormente para este problema, concretamente em ofícios enviados à Associação Nacional de Municípios Portugueses em 2012, mas infelizmente até ao momento a realidade não se alterou.

Riscos do glifosato

Em Portugal, está autorizada a comercialização de um herbicida à base de glifosato para usos urbanos, o SPASOR. O seu fabricante, a multinacional Monsanto, alega que é inócuo para insectos auxiliares, minhocas, abelhas e humanos e completa e rapidamente biodegradável na água e no solo. Possui ainda certificado de compatibilidade ambiental emitido pelo responsável pela comercialização em Portugal – a Manuquímica. Mas contrapondo a alegada inocuidade divulgada pelas empresas fabricantes e distribuidoras têm surgido cada vez mais estudos de cientistas não dependentes dessas empresas e publicados nas revistas científicas mundiais, reveladores das consequências gravosas para a saúde e para o ambiente, de vários herbicidas e em particular daqueles cuja substância ativa é o glifosato.

O glifosato atua nos animais como desregulador hormonal e cancerígeno, em doses muito baixas, que podem ser absorvidas nos alimentos e na água de consumo, supostamente “potável”. Este herbicida tem ainda uma degradação suficientemente lenta para ser arrastado (pela água da chuva, da rega ou de lavagem, em conjunto com um resíduo também tóxico resultante da sua degradação), para a água, quer a superficial (rios, ribeiros, albufeiras e lagos), quer a subterrânea. Em França mais de metade das águas superficiais analisadas tinham resíduos de glifosato e/ou de AMPA, o seu metabolito tóxico.

Alternativas

Estas novas evidências científicas revelam que a avaliação toxicológica do glifosato e dos seus adjuvantes foi subavaliada pelas autoridades oficiais, em parte por se basearem apenas nos estudos apresentados pelas empresas fabricantes e espera-se que a sua utilização venha a ser revista. Por outro lado, a nova lei sobre o uso de pesticidas em Portugal (Lei n.º 26/2013, de 11 de Abril, que transpõe a Diretiva 2009/128/CE), contempla a aplicação destes produtos em espaço urbano apenas como o último recurso. Ainda assim e porque existem outros meios para combater as plantas infestantes, vulgo ervas, tais como os meios mecânicos, térmicos ou manuais e por vezes nem se justifica uma tão grande eliminação, pois as ervas têm diversas vantagens (protegem o solo, aumentam a biodiversidade), pede-se que seja abandonado o uso de herbicidas em espaços públicos.

A Quercus, com a colaboração da PTF, elaborou um documento que expõe mais detalhadamente os riscos ambientais e de saúde pública dos herbicidas (em especial do glifosato) e indica os principais meios alternativos não químicos. Poderá consultá-lo em: http://www.quercus.pt/quimicos-substancias-quimicas/3034-controlo-de-plantas-infestantes-em-espacos-publicos.

Manifesto de adesão “Autarquias Sem Glifosato”

Anexo à carta aos autarcas foi enviado junto o “Manifesto de adesão – Autarquia sem Glifosato”, e ao lançamento público desta iniciativa agora, sucederá a divulgação pela primeira vez junto da comunicação social em Outubro de 2014 o registo público das autarquias subscritoras (municípios ou freguesias), através do qual a Quercus e a PTF realçam e mostram como exemplo a seguir os concelhos e freguesias cujos executivos se comprometeram a deixar de aplicar herbicidas sintéticos no controle de plantas infestantes em zonas de lazer, vias públicas e restantes espaços sob a sua responsabilidade.

Lisboa, 20 de março de 2014

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
A Plataforma Transgénicos Fora

 

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Quercus defende ações urgentes no combate à Vespa-asiática, que está a ameaçar a apicultura https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-defende-acoes-urgentes-no-combate-a-vespa-asiatica-que-esta-a-ameacar-a-apicultura/ Wed, 03 Mar 2021 19:37:49 +0000 https://quercus.pt/?p=11164 vespa velutinaA introdução fortuita ou intencional de espécies exóticas é hoje em dia considerada uma das principais causas da perda de biodiversidade e de degradação dos serviços de ecossistemas em toda a UE e no mundo. Só na União Europeia, o custo económico das Espécies Exóticas e Invasoras é estimado em pelo menos doze mil milhões de euros por ano (12.000.000.000 € / ano). Em Portugal, e noutros países europeus, a Vespa-asiática (Vespa velutina) está em expansão há vários anos provocando prejuízos na actividade apícola e na perda da biodiversidade ao reduzir o número de polinizadores.

