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Depois de em novembro de 2017, a Quercus ter lembrado com base no resultado de um inqu\u00e9rito, que 74% dos portugueses consideram as suas casas frias no inverno, 25% consideram as suas casas quentes no ver\u00e3o e apenas 1% dos portugueses considera a sua casa termicamente confort\u00e1vel, a Quercus lembra hoje, no Dia da Energia que os portugueses s\u00e3o dos que mais gastam energia para climatizar as suas casas para l\u00e1 poderem viver confortavelmente. Os resultados s\u00e3o do mesmo inqu\u00e9rito lan\u00e7ado pelo Portal da Constru\u00e7\u00e3o Sustent\u00e1vel (PCS) em colabora\u00e7\u00e3o com a Quercus, entre fevereiro e agosto de 2017, para averiguar se os portugueses consideravam a sua casa Fria, Quente ou Confort\u00e1vel.<\/p>\n
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Dos cerca de quase mil inquiridos em Portugal continental, 74% consideram a sua casa fria no Inverno. Destes, 32,5% tamb\u00e9m a considera simultaneamente quente. Dos que consideram a sua casa desconfort\u00e1vel, s\u00e3o quase 70% os que consideram haver um aumento significativo de energia, para manter o conforto t\u00e9rmico.<\/p>\n
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Portugal \u00e9 um dos pa\u00edses europeus mais amenos: a temperatura m\u00e9dia anual em Portugal continental, de acordo com a K\u00f6ppen-Geiger, \u00e9 de 19.1 \u00b0C. Sendo um pa\u00eds rico em horas de sol, \u00e9 muito f\u00e1cil de projetar edif\u00edcios atendendo ao seu clima.<\/p>\n
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Ora, se os edif\u00edcios podem ser eles pr\u00f3prios equipamentos para regular o frio e o calor dentro de casa, porque moram os portugueses em casas frias no inverno e quentes no ver\u00e3o?\u00a0Porque as casas est\u00e3o mal constru\u00eddas.<\/p>\n
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N\u00e3o consideraram os materiais, orienta\u00e7\u00e3o solar e solu\u00e7\u00e3o construtiva devida na fase da sua constru\u00e7\u00e3o. De facto, 44,4%, dos inquiridos que dizem habitar em casas desconfort\u00e1veis, simultaneamente frias no inverno e quentes no ver\u00e3o, dizem n\u00e3o possuir isolamento e 26,8% n\u00e3o sabe. Em rela\u00e7\u00e3o ao vidro, s\u00e3o 46,5% que dizem ter vidro simples e 33,3% tem caixilharias sem rutura t\u00e9rmica, enquanto que 30% n\u00e3o sabe o que isso \u00e9. Tudo isto s\u00e3o solu\u00e7\u00f5es que poderiam prevenir ganhos t\u00e9rmicos exagerados na esta\u00e7\u00e3o quente e perdas t\u00e9rmicas na esta\u00e7\u00e3o fria, provocando sobreaquecimento e arrefecimento, respetivamente.<\/p>\n
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Outra quest\u00e3o muito importante para controle da climatiza\u00e7\u00e3o nos edif\u00edcios, \u00e9 a sua orienta\u00e7\u00e3o solar. A mesma deve ser estudada cuidadosamente e devem ser atribu\u00eddos incentivos fiscais a quem orientar a sua casa convenientemente, sendo a orienta\u00e7\u00e3o sul a mais indicada, se protegida do sol na esta\u00e7\u00e3o quente. Ora o que se prev\u00ea \u00e9 exatamente o contr\u00e1rio. Al\u00e9m de ser um convite aos portugueses a orientar mal as suas casas, \u00e9 um convite ao consumo de energia para as climatizar. Apenas 22,5% dos inquiridos tem a sua casa orientada a sul.
\nSegundo o Eurostat, os portugueses pagaram o valor mais alto da EU em eletricidade (atendendo ao seu poder de compra), na segunda metade de 2018, seguido pela Alemanha, Espanha e B\u00e9lgica.<\/p>\n
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A Quercus lembra que a efici\u00eancia energ\u00e9tica, al\u00e9m de uma necessidade evidente, \u00e9 uma obrigatoriedade. A Diretiva Europeia sobre o Desempenho Energ\u00e9tico dos Edif\u00edcios (EPBD) entrou em vigor em Julho de 2018 e visa a obrigatoriedade de os estados-membros adotarem medidas de efici\u00eancia energ\u00e9tica para um refor\u00e7o da melhoria energ\u00e9tica dos edif\u00edcios. Surge com o objetivo de incentivar a renova\u00e7\u00e3o e reabilita\u00e7\u00e3o dos edif\u00edcios, de forma a atingir a descarboniza\u00e7\u00e3o de longo prazo, apresentando-se como uma ferramenta decisiva para que as metas para a efici\u00eancia energ\u00e9tica, definidas para 2030, sejam atingidas, e para que, em 2050, toda a Uni\u00e3o Europeia esteja descarbonizada. Ou seja, que os edif\u00edcios tenham necessidades quase nulas de energia.<\/p>\n
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Prev\u00eaem-se temperaturas de mais de 40\u00ba este ver\u00e3o. Urge implementar medidas como a prote\u00e7\u00e3o solar dos envidra\u00e7ados, vidros de qualidade t\u00e9rmica otimizada, caixilharias termicamente eficientes e coloca\u00e7\u00e3o correta de isolamento, por exemplo. S\u00e3o necess\u00e1rios instrumentos que sejam eficazes e se efetivem nas medidas corretivas dos edif\u00edcios existentes.<\/p>\n
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Tendo em conta que aproximadamente 40% do consumo total de energia na Uni\u00e3o Europeia corresponde aos edif\u00edcios e que estes t\u00eam um potencial enorme de poupan\u00e7a energ\u00e9tica, o aumento da sua efici\u00eancia constitui uma das medidas mais necess\u00e1rias para reduzir a depend\u00eancia energ\u00e9tica por um lado, e diminuir as emiss\u00f5es de gases com efeito de estufa por outro. Todos os edif\u00edcios deveriam ser desenhados, constru\u00eddos e reabilitados, de forma a pouparem energia, reduzindo as emiss\u00f5es de CO2 associadas.<\/p>\n
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Em breve, a Quercus ir\u00e1 relan\u00e7ar o projeto ECOCASA que pretende ajudar os portugueses a optar corretamente por medidas que promovam a poupan\u00e7a energ\u00e9tica (entre outras poupan\u00e7as) em suas casas.<\/p>\n
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Lisboa, 29 de maio de 2019<\/p>\n
A Dire\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus – Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n
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