Foi diagnosticada na Escola Secund\u00e1ria de Cascais, a presen\u00e7a de materiais contendo amianto como pavimentos, coberturas e juntas de dila\u00e7\u00e3o, que pelo estado elevado de degrada\u00e7\u00e3o, apresentaram valores acima dos limites de exposi\u00e7\u00e3o definidos pela Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade, tendo levado a ACT \u2013 Autoridade para as Condi\u00e7\u00f5es de Trabalho, a encerrar as salas de aula onde foram identificados estes materiais.<\/p>\n
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Esta situa\u00e7\u00e3o refor\u00e7a o que tem vindo a ser denunciado pela SOS AMIANTO relativamente \u00e0s condi\u00e7\u00f5es degradantes que as escolas Portuguesas apresentam e que poder\u00e3o colocar em risco a sa\u00fade dos seus ocupantes \u2013 alunos, professores e outros trabalhadores.<\/p>\n
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Por outro lado, demonstra que o diagn\u00f3stico realizado \u00e0s escolas n\u00e3o identificaram todos materiais, nem classificaram todas as situa\u00e7\u00f5es graves, caso contr\u00e1rio este caso h\u00e1 muito tempo teria sido sinalizado e intervencionado.<\/p>\n
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O SOS AMIANTO tem recebido in\u00fameras den\u00fancias sobre a exist\u00eancia nas escolas de materiais contendo amianto, em avan\u00e7ado estado de degrada\u00e7\u00e3o. Como consequ\u00eancia desta situa\u00e7\u00e3o, todos os alunos e funcion\u00e1rios que frequentam estes espa\u00e7os est\u00e3o em exposi\u00e7\u00e3o direta \u00e0s fibras que podem ser libertadas por todos estes materiais.<\/p>\n
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Apesar das den\u00fancias realizadas pelo SOS AMIANTO a diversos organismos como o ACT, pouco se tem feito para deter e resolver este problema. Face \u00e0 posi\u00e7\u00e3o manifestada pela ACT no caso da Escola Secund\u00e1ria de Cascais, que consideramos exemplar, esperamos que esta situa\u00e7\u00e3o seja um marco para uma maior aten\u00e7\u00e3o dos organismos respons\u00e1veis pelas escolas para o problema do amianto.<\/p>\n
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Lembramos que a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade alerta para o facto de n\u00e3o se conhecer um valor abaixo do qual se possa considerar que o amianto n\u00e3o possa apresentar risco para a sa\u00fade. No entanto a SOS AMIANTO tem tido acesso a diversos relat\u00f3rios e respostas de organismos oficiais que o classificam como \u00abrisco nulo\u00bb, ou fazem refer\u00eancia a \u00abpresen\u00e7a residual\u00bb de amianto, ou at\u00e9 mesmo \u00abescasso risco para a sa\u00fade\u00bb, o que nos deixa muito preocupados com o n\u00edvel de conhecimento existente em Portugal sobre esta mat\u00e9ria, por parte de decisores e intervenientes nos processos que envolvem o amianto.<\/p>\n
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Em Portugal o impacte do amianto na sa\u00fade est\u00e1 referenciado, mas do nosso ponto de vista est\u00e1 subvalorizado. Entre 2007 e 2012 morreram pelo menos 231 pessoas por exposi\u00e7\u00e3o ao amianto (dados DGS) o que d\u00e1 uma m\u00e9dia de 36 mortes por ano, considerando apenas um tipo de patologia – mesotelioma (cancro raro que est\u00e1 associado \u00e0 membrana do pulm\u00e3o).<\/p>\n
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A \u00fanica solu\u00e7\u00e3o para o amianto \u00e9 a erradica\u00e7\u00e3o e elimina\u00e7\u00e3o total.<\/p>\n
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Lisboa, 14 de fevereiro de 2019<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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