 

Segundo dados divulgados publicamente, que carecem de confirmação oficial da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, foram detetados até à data 280 ninhos desta espécie de Vespa, mas na opinião de vários especialistas este número pode estar bastante aquém da realidade.

 

O Governo tenta minimizar a situação afirmando que se trata de uma praga que existe apenas na região de Entre Douro e Minho, mas a Quercus tem a confirmação da sua ocorrência na cidade do Porto e teme que rapidamente se propague a outras regiões do País.

 

A Quercus exige ao Governo que o Plano de Ação da Vespa velutina seja efetivamente aplicado com urgência, promovendo uma divulgação mais intensa deste problema e o recurso a equipas com formação específica dedicadas à erradicação da espécie, que actuem com a máxima celeridade já este ano, reduzindo o risco de expansão desta espécie exótica.

 

Economia e ambiente em causa

 

Estando em causa não apenas a manutenção da biodiversidade mas também a de vários sectores da actividade agrícola,como, por exemplo, a apicultura, a Quercus está a preparar uma campanha pública sobre a protecção dos polinizadores, em parceria com o grupo Jerónimo Martins, que visa nomeadamente:

 

• Ampla divulgação e informação sobre o papel dos polinizadores;
• Alertar para os perigos que a introdução de espécies exóticas pode ter nos ecossistemas, dando destaque a uma campanha urgente de informação relativa à Vespa-asiática, uma espécie que tende a ser confundida com a nossa Vespa autóctone (Vespa crarbro), a qual está adaptada ao nosso território e tem um papel importante no controle adequado de diversos insectos susceptíveis de causarem problemas nas culturas agrícolas;
• Sensibilizar os agricultores, em particular, e a opinião pública, em geral, para os perigos do mau uso dos pesticidas na saúde pública e no desaparecimento dos polinizadores;
• Divulgar misturas de sementes com espécies melíferas, cuja floração possa ocorrer espaçadamente ao longo da primavera e verão, com vista a incrementar a presença de polinizadores na área agrícola.

 

Lisboa, 21 de março de 2014

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

 


 

Nota para os editores:
Outras Espécies Exóticas e Invasoras ameaçam também a produção de frutos pequenos e a produção de castanha, caso da mosca Drosophilasusukii, já presente no nosso País que ataca as plantações de mirtilos, morangos, amoras, framboesas e cerejas e agora surge a ameaça da vespa do castanheiro Dryocosmus kuriphilus, que já ocorre em Espanha e é considerada uma das piores pragas dos castanheiros.

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Dia Mundial da Floresta: Plantações florestais industriais não são florestas! https://quercus.pt/2021/03/03/dia-mundial-da-floresta-plantacoes-florestais-industriais-nao-sao-florestas/ Wed, 03 Mar 2021 19:37:33 +0000 https://quercus.pt/?p=11163 Eucaliptal ErosãoNo Dia Mundial da Floresta, as organizações da sociedade civil LPN, GEOTA, GAIA, FAPAS, A Rocha, Oikos, QUERCUS e SPEA juntam-se para dizer: plantações florestais não são florestas! As florestas são sistemas multidimensionais, conjugando diversidade estrutural, funcional e biológica que inclui elementos não arbóreos como o solo, a água, os microrganismos, fauna e flora e a interacção entre espécies e com as comunidades humanas. As plantações industriais de rotação curta em regime de monocultura não são nada disto e esta confusão serve apenas para prejudicar as florestas.

 

 

As várias iniciativas que hoje ocorrerão pelo país e pelo Mundo, celebrando o Dia da Árvore e o Dia Mundial da Floresta merecem o esclarecimento cabal de que muitas das florestas celebradas não o são de facto. A proliferação de plantações florestais para exploração industrial não reverte a desflorestação mas, pelo contrário, tem contribuído decisivamente para a substituição de ecossistemas e biomas ricos e complexos como são as florestas por autênticos “desertos verdes” como são as plantações de palma, eucalipto, acácias ou seringueiras, entre outras monoculturas. Uma floresta corresponde, frequentemente, à etapa mais avançada em relação ao equilíbrio potencial de um ecossistema. Uma plantação florestal monoespecífica é um sistema básico e ecologicamente muito pobre.

