{"id":16789,"date":"2021-11-09T16:22:21","date_gmt":"2021-11-09T16:22:21","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=16789"},"modified":"2021-11-09T16:22:21","modified_gmt":"2021-11-09T16:22:21","slug":"alteracoes-climaticas-portugal-na-16a-posicao-do-indice-de-desempenho-mas-nenhum-pais-esta-no-podio","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/11\/09\/alteracoes-climaticas-portugal-na-16a-posicao-do-indice-de-desempenho-mas-nenhum-pais-esta-no-podio\/","title":{"rendered":"Altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas: Portugal na 16\u00aa posi\u00e7\u00e3o do \u00cdndice de Desempenho, mas nenhum pa\u00eds est\u00e1 no p\u00f3dio"},"content":{"rendered":"

\"\"<\/a>Os resultados mais recentes do \u00cdndice de Desempenho das Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas, o CCPI 2022, colocam os pa\u00edses escandinavos no topo do ranking. ANP|WWF, Quercus e ZERO avaliaram pol\u00edticas nacionais, e salientam necessidade de acabar com subs\u00eddios aos combust\u00edveis f\u00f3sseis, um elemento agora presente na Lei Portuguesa do Clima.<\/strong><\/p>\n

\u00c9 hoje divulgado na COP26 em Glasgow o \u00cdndice de Desempenho das Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas (CCPI – Climate Change Performance Index<\/em>) dos pa\u00edses. Trata-se de um instrumento destinado a aumentar a transpar\u00eancia do desempenho e das pol\u00edticas clim\u00e1ticas internacionais. O CCPI analisa e compara a prote\u00e7\u00e3o do clima em 62 pa\u00edses (mais a Uni\u00e3o Europeia como um todo) com as emiss\u00f5es mais elevadas, que no total representam 92 por cento das emiss\u00f5es globais. O \u00edndice atual analisa as emiss\u00f5es antes da crise do coronav\u00edrus e n\u00e3o reflete a redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es durante essa situa\u00e7\u00e3o incomum. De assinalar que Portugal sobe um lugar para a 16.\u00aa posi\u00e7\u00e3o, mas pode e deve fazer melhor. Ambi\u00e7\u00e3o e seguran\u00e7a clim\u00e1ticas permanecem objetivos a almejar.<\/p>\n

O CCPI \u00e9 da responsabilidade da organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o-governamental de ambiente alem\u00e3 Germanwatch e do NewClimate Institute, publicado em conjunto com a Rede Internacional de A\u00e7\u00e3o Clim\u00e1tica (Climate Action International \u2013 CAN International). O objetivo do \u00edndice \u00e9 colocar press\u00e3o pol\u00edtica e social sobre os pa\u00edses<\/strong> que, at\u00e9 agora, n\u00e3o conseguiram tomar medidas ambiciosas que garantam a estabilidade clim\u00e1tica global. O \u00edndice CCPI pretende tamb\u00e9m destacar os pa\u00edses com melhores pr\u00e1ticas clim\u00e1ticas<\/strong>.<\/p>\n

Peritos da ANP|WWF, Quercus e ZERO contribu\u00edram para a avalia\u00e7\u00e3o das pol\u00edticas clim\u00e1ticas nacionais e internacionais de Portugal.<\/p>\n

Os pa\u00edses escandinavos est\u00e3o a liderar o caminho de prote\u00e7\u00e3o do clima, juntamente com Marrocos e o Reino Unido. Os l\u00edderes Dinamarca, Su\u00e9cia e Noruega ocupam respetivamente as posi\u00e7\u00f5es quatro a seis no novo \u00cdndice de Desempenho em Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas (CCPI – Climate Change Performance Index<\/em>) 2022, apresentado hoje pela Germanwatch, NewClimate Institute e Climate Action Network (CAN). O p\u00f3dio permanece vago porque<\/strong>, at\u00e9 agora, as medidas de nenhum pa\u00eds foram suficientes para alcan\u00e7ar uma classifica\u00e7\u00e3o geral \u201cmuito alta\u201d; ou seja, nenhum pa\u00eds adotou o caminho necess\u00e1rio para manter o aquecimento global dentro do limite de 1,5\u00b0C<\/strong>.<\/p>\n

