{"id":9771,"date":"2021-03-03T16:45:35","date_gmt":"2021-03-03T16:45:35","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=9771"},"modified":"2021-03-03T16:45:35","modified_gmt":"2021-03-03T16:45:35","slug":"abate-de-arvores-centenarias-em-vila-nova-de-paiva","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/abate-de-arvores-centenarias-em-vila-nova-de-paiva\/","title":{"rendered":"Abate de \u00e1rvores centen\u00e1rias em Vila Nova de Paiva"},"content":{"rendered":"
Est\u00e1 previsto e iminente o abate de um conjunto de \u00e1rvores centen\u00e1rias, que fazem parte do patrim\u00f3nio, imagem e mem\u00f3ria coletiva de Vila Nova de Paiva, no contexto de um projeto de requalifica\u00e7\u00e3o urbana que prev\u00ea a substitui\u00e7\u00e3o destas \u00e1rvores e jardins por um espa\u00e7o inerte de bet\u00e3o e lajes de granito.<\/p>\n
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O impacto desta a\u00e7\u00e3o, aos n\u00edveis ambiental, patrimonial e paisag\u00edstico \u00e9 muito significativo. Decorre uma peti\u00e7\u00e3o que, em poucas horas, angariou mais de seis centenas de assinaturas. S\u00e3o muitos mais os que t\u00eam manifestado o seu protesto e firme oposi\u00e7\u00e3o ao abate destas \u00e1rvores.
\nAs t\u00edlias foram plantadas em 1913 pela popula\u00e7\u00e3o local, havendo registo fotogr\u00e1fico deste acontecimento.<\/p>\n
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Os carvalhos do Largo da Restaura\u00e7\u00e3o ter\u00e3o come\u00e7ado a ser plantados h\u00e1 400 anos, tamb\u00e9m pela popula\u00e7\u00e3o, tendo sido entregue \u00e0s fam\u00edlias o seu usufruto. H\u00e1 ainda um jardim, onde existem diversas \u00e1rvores de outras esp\u00e9cies, algumas delas tamb\u00e9m elas centen\u00e1rias, que ir\u00e1 dar lugar a um parque estacionamento.<\/p>\n
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A Quercus associa-se ao protesto dos cidad\u00e3os de Vila Nova de Paiva e considera que \u00e1rvores centen\u00e1rias que marcaram v\u00e1rias gera\u00e7\u00f5es n\u00e3o podem ser descartadas de um momento para o outro como se fossem uma embalagem de pl\u00e1stico.<\/p>\n
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Num planeta em que todas as \u00e1rvores contam para fazer face aos problemas da perda de biodiversidade e \u00e0s altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas, este tipo de abate gratuito n\u00e3o faz qualquer sentido.<\/p>\n
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O abate, a acontecer, ser\u00e1 um p\u00e9ssimo exemplo \u00e0s gera\u00e7\u00f5es mais novas pois \u00e9 necess\u00e1rio fazer passar a mensagem que as \u00e1rvores s\u00e3o importantes e devem ser preservadas, e n\u00e3o a mensagem de que as \u00e1rvores s\u00e3o seres sem import\u00e2ncia que que podem ser eliminadas por um qualquer capricho.<\/p>\n
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A Quercus chama tamb\u00e9m a aten\u00e7\u00e3o para o facto da \u00e9poca das podas ser de Novembro a Janeiro quando as \u00e1rvores est\u00e3o em paragem vegetativa.<\/p>\n
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O corte de \u00e1rvores s\u00f3 se justifica em caso de risco iminente de queda, total ou parcial, que possa causar danos em pessoas e bens. Assim a avalia\u00e7\u00e3o deve ser feira \u00e1rvore a \u00e1rvore com recurso a especialistas e equipamento pr\u00f3prio de modo a obter um correto diagn\u00f3stico que possa servir de apoio \u00e0s decis\u00f5es de gest\u00e3o do arvoredo. N\u00e3o temos conhecimento de nenhum procedimento deste tipo neste caso de Vila Nova de Paiva, o que n\u00e3o \u00e9 certamente por falta de recursos uma vez entidades que t\u00eam todos os recursos para efetuar este tipo de avalia\u00e7\u00f5es, como por exemplo o Instituto Polit\u00e9cnico de Viseu ou a UTAD.<\/p>\n
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