A utilização perniciosa da ideia de que eucaliptais ou acaciais são florestas tem contribuído decisivamente para a perda dos espaços florestais mais ricos por todo o mundo. A destruição de biomas, como savanas ou pradarias, ocupados por plantações florestais com pouca ou nenhuma contribuição para as economias locais e para os equilíbrios dos sistemas ecológicos, biológicos, hidráulicos e dos solos, é uma evidência. Em Portugal, em concreto, embora se aponte para um grande espaço florestal, a verdade é que as plantações de eucaliptos e pinhais, em particular quando utilizados em esquemas de rotações muito curtas para a extracção máxima das matérias-primas, têm acarretado gravíssimos problemas ambientais, sociais e económicos.

As mais recentes medidas legislativas, nomeadamente o Decreto-Lei nº 96/2013, de 19 de Julho, vem abrir a porta à expansão das plantações florestais industriais, mas não das florestas! Em Portugal esta circunstância é ainda agravada pelo desordenamento e má gestão das plantações florestais, que ardem ano após ano, dependendo a extensão da área ardida e das ignições apenas das condições de humidade e temperatura. Infelizmente, esses incêndios estendem-se todos os anos a florestas verdadeiras, que vão sendo gradualmente substituídas por plantações florestais e regredindo na sua complexidade e nos serviços ambientais e sociais que prestam.

A proposta governamental de financiar a plantação de eucaliptais através do Programa de Desenvolvimento Rural, como medida de florestação de terras agrícolas e não agrícolas, e medida de melhoria do valor económico das florestas, utiliza exactamente esta confusão entre florestas e plantações florestais para, uma vez mais, apoiar a iniciativa privada, financiando actividades económicas com fundos destinados ao desenvolvimento local, rural e ambiental.

Plantações industriais não são Florestas.
Hoje não é o Dia Mundial das Plantações Florestais.

Lisboa, 21 de março de 2014

 

Os subscritores:
A Rocha Portugal – Associação Cristã de Estudo e Defesa do Ambiente
FAPAS – Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens
GAIA – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental
GEOTA – Grupos de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente
LPN – Liga para a Protecção da Natureza
Oikos – Cooperação e Desenvolvimento
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

 

 

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Quercus e Ecodepur® ‘oferecem’ ETAR compacta para tratamento de efluentes urbanos https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-e-ecodepur-oferecem-etar-compacta-para-tratamento-de-efluentes-urbanos/ Wed, 03 Mar 2021 19:37:05 +0000 https://quercus.pt/?p=11162 Deve ser cumprida meta de 90% da população portuguesa com águas residuais tratadas até 2020!


Portugal encontra-se obrigado, enquanto Estado-Membro da União Europeia, a cumprir a Directiva Quadro da Água, que estipula como objetivo o bom estado ecológico das massas de água até 2015 (com eventuais prorrogações para 2021 e 2027). Cerca de um terço das massas de água em Portugal apresenta má qualidade. O tratamento de efluentes, urbanos e industriais, é um fator essencial para se poder obter uma boa qualidade da água.


No sentido de sensibilizar os decisores, a nível nacional e local, para a necessidade do cumprimento das metas de saneamento, a Quercus e a Ecodepur® lançaram um concurso para a atribuição de um sistema de tratamento de efluentes urbanos.

Pese embora Portugal tenha feito um esforço muito significativo nos últimos 20 anos, no sentido de proporcionar serviços adequados de saneamento básico às populações, depois de três Quadros Comunitários de Apoio, verifica-se que as metas estipuladas no Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais — o PEAASAR, que definiam o alcançar, até 2013, de 90% de cobertura no tratamento de águas residuais ainda estão longe de ser cumpridas.

Segundo o RASARP – Relatório Anual dos Serviços de Água e Resíduos em Portugal de 2102, publicado pela ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, cerca de 22% da população portuguesa não dispõe de tratamento de águas residuais. Cerca de 3% são abrangidos apenas por redes de drenagem de águas residuais, sem que no entanto se proceda ao seu tratamento adequado. A ERSAR aponta para a existência de cerca de 200 mil alojamentos com drenagem mas sem tratamento adequado, abrangendo mais de 300 000 utilizadores.

