{"id":9787,"date":"2021-03-03T16:46:43","date_gmt":"2021-03-03T16:46:43","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=9787"},"modified":"2021-03-03T16:46:43","modified_gmt":"2021-03-03T16:46:43","slug":"acacias-proliferam-no-centro-do-pais","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/acacias-proliferam-no-centro-do-pais\/","title":{"rendered":"Ac\u00e1cias proliferam no Centro do Pa\u00eds"},"content":{"rendered":"

Inc\u00eandios de 2017 aumentaram a propaga\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies invasoras<\/h2>\n

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Ap\u00f3s os inc\u00eandios, sobretudo de outubro de 2017 muitas sementes das ac\u00e1cias australianas, vulgarmente conhecidas como mimosas, que estavam no solo, germinaram formando povoamentos de alta densidade, as quais devido tamb\u00e9m ao seu r\u00e1pido crescimento, n\u00e3o permitem o desenvolvimento de outras esp\u00e9cies da nossa floresta, comprometendo assim a produ\u00e7\u00e3o florestal.<\/p>\n

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Um dos riscos associados \u00e0 invas\u00e3o por ac\u00e1cias australianas \u00e9 o aumento da frequ\u00eancia e intensidade dos inc\u00eandios, visto que estas esp\u00e9cies produzem uma grande quantidade de material combust\u00edvel, altamente inflam\u00e1vel, que se acumula no solo da floresta.<\/p>\n

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As consequ\u00eancias das mimosas nas florestas nativas v\u00e3o al\u00e9m dos inc\u00eandios, j\u00e1 que esta esp\u00e9cie aniquila as esp\u00e9cies aut\u00f3ctones, altera a fertilidade do solo e reduz a disponibilidade de \u00e1gua para outras plantas.<\/p>\n

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Os nossos carvalhais em \u00e1reas afetadas, est\u00e3o a dar lugar a uma paisagem mon\u00f3tona, dominada pelas mimosas, com a consequente perda de biodiversidade quer ao n\u00edvel flor\u00edstico como ao n\u00edvel faun\u00edstico.<\/p>\n

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As ac\u00e1cias s\u00e3o uma s\u00e9ria amea\u00e7a para o espa\u00e7o florestal, as \u00e1reas protegidas, matas e per\u00edmetros florestais no Norte e Centro do Pa\u00eds.<\/p>\n

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\u00c9 agora uma esp\u00e9cie dominante na paisagem de muitas serranias do distrito de Coimbra e Viseu, sobretudo nas \u00e1reas ardidas de 2017, mas tamb\u00e9m em \u00e1reas protegidas.<\/p>\n

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Esta esp\u00e9cie ocupa j\u00e1 mais de 1.000 hectares no Parque Nacional da Peneda-Ger\u00eas, mas esta \u00e1rea poder\u00e1 ser bastante superior, uma vez que n\u00e3o h\u00e1 invent\u00e1rio atualizado das \u00e1reas infestadas. As esp\u00e9cies invasoras australianas, principalmente a Mimosa ou Ac\u00e1cia-mimosa (Acacia dealbata) e a Ac\u00e1cia-de-espigas (Acacia longif\u00f3lia), ocupam dezenas de milhares de hectares em Portugal, impedindo o desenvolvimento da nossa floresta aut\u00f3ctone.<\/p>\n

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A Mimosa \u00e9 uma das invasoras mais preocupantes em todo o mundo e especialmente em Portugal. A mimosa tanto ocorre em grandes manchas cont\u00ednuas como em pequenos n\u00facleos dispersos, e devido ao seu caracter invasor a \u00e1rea est\u00e1 sempre em expans\u00e3o. N\u00e3o h\u00e1 dados rigorosos mas a \u00e1rea ocupada por esta esp\u00e9cie em Portugal deve alcan\u00e7ar j\u00e1 cerca de 50 mil hectares.<\/p>\n

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Para evitar o agravamento da situa\u00e7\u00e3o o Estado tem de aumentar o investimento financeiro para controlar esta realidade, apoiando uma gest\u00e3o respons\u00e1vel da floresta.<\/p>\n

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A sensibiliza\u00e7\u00e3o da sociedade e nomeadamente dos propriet\u00e1rios florestais e autarquias \u00e9 essencial, para tentar controlar esta praga que torna o territ\u00f3rio cada vez mais vulner\u00e1vel aos inc\u00eandios florestais.<\/p>\n

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Lisboa, 1 de Mar\u00e7o de 2019<\/p>\n

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A Dire\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus- Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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