Muitos pa\u00edses estabeleceram metas ambiciosas e agora estamos no in\u00edcio da d\u00e9cada de implementa\u00e7\u00e3o, em que os pa\u00edses dever\u00e3o fazer as redu\u00e7\u00f5es mais dr\u00e1sticas de emiss\u00f5es: 67% at\u00e9 2030 face a valores de 1990, de acordo com a UNEP, de forma a garantir que o aumento m\u00e9dio da temperatura do planeta n\u00e3o excede os 1.5\u00b0 C, face aos n\u00edveis pr\u00e9-industriais. O tempo escasseia e alguns pa\u00edses est\u00e3o a conseguir melhores resultados do que outros, mostrando neste \u00edndice que a corrida para a neutralidade clim\u00e1tica j\u00e1 come\u00e7ou.<\/p>\n

Portugal ficou classificado em 16.\u00ba lugar, tendo em conta que os tr\u00eas primeiros lugares ficaram vazios por se considerar n\u00e3o haver nenhum pa\u00eds merecedor do p\u00f3dio no que respeita \u00e0 prote\u00e7\u00e3o do clima\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Este lugar \u00e9 um acima do obtido no ano passado e de h\u00e1 tr\u00eas anos j\u00e1 que h\u00e1 dois anos Portugal havia descido muito na tabela devido ao fraco uso de energia renov\u00e1vel associado \u00e0 seca e \u00e0s emiss\u00f5es dos inc\u00eandios de 2017 (25.\u00ba lugar). Portugal faz parte do grupo de pa\u00edses com classifica\u00e7\u00e3o \u201calta\u201d, a mais elevada atribu\u00edda, j\u00e1 que nenhum pa\u00eds consegue atingir a classifica\u00e7\u00e3o \u201cmuito alta\u201d.<\/p>\n

O \u00edndice CCPI tem por base o conjunto mais recente de estat\u00edsticas fornecidas pela Ag\u00eancia Internacional de Energia relativas ao ano de 2019 (o \u00faltimo dispon\u00edvel) e uma avalia\u00e7\u00e3o por peritos do desempenho atual no que respeita \u00e0s pol\u00edticas clim\u00e1ticas, \u00e0 escala nacional e internacional.<\/p>\n

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An\u00e1lise dos resultados para Portugal<\/strong><\/p>\n

Como referido, classificado no 16\u00ba lugar, Portugal sobe um lugar em rela\u00e7\u00e3o ao ano anterior continuando no grupo dos pa\u00edses com elevado desempenho no CCPI deste ano. No entanto, as emiss\u00f5es per capita (excluindo florestas e uso do solo), assim como o uso de energia per capita, ainda est\u00e3o a aumentar<\/strong>, enquanto a parcela de energia renov\u00e1vel no uso de energia tem vindo a aumentar menos, o que levou a classifica\u00e7\u00f5es baixas nos respetivos indicadores de tend\u00eancia (2014-2019).<\/p>\n

Portugal atinge classifica\u00e7\u00f5es elevadas nos indicadores de n\u00edvel atual do CCPI e classifica\u00e7\u00f5es relativamente baixas nos indicadores de tend\u00eancia<\/strong>. O indicador da Pol\u00edtica Clim\u00e1tica Nacional do pa\u00eds \u00e9 classificado como m\u00e9dio. De acordo com a legisla\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica da UE, o bloco deve atingir emiss\u00f5es l\u00edquidas zero at\u00e9 2050. Os especialistas do CCPI s\u00e3o cr\u00edticos a este respeito no que toca a Portugal, observando que a neutralidade clim\u00e1tica deveria ser definida em pol\u00edticas ou metas setoriais (por exemplo, agricultura e transportes). Os especialistas e as associa\u00e7\u00f5es a que pertencem exigem tamb\u00e9m prazos concretos para elimina\u00e7\u00e3o gradual dos subs\u00eddios aos combust\u00edveis f\u00f3sseis<\/strong> \u2013 cujo fim, entretanto, est\u00e1 previsto at\u00e9 2030 na recentemente aprovada Lei do Clima \u2013, sugerindo que Portugal deva ter como objetivo a neutralidade clim\u00e1tica antes de 2050 \u2013 possibilidade tamb\u00e9m prevista na Lei do Clima.<\/p>\n

Os especialistas avaliam a parcela de eletricidade renov\u00e1vel como suficiente<\/strong>, embora, ao mesmo tempo, apelam a novas pol\u00edticas que deem maior prioridade \u00e0 energia fotovoltaica descentralizada. Existe ainda espa\u00e7o para melhorias nas op\u00e7\u00f5es tecnol\u00f3gicas adotadas, nem sempre as mais adequadas \u2013 \u00e9 o caso das centrais a biomassa \u2013 cuja sustentabilidade tamb\u00e9m dever\u00e1 come\u00e7ar a melhorar ap\u00f3s a entrada em vigor da Lei do Clima (a lei prev\u00ea a interdi\u00e7\u00e3o do recurso a madeira de qualidade, biomassa de culturas energ\u00e9ticas e biomassa residual procedente de territ\u00f3rios long\u00ednquos para a produ\u00e7\u00e3o de energia a partir de biomassa).<\/p>\n

