{"id":16403,"date":"2021-08-05T10:52:30","date_gmt":"2021-08-05T10:52:30","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=16403"},"modified":"2021-08-05T10:52:30","modified_gmt":"2021-08-05T10:52:30","slug":"lancamento-da-campanha-agroambientais-sem-glifosato-herbicidas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/08\/05\/lancamento-da-campanha-agroambientais-sem-glifosato-herbicidas\/","title":{"rendered":"Lan\u00e7amento da Campanha “AGROAMBIENTAIS SEM GLIFOSATO\/HERBICIDAS”"},"content":{"rendered":"

Por uma agricultura regenerativa, clim\u00e1tica, sem ogm e com mais carbono no solo<\/h2>\n
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Decorre hoje na Herdade do Espor\u00e3o, em Reguengos de Monsaraz, o lan\u00e7amento desta campanha no mesmo dia em que se assinala tamb\u00e9m o Dia Mundial das Leguminosas, pela sua import\u00e2ncia na mitiga\u00e7\u00e3o das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1tica e na cobertura dos solos.<\/h2>\n

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Os fundamentos e objetivos da campanha<\/strong><\/p>\n

A excessiva utiliza\u00e7\u00e3o de herbicidas, em particular do glifosato, \u00e9 uma das m\u00e1s pr\u00e1ticas agr\u00edcolas que se instalou no pa\u00eds, o que reduz o contributo das ervas na fixa\u00e7\u00e3o de carbono no solo e para evitar a sua eros\u00e3o, ao mesmo tempo que polui o solo, a \u00e1gua, os alimentos, as pessoas… e deixaram de se fazer as antigas mas muito necess\u00e1rias pr\u00e1ticas de aduba\u00e7\u00e3o verde ou enrelvamento (cover crops), mesmo nas culturas permanentes arb\u00f3reas onde \u00e9 mais f\u00e1cil de o fazer.<\/p>\n

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Em Portugal temos ainda a agravante de que a aplica\u00e7\u00e3o de herbicidas em geral e de glifosato em particular, terem subs\u00eddios agroambientais, ainda que indiretamente pelas medidas da “produ\u00e7\u00e3o integrada” ou da “sementeira direta”, em clara contradi\u00e7\u00e3o com os objetivos ambientais destas medidas!<\/p>\n

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Existem solu\u00e7\u00f5es eficazes para os problemas atuais. Basta aplic\u00e1-las em larga escala para evitar e\/ou superar os erros j\u00e1 cometidos.Veja-se o caso das emiss\u00f5es de gases com efeito de estufa (GEE) respons\u00e1veis pelas altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas. Fala-se da urg\u00eancia de reduzir, a todo o custo, as emiss\u00f5es para travar este flagelo mas ningu\u00e9m fala da possibilidade de o reverter atrav\u00e9s da agricultura.<\/p>\n

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Estamos finalmente perante um discurso pol\u00edtico, a n\u00edvel europeu e nacional, que coloca a preserva\u00e7\u00e3o do ambiente no topo das prioridades. Mas as palavras s\u00f3 por si s\u00e3o insuficientes. Se queremos concretizar as mudan\u00e7as preconizadas \u00e9 necess\u00e1rio que a palavra e a a\u00e7\u00e3o estejam em sincronia, fechando o hiato que as tem separado e gerado o desconcerto do mundo. \u00c9 esse o apelo e o contributo da Plataforma Transg\u00e9nicos Fora (PTF) atrav\u00e9s desta campanha.<\/p>\n

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Em Portugal, tal como na Europa, os solos agr\u00edcolas s\u00e3o cada vez mais pobres em mat\u00e9ria org\u00e2nica, n\u00e3o conseguem sequestrar o carbono (retirada de CO2 da atmosfera e armazenamento nas plantas e no solo)e, por isso,h\u00e1 um balan\u00e7o negativo entre as emiss\u00f5es de GEE e a fixa\u00e7\u00e3o de carbono. A perda de carbono ocorre tamb\u00e9m quando h\u00e1 eros\u00e3o do solo, problema grave entre n\u00f3s, com mais de 30% dos solos de Portugal continental degradados e mais de 60% em risco de desertifica\u00e7\u00e3o. E o excesso de lavouras (mobiliza\u00e7\u00e3o) tamb\u00e9m n\u00e3o ajuda, seja pela maior mineraliza\u00e7\u00e3o do carbono org\u00e2nico do solo, seja pelo aumento do risco de eros\u00e3o. As queimas e as queimadas tamb\u00e9m transformam carbono org\u00e2nico em CO2 e por isso devem ser substitu\u00eddas pelo destro\u00e7amento das ramagens deixando-as no solo (mulching), ou pelo pastoreio.<\/p>\n

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Ora estes s\u00e3o problemas com solu\u00e7\u00f5es conhecidas.Sabe-se que o aumento de 1% de mat\u00e9ria org\u00e2nica (h\u00famus) no solo equivale a cerca de 30 toneladas de carbono sequestrado o que, com boas pr\u00e1ticas agr\u00edcolas, pode ser conseguido em 10 anos.No caso de abarcar toda a superf\u00edcie agr\u00edcola utilizada nacional (cerca de 3.5 milh\u00f5es de hectares) \u00e9 poss\u00edvel fixar cerca de 105 milh\u00f5es de toneladas de carbono.<\/p>\n

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Para al\u00e9m da aplica\u00e7\u00e3o de herbicidas ser exclu\u00edda dos subs\u00eddios pelas medidas agroambientais, a campanha tem como objetivos alargar o leque destas medidas para a redu\u00e7\u00e3o de outros pesticidas, e promover a biodiversidade, envolvendo toda a sociedade portuguesa uma vez que a agricultura \u00e9 uma atividade basilar que toca a todos.<\/p>\n

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Plataforma divulga guia de boas pr\u00e1ticas<\/strong><\/p>\n

Nesta fase em que se prepara o Novo Quadro Comunit\u00e1rio de Apoio (2021-2028) a Plataforma Transg\u00e9nicos Fora exp\u00f5e esta contradi\u00e7\u00e3o propondo um conjunto de medidas para evitar a sua repeti\u00e7\u00e3o (em anexo) e divulga o “Guia de boas pr\u00e1ticasagr\u00edcolas para reduzir emiss\u00f5es, fixar carbono, e eliminar aaplica\u00e7\u00e3o de herbicidas<\/a>” da autoria de Eng.\u00ba Agr\u00f3nomo Jorge Ferreira.<\/p>\n

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Espor\u00e3o \u2013 um exemplo em Portugal<\/strong><\/p>\n

A empresa Espor\u00e3o tem um percurso na mudan\u00e7a de pr\u00e1ticas agr\u00edcolas que constitui um exemplo a assinalar no nosso pa\u00eds. Com cerca de 702 ha de vinha, olival, pomar e horta abandonou o uso de glifosato e de qualquer tipo de herbicidas por volta de 2010. Iniciou nessa altura a convers\u00e3o para a agricultura biol\u00f3gica tendo obtido a certifica\u00e7\u00e3o do azeite e do vinho, ambos j\u00e1 no mercado nacional e internacional.\u00a0https:\/\/www.esporao.com\/pt-pt<\/a><\/p>\n

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Plataforma Transg\u00e9nicos Fora<\/p>\n

www.stopogm.net<\/a><\/p>\n

2020\/02\/10<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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