{"id":9850,"date":"2021-03-03T16:58:25","date_gmt":"2021-03-03T16:58:25","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=9850"},"modified":"2021-03-03T16:58:25","modified_gmt":"2021-03-03T16:58:25","slug":"dia-mundial-dos-oceanos-8-de-junho","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/dia-mundial-dos-oceanos-8-de-junho\/","title":{"rendered":"Dia Mundial dos Oceanos | 8 de junho"},"content":{"rendered":"

Quercus alerta que nos Oceanos h\u00e1 mais Lixo que Vida<\/h2>\n

 <\/p>\n

\u201cFui confrontado com sinais de pl\u00e1stico, t\u00e3o distantes de mim quanto a minha vista conseguia alcan\u00e7ar. Parecia inacredit\u00e1vel, mas nunca encontrei um lugar no meio do Oceano Pacifico, completamente limpo de pl\u00e1sticos. Passou uma semana, pass\u00e1mos a zona subtropical e a qualquer altura do dia os vest\u00edgios de pl\u00e1stico boiavam por todo o lado, desde garrafas, copos ou fragmentos diversos.\u201d<\/strong><\/em><\/p>\n

 <\/p>\n

Capit\u00e3o Charles Moore<\/strong><\/em><\/p>\n

 <\/p>\n

 <\/p>\n

Este \u00e9 o relato que o Capit\u00e3o Charles Moore nos contou em conversa aberta e franca na sua \u00faltima visita a Portugal. Quando em 1997 atravessavou o Pac\u00edfico Norte, estava longe de imaginar que se cruzaria no seu caminho com uma enorme mancha de lixo, uma verdadeira \u201cilha\u201d de pl\u00e1stico.<\/p>\n

 <\/p>\n

Estima-se que a cada minuto se despeje no mar o equivalente a um cami\u00e3o cheio de lixo de pl\u00e1stico, onde se pode encontrar objectos t\u00e3o diversos como garrafas de \u00e1gua e refrigerantes, copos, garfos, facas, pratos, colheres de caf\u00e9, cotonetes, sacos dos mais diversos tipos, redes de pesca, beatas, esferovite, entre tantos outros.<\/p>\n

 <\/p>\n

De facto, 80% destes materiais em pl\u00e1stico s\u00e3o resultado de produtos consumidos em terra, muitos abandonados fora de qualquer contentor, ou nas areias das praias, e voando at\u00e9 os rios e mares.<\/p>\n

 <\/p>\n

Os n\u00fameros falam por si e s\u00e3o assustadores – a ONU estima que a cada ano sejam lan\u00e7ados para os oceanos 8 milh\u00f5es de toneladas de pl\u00e1stico, o que levou esta organiza\u00e7\u00e3o a lan\u00e7ar campanhas para promover a preserva\u00e7\u00e3o dos oceanos e da vida marinha para as gera\u00e7\u00f5es futuras, apelando \u00e0 redu\u00e7\u00e3o do uso de descart\u00e1veis e de outros materiais em utiliza\u00e7\u00f5es sup\u00e9rfluas como per\u00edodos festivos, onde a sua produ\u00e7\u00e3o \u00e9 elevada.<\/p>\n

 <\/p>\n

Esta realidade trouxe para a ribalta uma quest\u00e3o que est\u00e1vamos longe de enfrentar – o pl\u00e1stico nos oceanos. Hoje, esta mat\u00e9ria \u00e9 encarada como um problema global, com impactes ambientais, sociais e financeiros, e com m\u00faltiplas implica\u00e7\u00f5es para a sociedade e de resolu\u00e7\u00e3o complexa.<\/p>\n

 <\/p>\n

O tempo que uma garrafa de pl\u00e1stico demora a decompor-se no mar corresponde a 450 anos e todos os anos s\u00e3o lan\u00e7ados nos oceanos cerca de 13 milh\u00f5es de toneladas deste material. A cada ano que passa a acumula\u00e7\u00e3o vai sendo cada vez maior, prev\u00ea-se que em 2050 haver\u00e1 mais pl\u00e1stico do que peixe nos oceanos. Preocupante?<\/p>\n

 <\/p>\n

Este drama \u00e9 um dos grandes problemas ambientais deste s\u00e9culo, e a realidade est\u00e1 bem evidente nos animais marinhos, desde as aves ao peixe que nos serve de alimento, poder\u00e3o entrar na cadeia alimentar, com s\u00e9rias consequ\u00eancias para os Humanos.<\/p>\n

 <\/p>\n

 <\/p>\n

Lisboa, 08 de Junho de 2019<\/p>\n

 <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Quercus alerta que nos Oceanos h\u00e1 mais Lixo que Vida   \u201cFui confrontado com sinais de pl\u00e1stico, t\u00e3o distantes de mim quanto a minha vista conseguia alcan\u00e7ar. Parecia inacredit\u00e1vel, mas nunca encontrei um lugar no meio do Oceano Pacifico, completamente limpo de pl\u00e1sticos. Passou uma semana, pass\u00e1mos a zona subtropical e a qualquer altura do […]<\/p>\n","protected":false},"author":5,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"inline_featured_image":false,"footnotes":""},"categories":[111,148],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9850"}],"collection":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/5"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=9850"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9850\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":9887,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9850\/revisions\/9887"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=9850"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=9850"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=9850"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}