No setor dos transportes, \u00e9 necess\u00e1rio um caminho claro de descarboniza\u00e7\u00e3o<\/strong>. Os especialistas observam que faltam desincentivos para o uso do carro particular e pedem mais investimentos no transporte p\u00fablico. No entanto, reconhecem que existem incentivos financeiros para compradores e propriet\u00e1rios de carros el\u00e9tricos e bicicletas. Considera-se como positivo as fam\u00edlias receberem apoio para aumentar a efici\u00eancia energ\u00e9tica para edif\u00edcios, embora a acessibilidade e a quantidade de tais programas devam ser aumentadas.\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Apontam tamb\u00e9m para medidas fiscais verdes bem-sucedidas nas \u00e1reas de energias renov\u00e1veis e transportes, \u00e0s pol\u00edticas de efici\u00eancia energ\u00e9tica no setor da ind\u00fastria e \u00e0 nova legisla\u00e7\u00e3o no setor florestal.<\/p>\n

\u00c9 de real\u00e7ar que nos setores n\u00e3o energ\u00e9ticos, em particular a floresta e agricultura<\/strong> que ocupam no conjunto cerca de 80% do territ\u00f3rio nacional, e como tal t\u00eam inevit\u00e1veis impactos ao n\u00edvel das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas, h\u00e1 um desajustamento das medidas e pol\u00edticas p\u00fablicas<\/strong>, de modo a favorecer a redu\u00e7\u00e3o do consumo de energia e aumentar o sequestro de carbono, como por exemplo a falta de medidas de apoio ao investimento em folhosas aut\u00f3ctones, aposta no aumento significativo das \u00e1reas irrigadas e da produ\u00e7\u00e3o intensiva monocultural.<\/p>\n

A n\u00edvel da defesa de posi\u00e7\u00f5es em termos internacionais, Portugal tem uma pontua\u00e7\u00e3o muito elevada nas avalia\u00e7\u00f5es dos especialistas<\/strong>, o que coloca o pa\u00eds na linha da frente nas negocia\u00e7\u00f5es internacionais, gra\u00e7as nomeadamente ao seu pioneirismo em termos de compromisso para a neutralidade clim\u00e1tica at\u00e9 2050.<\/p>\n

Portugal, comparativamente com Espanha, est\u00e1 18 lugares \u00e0 frente, e seis lugares acima da Uni\u00e3o Europeia (como um todo).<\/p>\n

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Pa\u00edses em destaque no \u00edndice<\/strong><\/p>\n

Os pa\u00edses escandinavos alcan\u00e7aram os melhores resultados, principalmente gra\u00e7as aos seus excelentes esfor\u00e7os em energia renov\u00e1vel. A Noruega<\/strong> destaca-se como o \u00fanico pa\u00eds a receber uma classifica\u00e7\u00e3o \u201cmuito elevada\u201d nesta categoria. A Rep\u00fablica Isl\u00e2mica do Ir\u00e3o e a Federa\u00e7\u00e3o Russa s\u00e3o os pa\u00edses com pior desempenho em energia renov\u00e1vel, com uma classifica\u00e7\u00e3o \u201cmuito baixa\u201d. Reino Unido e Marrocos, 7.\u00ba e 8.\u00ba colocados na seria\u00e7\u00e3o geral, est\u00e3o entre os l\u00edderes em todas as categorias. O Reino Unido \u00e9 at\u00e9 l\u00edder na redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es de gases de efeito estufa. Por\u00e9m, o Reino Unido est\u00e1 apenas no meio do pacote com rela\u00e7\u00e3o \u00e0 energia renov\u00e1vel e carece de pol\u00edticas para atingir os seus pr\u00f3prios objetivos. Isso mostra que nenhum pa\u00eds pode descansar face aos resultados do \u00cdndice.<\/p>\n

Na classifica\u00e7\u00e3o geral, Austr\u00e1lia, Coreia do Sul e R\u00fassia<\/strong> est\u00e3o entre os piores desempenhos, juntamente\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 com Cazaquist\u00e3o e Ar\u00e1bia Saudita<\/strong>. \u00c9 de notar que a Austr\u00e1lia recebe classifica\u00e7\u00f5es \u201cmuito baixas\u201d em todas as categorias da CCPI e cai quatro lugares na classifica\u00e7\u00e3o geral. Holanda e Gr\u00e9cia s\u00e3o os que mais sobem, enquanto Let\u00f3nia, Cro\u00e1cia, Bielorr\u00fassia e Arg\u00e9lia ca\u00edram na maioria dos rankings da categoria. Dos pa\u00edses do G20, apenas o Reino Unido, \u00cdndia, Alemanha e Fran\u00e7a est\u00e3o entre os de elevado desempenho, enquanto seis pa\u00edses do G20 t\u00eam desempenho muito baixo. Hungria, Pol\u00f3nia, Rep\u00fablica Checa e Eslov\u00e9nia s\u00e3o os pa\u00edses da Uni\u00e3o Europeia com pior desempenho neste ano.<\/p>\n