No entanto, mesmo ao nível do tratamento que é já efectuado, verificam-se graves deficiências. Dos vários indicadores considerados pela ERSAR na sua avaliação do desempenho das entidades gestoras, verifica-se, quer para os sistemas em baixa, quer para os sistemas em alta, uma qualidade de serviço insatisfatória relativo a “adequação da capacidade de tratamento”, “controlo das descargas de emergência” e “cumprimento dos parâmetros de descarga”. Verificam-se igualmente qualidades de serviço medianas para o “destino adequado das águas residuais tratadas” e a “acessibilidade física ao serviço” (nas zonas mediamente urbanas e predominantemente rurais).

É pois nas zonas predominantemente rurais que se verificam as maiores lacunas, em áreas com pequenos aglomerados dispersos, onde as soluções convencionais, que implicam enormes custos de investimento em redes de colectores, não se afiguram as mais adequadas.

A grande aposta deve ser, sempre que possível e adequado, em micro-sistemas de tratamento de 50 a 5000 habitantes equivalentes, como o que é apresentado hoje, pois apresentam inúmeras vantagens, face aos sistemas convencionais, nomeadamente:

•    São mais eficazes na remoção da matéria orgânica
Possuem capacidade para remover mais de 90% da carga orgânica dos efluentes, sendo a sua manutenção relativamente fácil e pouco onerosa.

•    São mais baratos
Apresentam custos 7 a 10 vezes inferiores aos das soluções convencionais. A título de exemplo, refira-se que o custo do investimento numa ETAR de lamas activadas para 1500 a 2000 habitantes-equivalentes é de cerca de 1 milhão de euros, enquanto que o custo do investimento para estes sistemas ronda, para a mesma capacidade, 105 mil a 140 mil euros.

•    São mais eficientes em termos energéticos
Têm custos energéticos de operação muito reduzidos, da ordem dos 0,2 kW/hab.eq/dia.

•    Porque há tecnologia portuguesa disponível
Existem actualmente no mercado nacional diversos operadores, que desenvolvem tecnologia própria e produzem os seus próprios equipamentos. A opção por soluções nacionais permite a diminuição das importações e o aumento da produção industrial nacional, com a consequente dinamização da nossa economia, com base em produtos e serviços altamente qualificados.

•    Porque garantem investimento público reprodutivo
Permite a criação de emprego local nas indústrias de produção dos equipamentos e na instalação dos mesmos, contribuindo simultaneamente para a resolução de graves problemas ambientais.

A Quercus estima que o investimento necessário para o cumprimento da meta de 90% de cobertura de serviços de saneamento básico, recorrendo a este tipo de tecnologia descentralizada, de baixo custo, é de cerca de 103 milhões de euros. Este valor refere-se apenas aos custos do investimento nos equipamentos de tratamento e não inclui as redes de drenagem. No entanto, uma parte deste custo – cerca de 26 milhões de euros — poderia ser executado a muito curto prazo nas situações em que já existem redes de drenagem, e que abrangem cerca de 300 mil cidadãos.

No âmbito desta ação, a Quercus ofereceu simbolicamente ao Ministro do Ambiente um amieiro, uma árvore característica da vegetação ribeirinha que nos presta serviços essenciais ao nível da preservação da qualidade da água e da biodiversidade aquática, como um exemplo do que devem ser rios saudáveis e como uma lembrança dos compromissos assumidos que não devem ser esquecidos ou protelados.

 


 

Concurso para atribuição de uma ETAR compacta

A Quercus lançou a 24 de Março um concurso, dirigido aos municípios e às Juntas de Freguesia, para atribuição de um equipamento de tratamento de efluentes urbanos — ETAR compacta — com capacidade para tratar os efluentes de 100 habitantes.

– Os municípios e as freguesias podem candidatar-se, mediante o preenchimento de um formulário.

– Documentos para candidaturas: Regulamento do Concurso e Formulário.

– O prazo para entrega de candidaturas termina no dia 22 de Maio – Dia Internacional da Biodiversidade.

Esta iniciativa, que conta com o patrocínio e o apoio técnico da Ecodepur®, visa demonstrar como estas soluções são perfeitamente viáveis para uma grande parte da realidade nacional, podendo contribuir para solucionar graves problemas ambientais.

O tratamento dos efluentes, para que a sua rejeição no meio hídrico seja feita em conformidade, é essencial para a boa qualidade dos nossos rios e para a preservação dos ecossistemas a eles associados.

