{"id":16302,"date":"2021-07-19T06:38:40","date_gmt":"2021-07-19T06:38:40","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=16302"},"modified":"2021-07-19T06:39:27","modified_gmt":"2021-07-19T06:39:27","slug":"veiculos-a-gas-natural-sao-forma-dispendiosa-e-ineficaz-de-cortar-emissoes-nos-transportes","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/07\/19\/veiculos-a-gas-natural-sao-forma-dispendiosa-e-ineficaz-de-cortar-emissoes-nos-transportes\/","title":{"rendered":"Ve\u00edculos a g\u00e1s natural s\u00e3o forma dispendiosa e ineficaz de cortar emiss\u00f5es nos transportes"},"content":{"rendered":"

\u201cVe\u00edculos a G\u00e1s Natural – A Estrada para Lado Nenhum\u201d \u00e9 o t\u00edtulo do novo estudo realizado para a Federa\u00e7\u00e3o Europeia de Transportes e Ambiente (T&E), da qual a Quercus faz parte, segundo o qual o aumento do uso de g\u00e1s natural em autom\u00f3veis e cami\u00f5es ser\u00e1, em grande parte, ineficaz na redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es e gases com efeito estufa (GEE).<\/strong><\/p>\n

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\"fuel<\/p>\n

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Segundo o documento, n\u00e3o existem praticamente ganhos ao n\u00edvel da redu\u00e7\u00e3o de GEE na utiliza\u00e7\u00e3o de G\u00e1s Natural Comprimido e Liquefeito (GNL) em autom\u00f3veis e cami\u00f5es, em compara\u00e7\u00e3o com o gas\u00f3leo.<\/p>\n

Por outro lado, a transi\u00e7\u00e3o para ve\u00edculos h\u00edbridos, el\u00e9tricos e a hidrog\u00e9nio traz benef\u00edcios clim\u00e1ticos muito mais relevantes<\/strong>.<\/p>\n

Segundo os autores do estudo, os ve\u00edculos movidos a GNL n\u00e3o acrescentam nenhum benef\u00edcio de redu\u00e7\u00e3o da polui\u00e7\u00e3o em compara\u00e7\u00e3o com os ve\u00edculos a gasolina.<\/p>\n

Enquanto os carros a GNL emitem menos \u00f3xidos de azoto (NOx) do que os motores a gas\u00f3leo, a introdu\u00e7\u00e3o de testes em condi\u00e7\u00f5es de condu\u00e7\u00e3o reais e limites de emiss\u00f5es mais apertados, ir\u00e1 reduzir rapidamente a vantagem do g\u00e1s natural em ve\u00edculos.<\/p>\n

Os resultados deste estudo s\u00e3o conhecidos ao mesmo tempo que a Comiss\u00e3o Europeia (CE) prepara uma proposta sobre metas de redu\u00e7\u00e3o de GEE para os setores n\u00e3o abrangidos pelo Com\u00e9rcio Europeu de Licen\u00e7as de Emiss\u00f5es (CELE) e uma comunica\u00e7\u00e3o sobre a descarboniza\u00e7\u00e3o do setor dos transportes.<\/p>\n

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G\u00e1s natural n\u00e3o \u00e9 combust\u00edvel de transi\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n

O g\u00e1s natural n\u00e3o \u00e9 um combust\u00edvel de transi\u00e7\u00e3o, mas sim um impasse no processo de descarboniza\u00e7\u00e3o dos transportes. A Europa corre o risco de repetir erros j\u00e1 cometidos anteriormente com a promo\u00e7\u00e3o do gas\u00f3leo e dos biocombust\u00edveis, que provaram ser op\u00e7\u00f5es dispendiosas e prejudiciais.<\/p>\n

O estudo tamb\u00e9m constata que haver\u00e1 sempre um aumento de emiss\u00f5es com a utiliza\u00e7\u00e3o de g\u00e1s natural em cami\u00f5es e autocarros. Isto porque a redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es conseguida durante a utiliza\u00e7\u00e3o \u00e9 anulada pelo aumento de emiss\u00f5es de metano durante a extra\u00e7\u00e3o, produ\u00e7\u00e3o e transporte de g\u00e1s.<\/p>\n

Por outro lado, os cami\u00f5es a g\u00e1s apresentam apenas impactos m\u00ednimos em termos de polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica comparando com os que est\u00e3o neste momento no mercado ao abrigo das novas normas Euro-VI.<\/p>\n

Apesar de ter poucos benef\u00edcios ambientais, o g\u00e1s natural tem atualmente os \u00a0mais baixos impostos sobre combust\u00edveis e os governos europeus\u00a0 consideram a possibilidade de um investimento p\u00fablico numa nova infraestrutura. O T&E e as associa\u00e7\u00f5es de ambiente de toda a Europa consideram que\u00a0n\u00e3o h\u00e1 nenhuma justifica\u00e7\u00e3o para que um combust\u00edvel f\u00f3ssil beneficie de isen\u00e7\u00f5es fiscais<\/strong>.<\/p>\n

Este tema ganha ainda mais relev\u00e2ncia e atualidade na sequ\u00eancia de uma candidatura conjunta apresentada no \u00faltimo trimestre de 2015, por empresas portuguesas e europeias do setor junto da Comiss\u00e3o Europeia e do Banco Europeu de Investimento para aumentar o n\u00famero de postos de abastecimento de g\u00e1s natural atualmente existentes em Portugal e Espanha.<\/p>\n

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\"natural<\/p>\n

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\u00c9 necess\u00e1rio combater as emiss\u00f5es de (CO2<\/sub>) dos cami\u00f5es e, no cumprimento desse objetivo, o g\u00e1s natural n\u00e3o \u00e9 uma resposta eficaz<\/strong>. Os cami\u00f5es a g\u00e1s n\u00e3o trazem ganhos na melhoria da qualidade do ar e relevam-se mais nocivos para o clima.<\/p>\n

Nesse sentido,\u00a0os governos devem parar de desperdi\u00e7ar o dinheiro dos contribuintes ao convencerem as transportadoras a investir numa tecnologia que n\u00e3o vai a lugar nenhum.<\/strong><\/p>\n

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Lisboa, 11 de Mar\u00e7o de 2016<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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