Os mesmos pa\u00edses que est\u00e3o entre aqueles com pior desempenho clim\u00e1tico coincidem com os maiores exportadores de combust\u00edveis f\u00f3sseis <\/strong>globalmente e grandes utilizadores de combust\u00edveis f\u00f3sseis como os EUA, Ar\u00e1bia Saudita, R\u00fassia e Austr\u00e1lia. Esses pa\u00edses tamb\u00e9m pertencem ao grupo dos que t\u00eam o maior consumo de energia per capita e emiss\u00f5es de CO2 de combust\u00edveis f\u00f3sseis, bem como conquistas de energia renov\u00e1vel e efici\u00eancia energ\u00e9tica muito menores. Uma implementa\u00e7\u00e3o s\u00e9ria das Metas para 2030 em linha com uma estrat\u00e9gia de 1,5 \u00b0C quebraria a espinha dorsal do poder de suborno econ\u00f3mico e pol\u00edtico da ind\u00fastria de combust\u00edveis f\u00f3sseis. Somente com um progresso r\u00e1pido e real em dire\u00e7\u00e3o a profundas redu\u00e7\u00f5es de emiss\u00f5es nesta d\u00e9cada e a r\u00e1pida expans\u00e3o das energias renov\u00e1veis ser\u00e1 poss\u00edvel cumprir o objetivo de sobreviv\u00eancia de 1,5\u00b0C\u201d.<\/p>\n

Na categoria de Pol\u00edtica Clim\u00e1tica do CCPI<\/strong>, v\u00e1rios estados ambiciosos embarcaram decididamente em caminhos para a neutralidade clim\u00e1tica, incluindo os estados escandinavos, Marrocos, Holanda, Portugal e Fran\u00e7a<\/strong>. A Alemanha e a UE seguem com alguma dist\u00e2ncia nos n\u00edveis m\u00e9dios superiores. No entanto, cinco Estados da UE tamb\u00e9m recebem a classifica\u00e7\u00e3o de \u201cmuito baixos\u201d, a pior classifica\u00e7\u00e3o: Bulg\u00e1ria, Hungria, Pol\u00f3nia, Rom\u00e9nia e Rep\u00fablica Checa. Na parte inferior da tabela est\u00e3o: Austr\u00e1lia – com a pior pontua\u00e7\u00e3o poss\u00edvel de 0,0 – atr\u00e1s de Brasil e Arg\u00e9lia.<\/p>\n

O maior emissor de di\u00f3xido de carbono do mundo, a China<\/strong>, caiu quatro posi\u00e7\u00f5es para 37.\u00ba lugar com uma classifica\u00e7\u00e3o geral de \u201cbaixa\u201d. As \u00e1reas mais problem\u00e1ticas s\u00e3o as elevadas emiss\u00f5es e a baixa efici\u00eancia energ\u00e9tica. Em ambas as \u00e1reas, as metas para 2030 tamb\u00e9m est\u00e3o longe de ser um caminho compat\u00edvel com o Acordo de Paris. Em contraste, a tend\u00eancia da China em energia renov\u00e1vel \u00e9 muito boa. Para o segundo maior emissor, os Estados Unidos da Am\u00e9rica<\/strong>, o primeiro ano do governo Biden teve um impacto positivo. No CCPI do ano passado, os EUA estavam na \u00faltima posi\u00e7\u00e3o, mas este ano subiram seis lugares para o 55.\u00ba, embora permane\u00e7am \u201cmuito baixos\u201d na classifica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

A melhoria dos EUA no \u00edndice deve-se inteiramente \u00e0 sua muito melhor classifica\u00e7\u00e3o no que respeitas \u00e0s pol\u00edticas clim\u00e1ticas. \u00c9 necess\u00e1rio ver nos pr\u00f3ximos anos se as pol\u00edticas de Biden realmente dar\u00e3o frutos em energias renov\u00e1veis, efici\u00eancia energ\u00e9tica e, em \u00faltima inst\u00e2ncia, em emiss\u00f5es.<\/p>\n