 

 


 

 

Fotogaleria

Activistas junto ao Ministério do Ambiente

Activistas junt…
Activistas junto ao Ministério do Ambiente

Activistas junto ao Ministério do Ambiente

Activistas junt…
Activistas junto ao Ministério do Ambiente

Modelo de ETAR compacta para tratamento de efluentes urbanos

Modelo de ETAR …
Modelo de ETAR compacta para tratamento de efluentes urbanos

Várias vantagens das ETAR's compactas

Várias vantagen…
Várias vantagens das ETAR's compactas

Solução apresentada para ajudar a cumprir metas europeias de saneamento

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Solução apresentada para ajudar a cumprir metas europeias de saneamento

Carla Graça, Vice-Presidente da Quercus

Carla Graça, Vi…
Carla Graça, Vice-Presidente da Quercus

O Ministro do Ambiente cumprimenta os activistas da Quercus

O Ministro do A…
O Ministro do Ambiente cumprimenta os activistas da Quercus

Nuno Sequeira, presidente da Quercus, oferece simbolicamente um amieiro ao Ministro do Ambiente

Nuno Sequeira, …
Nuno Sequeira, presidente da Quercus, oferece simbolicamente um amieiro ao Ministro do Ambiente

Mensagem presente no amieiro oferecido ao Ministro

Mensagem presen…
Mensagem presente no amieiro oferecido ao Ministro

 

 

 

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Lisboa, 24 de Março de 2014

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 


A Quercus é uma Organização Não Governamental de Ambiente, que tem como missão a protecção do ambiente, da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida das populações.

A Ecodepur® é uma empresa tecnológica, de capital totalmente português, líder nacional na concepção e construção de Sistemas de Tratamento e Reutilização de Efluentes. É uma das empresas pioneiras na Europa e exportando a sua tecnologia para vários países em todo o Mundo.

Esta é a primeira iniciativa pública realizada no âmbito do projecto “dQa – Cidadania para o acompanhamento das políticas públicas da água”, coordenado pela Quercus, em parceria com a APA – Agência Portuguesa do Ambiente e a ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, e apoiado pelo Programa Cidadania Activa – EEA Grants.

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Quercus e PANINI lançam nova edição de cromos colecionáveis do mundo animal https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-e-panini-lancam-nova-edicao-de-cromos-colecionaveis-do-mundo-animal/ Wed, 03 Mar 2021 19:31:41 +0000 https://quercus.pt/?p=11161
Foi lançada, no âmbito da parceria entre a PANINI e a Quercus, mais uma edição de cromos colecionáveis do mundo animal, que se encontram já disponíveis em diversos pontos de venda por todo o país.
 
A PANINI é a maior empresa mundial, produtora de cromos e cards colecionáveis, pautando-se pela produção de alta qualidade, baseada num grande leque de licenças sobre temas na área do entretenimento e do desporto.
No âmbito desta parceria, a PANINI, consciente da sua dimensão e impacto social, assume as suas responsabilidades e compromissos em matéria ambiental, designadamente através das suas políticas de responsabilidade social e ambiental que desenvolve e partilha com as diversas partes interessadas, pelo que apoia o desenvolvimento de ações de conservação da natureza e biodiversidade que a Quercus desenvolve atualmente por todo o País.

A Quercus, através destas ações de conservação, onde também se inclui o projeto da rede de micro-reservas biológicas, promove a conservação de habitats ameaçados, como as turfeiras, charcas temporárias, bosques reliquiais, abrigos de morcegos e espécies, como o cágado-de-carapaça-estriada, o francelho, diversas espécies de peixes autóctones e  plantas raras como Linaria ricardoiCynara tournefortti ou Leuzia longifolia, entre muitas outras.