A \u00cdndia<\/strong> mant\u00e9m o seu 10.\u00ba lugar no ranking e tem um elevado desempenho, exceto na categoria de energia renov\u00e1vel, onde \u00e9 classificada como \u201cm\u00e9dia\u201d. O pa\u00eds ainda beneficia das suas emiss\u00f5es per capita relativamente baixas. No entanto, na tend\u00eancia de m\u00e9dio prazo, esses valores tendem a aumentar e apenas a implementa\u00e7\u00e3o ambiciosa de fortes metas clim\u00e1ticas pode salv\u00e1-lo de uma queda na tabela. Os an\u00fancios do Primeiro-Ministro Modi sobre o aumento das metas para 2030 parecem promissores, mas ainda n\u00e3o foram inclu\u00eddos no ranking. As novas metas precisar\u00e3o agora de ser apoiadas por roteiros setoriais.<\/p>\n

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\"\"<\/p>\n

 <\/p>\n

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Sobre o \u00cdndice de Desempenho em Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas:<\/strong><\/p>\n

O \u00cdndice de Desempenho de Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas (Climate Change Performance Index<\/em>) \u00e9 da responsabilidade da organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o-governamental de ambiente alem\u00e3 Germanwatch e do NewClimate Institute, e \u00e9 publicado em conjunto com a Rede Internacional de A\u00e7\u00e3o Clim\u00e1tica (CAN International). O \u00edndice faz uma seria\u00e7\u00e3o de 60 pa\u00edses e da Uni\u00e3o Europeia, respons\u00e1veis coletivamente por cerca de 92% das emiss\u00f5es globais de gases de efeito de estufa (GEE). As quatro categorias avaliadas s\u00e3o: Emiss\u00f5es de gases com efeito de estufa (GEE) (40%), Energia Renov\u00e1vel (20%), Uso de Energia (20%) e Pol\u00edtica Clim\u00e1tica (20%). Este \u00faltimo \u00e9 baseado em avalia\u00e7\u00f5es de especialistas de organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o-governamentais e grupos de reflex\u00e3o dos respetivos pa\u00edses. Dentro das categorias Emiss\u00f5es, Energia Renov\u00e1vel e Uso de Energia, o CCPI tamb\u00e9m avalia que medidas est\u00e3o a ser
\ntomadas ou n\u00e3o para o objetivo global do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global bem abaixo de 2\u00b0C. Como o \u00cdndice 2022 analisa os dados de emiss\u00f5es at\u00e9 2019, o decl\u00ednio relacionado com a pandemia COVID-19 nas emiss\u00f5es globais ainda n\u00e3o foi contabilizado. No entanto, v\u00e1rios estudos (como o Relat\u00f3rio de Transpar\u00eancia Clim\u00e1tica) mostram um efeito de retoma onde as emiss\u00f5es nalguns pa\u00edses est\u00e3o a aumentar acima dos n\u00edveis pr\u00e9-pand\u00e9micos.<\/p>\n

O CCPI \u00e9 uma ferramenta importante para aumentar a transpar\u00eancia na pol\u00edtica clim\u00e1tica internacional e permite a compara\u00e7\u00e3o dos esfor\u00e7os de prote\u00e7\u00e3o do clima e do progresso feito por cada pa\u00eds. \u00c9 publicado anualmente desde 2005.<\/p>\n

O relat\u00f3rio do CCPI2022 est\u00e1 dispon\u00edvel em ingl\u00eas, atrav\u00e9s dos links:<\/p>\n

Vers\u00e3o completa: https:\/\/drive.google.com\/file\/d\/1Jlm-_pZuz8JhuYAT12WvJ8OXxoRE5Nh2\/view?usp=sharing<\/a><\/p>\n

Portugal: https:\/\/drive.google.com\/file\/d\/1IrSLHxVOH6j3FZ1v7dDMko9vvqw36t0D\/view?usp=sharing<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Os resultados mais recentes do \u00cdndice de Desempenho das Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas, o CCPI 2022, colocam os pa\u00edses escandinavos no topo do ranking. ANP|WWF, Quercus e ZERO avaliaram pol\u00edticas nacionais, e salientam necessidade de acabar com subs\u00eddios aos combust\u00edveis f\u00f3sseis, um elemento agora presente na Lei Portuguesa do Clima. \u00c9 hoje divulgado na COP26 em Glasgow […]<\/p>\n","protected":false},"author":5,"featured_media":16792,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"inline_featured_image":false,"footnotes":""},"categories":[114,401],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/16789"}],"collection":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/5"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=16789"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/16789\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":16793,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/16789\/revisions\/16793"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media\/16792"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=16789"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=16789"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=16789"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}