Lisboa, 25 de março de 2014

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sapal vrsaPor ocasião do 39º aniversário da criação da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António (RNSCMVRSA), e a Quercus, à semelhança do que tem vindo a fazer para as outras Áreas Protegidas, faz uma retrospectiva do que de positivo e negativo foi feito e identifica as ameaças e as oportunidades. Em 1975, o Estado Português tomou a iniciativa de criar a segunda área protegida do País, tendo por base um inquérito/estudo efetuado no Sapal de Castro Marim-Vila Real de Santo António, no qual se verificou a existência de um fenómeno de degradação do meio ambiente. É de salientar a preocupação demonstrada pelo poder político da altura em preservar os interesses biológicos da zona, os valores arquitetónicos pré-históricos e a importância dada aos setores económicos tradicionais, como a pesca, a exploração de salinas e o turismo. Desde a sua criação, foi possível manter os interesses ecológicos, ictiológicos e ornitológicos do sapal, que é reconhecido pela sua importância para a reprodução de várias espécies, funcionando como uma área de criação natural (nursery). A Reserva possui uma fauna muito diversificada, onde se destacam espécies estuarinas e migradoras, como a dourada e o robalo que apresentam elevado valor comercial, e espécies dulciaquícolas e migradoras, como o Sável, a Savelha e a Lampreia-marinha que atualmente se encontram ameaçadas. É ainda local de passagem, invernada e nidificação de várias espécies da avifauna, com registos de ocorrência de 169 espécies regulares e 17 espécies que ocorrem de forma ocasional, na sua maioria aves aquáticas com elevado valor de conservação, como o Pernilongo, o Colhereiro, o Flamingo, o Alfaiate, o Alcaravão, a Andorinha-do-mar-anã e a Calhandrinha-das-marismas. No que respeita à flora, na área da Reserva Natural encontram-se registadas 462 espécies de plantas, das quais se destacam Picris algarbiensis — um endemismo lusitânico, Limonium diffusum, Beta macrocarpa e Spartina maritima. Desde a criação da Reserva Natural, foram executadas medidas que contribuíram para aumentar os valores de conservação do património natural desta área, como a interdição do exercício da caça, a inserção na Lista de Sítios da Convenção de Ramsar, que inclui todas as zonas húmidas de importância internacional, a integração de grande parte da área da RNSCMVRSA na Rede Natura 2000 (é Sitio de Importância Comunitária Ria Formosa/Castro Marim e Zona de Proteção Especial “Sapais de Castro Marim”). Foram, também, incrementadas medidas para valorar a economia local apostando na certificação de produtos tradicionais da região, como é caso do sal marinho e flor de sal de Castro Marim. Contudo, esta área protegida tem sido afetada por vários promotores de alterações que perturbam o seu ciclo natural, como é exemplo a invasão das margens do rio Guadiana por plantas exóticas, nomeadamente a Spartina densiflora, a predação de espécies autóctones por cães vadios e a elevada taxa de mortalidade da avifauna, provocada pelo embate em linhas de transporte de energia. A Quercus vem assim exigir a implementação de um programa de controlo e monitorização de espécies exóticas e uma maior vigilância e verificação da conduta dos visitantes na área da Reserva Natural, de modo a reduzir os ataques à fauna ameaçada. Visto que se trata de uma zona de passagem e nidificação da avifauna, a Quercus alerta para a necessidade de uma melhor sinalização das linhas de transporte de energia e, se possível, a sua relocalização. A RNSCMVRSA é ainda confrontada com outros fatores de ameaça, como o abandono de práticas tradicionais de agricultura e de salicultura, agora substituída por técnicas industriais, a conversão de salinas em tanques para aquacultura, a extração ilegal de inertes que provoca a destruição das zonas de reprodução e a crescente pressão urbanística, aliada à pressão turística balnear, para a construção da segunda habitação. Por sua vez, a Reserva Natural ostenta enormes potencialidades associadas aos setores económicos do turismo, da aquacultura, da salicultura e da agricultura, recuperando técnicas tradicionais. Exemplos disto mesmo seria incentivar a aposta na promoção ativa do turismo de natureza, com a contratualização da gestão de estruturas de visitação, na agricultura biológica, na valorização da pesca artesanal e da produção de peixe em regime extensivo (sem alterar a morfologia das antigas salinas e com financiamento da baixa produtividade para produção de peixe de qualidade), bem como na certificação de produtos regionais. Neste contexto, para avaliar a Área Protegida foi elaborado um quadro, em baixo, com base numa análise que apresenta o diagnóstico (Forças e Fraquezas) e o prognóstico (Oportunidades e Ameaças). A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza tabela sapal vrsa Artigos relacionados: Paisagem Protegida da Serra do Açor: Quercus quer ampliação da Área Protegida Quercus faz avaliação da Reserva Natural das Dunas de São Jacinto e identifica forças, fraquezas, ameaças e oportunidades Quercus faz uma retrospectiva do que de positivo e negativo foi feito e identifica as ameaças e as oportunidades -Parque Natural de Sintra – Cascais Quercus avalia Áreas Protegidas: Paisagem Protegida da Serra do Açor será primeira, já a 3 de Março https://quercus.pt/2021/03/03/sapal-vrsapor-ocasiao-do-39o-aniversario-da-criacao-da-reserva-natural-do-sapal-de-castro-marim-e-vila-real-de-santo-antonio-rnscmvrsa-e-a-quercus-a-semelhanca-do-que-tem-vindo-a-fazer-para-as-out/ Wed, 03 Mar 2021 19:31:19 +0000 https://quercus.pt/?p=11160 No próximo dia 28 de Março, a Quercus irá apresentar em Manteigas o projeto “LIFE TAXUS – Restaurar bosquetes de teixo [9580* Florestas Mediterrânicas de Taxus baccata]”, iniciativa que conta com o co-financiamento do Programa LIFE+ da União Europeia. O projeto teve início em Julho de 2013 e termina em Dezembro de 2016, estando a ser implementado nos únicos dois Sítios de importância Comunitária onde ainda existe o habitat em Portugal: Peneda-Gerês e Serra da Estrela. A intervenção na Serra da Estrela incide sobre baldios comunitários distribuídos pelos concelhos de Manteigas, Covilhã e Seia, e na Peneda-Gerês em terrenos do Estado sob gestão do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

O projeto LIFE TAXUS tem como objetivo central contribuir para a recuperação deste habitat prioritário, de forma a manter a diversidade do mosaico florestal, melhorando as áreas existentes e incrementando a área de ocupação na Rede Natura 2000. De forma a alcançar este objetivo, pretende-se promover ações que favoreçam a regeneração natural e/ou reduzam os riscos de incêndio, com a limpeza de caminhos e das orlas dos bosquetes, promover a conexão entre as várias áreas onde o habitat ocorre, e incremento da área de ocupação com a plantação de espécies características do habitat onde o Teixo domina ou co-domina, em conjunto com espécies como o azevinho (Ilex aquifolium), a tramazeira (Sorbus aucuparia) ou o bidoeiro (Betula celtiberica). As plantas a utilizar estão a ser produzidas ex situ nos viveiros florestais do Sabugal, geridos pelo ICNF.

Também se pretende sensibilizar os cidadãos para a necessidade de preservar um habitat florestal muito raro e extremamente vulnerável aos efeitos das alterações climáticas através de uma ampla campanha de divulgação do projeto, onde se inclui um programa de sensibilização para a comunidade escolar.

O projeto também envolve diversas entidades

O projeto coordenado pela Quercus conta localmente com o apoio de diversas entidades, que de forma direta ou indireta contribuem para alcançar os objetivos definidos no projeto, nomeadamente o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), o Conselho Diretivo dos Baldios da Freguesia de São Pedro, o Conselho Diretivo dos Baldios de Unhais da Serra, a Assembleia de Compartes da Lapa dos Dinheiros e o Conselho Diretivo dos Baldios de Unhais da Serra.

O acompanhamento científico está a cargo do CEG – IGOT (Centro de Estudos Geográficos – Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa).

Apresentação do projeto

A apresentação pública do projeto “LIFE TAXUS – Restaurar bosquetes de teixo [9580* Florestas Mediterrânicas de Taxus baccata]”, irá decorrer amanhã, dia 28 de Março, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Manteigas, com o apoio do Município de Manteigas, e terá o seguinte programa:

14:00 – 14:30 Sessão de abertura
Nuno Sequeira – Presidente da Direção Nacional da Quercus – ANCN
José Manuel Custódia Biscaia – Presidente da Câmara Municipal de Manteigas
Rui Melo – Diretor do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Centro (ICNF) *
Luís Figueiredo – Director-Geral da Valormed – Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens e Medicamentos*

 

14:30 – 15:00 Apresentação do projeto
Nuno Forner – Coordenador projeto LIFE TAXUS
Estevão Portela-Pereira (CEG – IGOTUL)

15:30 – 16:00 Ação de plantação

 

Lisboa, 27 de março de 2014

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

 


Visite o site em www.lifetaxus.quercus.pt

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Quercus avalia Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-avalia-reserva-natural-do-sapal-de-castro-marim-e-vila-real-de-santo-antonio/ Wed, 03 Mar 2021 19:31:03 +0000 https://quercus.pt/?p=11159 sapal vrsaPor ocasião do 39º aniversário da criação da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António (RNSCMVRSA), e a Quercus, à semelhança do que tem vindo a fazer para as outras Áreas Protegidas, faz uma retrospectiva do que de positivo e negativo foi feito e identifica as ameaças e as oportunidades.

Em 1975, o Estado Português tomou a iniciativa de criar a segunda área protegida do País, tendo por base um inquérito/estudo efetuado no Sapal de Castro Marim-Vila Real de Santo António, no qual se verificou a existência de um fenómeno de degradação do meio ambiente. É de salientar a preocupação demonstrada pelo poder político da altura em preservar os interesses biológicos da zona, os valores arquitetónicos pré-históricos e a importância dada aos setores económicos tradicionais, como a pesca, a exploração de salinas e o turismo. Desde a sua criação, foi possível manter os interesses ecológicos, ictiológicos e ornitológicos do sapal, que é reconhecido pela sua importância para a reprodução de várias espécies, funcionando como uma área de criação natural (nursery). A Reserva possui uma fauna muito diversificada, onde se destacam espécies estuarinas e migradoras, como a dourada e o robalo que apresentam elevado valor comercial, e espécies dulciaquícolas e migradoras, como o Sável, a Savelha e a Lampreia-marinha que atualmente se encontram ameaçadas. É ainda local de passagem, invernada e nidificação de várias espécies da avifauna, com registos de ocorrência de 169 espécies regulares e 17 espécies que ocorrem de forma ocasional, na sua maioria aves aquáticas com elevado valor de conservação, como o Pernilongo, o Colhereiro, o Flamingo, o Alfaiate, o Alcaravão, a Andorinha-do-mar-anã e a Calhandrinha-das-marismas. No que respeita à flora, na área da Reserva Natural encontram-se registadas 462 espécies de plantas, das quais se destacam Picris algarbiensis — um endemismo lusitânico, Limonium diffusum, Beta macrocarpa e Spartina maritima.

Desde a criação da Reserva Natural, foram executadas medidas que contribuíram para aumentar os valores de conservação do património natural desta área, como a interdição do exercício da caça, a inserção na Lista de Sítios da Convenção de Ramsar, que inclui todas as zonas húmidas de importância internacional, a integração de grande parte da área da RNSCMVRSA na Rede Natura 2000 (é Sitio de Importância Comunitária Ria Formosa/Castro Marim e Zona de Proteção Especial “Sapais de Castro Marim”). Foram, também, incrementadas medidas para valorar a economia local apostando na certificação de produtos tradicionais da região, como é caso do sal marinho e flor de sal de Castro Marim.

Contudo, esta área protegida tem sido afetada por vários promotores de alterações que perturbam o seu ciclo natural, como é exemplo a invasão das margens do rio Guadiana por plantas exóticas, nomeadamente a Spartina densiflora, a predação de espécies autóctones por cães vadios e a elevada taxa de mortalidade da avifauna, provocada pelo embate em linhas de transporte de energia. A Quercus vem assim exigir a implementação de um programa de controlo e monitorização de espécies exóticas e uma maior vigilância e verificação da conduta dos visitantes na área da Reserva Natural, de modo a reduzir os ataques à fauna ameaçada. Visto que se trata de uma zona de passagem e nidificação da avifauna, a Quercus alerta para a necessidade de uma melhor sinalização das linhas de transporte de energia e, se possível, a sua relocalização. A RNSCMVRSA é ainda confrontada com outros fatores de ameaça, como o abandono de práticas tradicionais de agricultura e de salicultura, agora substituída por técnicas industriais, a conversão de salinas em tanques para aquacultura, a extração ilegal de inertes que provoca a destruição das zonas de reprodução e a crescente pressão urbanística, aliada à pressão turística balnear, para a construção da segunda habitação.

Por sua vez, a Reserva Natural ostenta enormes potencialidades associadas aos setores económicos do turismo, da aquacultura, da salicultura e da agricultura, recuperando técnicas tradicionais. Exemplos disto mesmo seria incentivar a aposta na promoção ativa do turismo de natureza, com a contratualização da gestão de estruturas de visitação, na agricultura biológica, na valorização da pesca artesanal e da produção de peixe em regime extensivo (sem alterar a morfologia das antigas salinas e com financiamento da baixa produtividade para produção de peixe de qualidade), bem como na certificação de produtos regionais.

Neste contexto, para avaliar a Área Protegida foi elaborado um quadro, em baixo, com base numa análise que apresenta o diagnóstico (Forças e Fraquezas) e o prognóstico (Oportunidades e Ameaças).

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza


tabela sapal vrsa

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