Tamb\u00e9m no Tejo Internacional a actividade humana condicionou em grande parte o coberto vegetal actualmente existente, bem como a sua distribui\u00e7\u00e3o espacial.<\/p>\n
A utiliza\u00e7\u00e3o de terrenos relativamente dobrado com pendentes acentuadas, e consequentemente com pouca aptid\u00e3o agr\u00edcola, aliada \u00e0 destrui\u00e7\u00e3o das comunidades flor\u00edsticas aut\u00f3ctones durante a campanha do trigo, contribuiu decisivamente para o empobrecimento do solo e do patrim\u00f3nio vegetal. Na d\u00e9cada de 60, com o decl\u00ednio da cultura do trigo, iniciou-se o processo natural de recupera\u00e7\u00e3o da vegeta\u00e7\u00e3o e dos solos esquel\u00e9ticos, apesar do sobrepastoreio que se seguiu e que se tem verificado at\u00e9 aos nossos dias.<\/p>\n
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Com a conclus\u00e3o da barragem de Monte Fidalgo\/Cedillo em 1974 toda a vegeta\u00e7\u00e3o rip\u00edcola situada abaixo do n\u00edvel de pleno armazenamento da albufeira foi destru\u00edda. No entanto, passadas tr\u00eas d\u00e9cadas verifica-se j\u00e1 o progressivo, mas incipiente, estabelecimento da vegeta\u00e7\u00e3o rip\u00edcola nas margens do rio Tejo e tro\u00e7os terminais dos rios Erges, Ponsul e Aravil.<\/p>\n
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Na d\u00e9cada de 80 as desmesuradas planta\u00e7\u00f5es de eucalipto efectuadas na regi\u00e3o, com as inadequadas prepara\u00e7\u00f5es do terreno ent\u00e3o utilizadas, comprometeram grandemente a reabilita\u00e7\u00e3o dos solos e da vegeta\u00e7\u00e3o em extensas \u00e1reas. Al\u00e9m do arranque de in\u00fameras \u00e1rvores (azinheiras) protegidas por uma Lei, ent\u00e3o, obsoleta, n\u00e3o se tiveram em considera\u00e7\u00e3o as caracter\u00edsticas da regi\u00e3o que s\u00e3o de todo adversas \u00e0 cultura do eucalipto.<\/p>\n
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Outro flagelo tem sido a pr\u00e1tica sistem\u00e1tica de controlo de predadores que constitui um subterf\u00fagio legal para se proceder \u00e0 elimina\u00e7\u00e3o, de todos os animais que supostamente interferem na expans\u00e3o das popula\u00e7\u00f5es das diversas esp\u00e9cies cineg\u00e9ticas. A deficiente fiscaliza\u00e7\u00e3o, o uso ilegal de venenos (pesticidas, estricnina, etc.), ou outros m\u00e9todos il\u00edcitos, aliados \u00e0 aus\u00eancia de rigor t\u00e9cnico-cient\u00edfico que suporte a decis\u00e3o sobre o n\u00famero de efectivos a abater em cada esp\u00e9cie, s\u00e3o por si s\u00f3 motivos de grande preocupa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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Outras perturba\u00e7\u00f5es, intencionais ou n\u00e3o, resultam da permissividade \u00e0 abertura indiscriminada de caminhos e \u00e0 constru\u00e7\u00e3o de habita\u00e7\u00f5es dispersas ou ainda da navega\u00e7\u00e3o fluvial na \u00e9poca de nidifica\u00e7\u00e3o em tro\u00e7os do rio Tejo sens\u00edveis sob o ponto de vista de conserva\u00e7\u00e3o da avifauna rara ou amea\u00e7ada que a\u00ed se reproduz.<\/p>\n
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A polui\u00e7\u00e3o no Tejo resulta tamb\u00e9m na eutrofiza\u00e7\u00e3o das \u00e1guas do rio com baixa oxigena\u00e7\u00e3o da \u00e1gua da albufeira de Monte Fidalgo\/Cedillo, fen\u00f3meno que ocorre no Ver\u00e3o, como consequ\u00eancia das fontes de polui\u00e7\u00e3o org\u00e2nica a montante (esgotos dom\u00e9sticos, fertilizantes, etc..), e das elevadas temperaturas que se fazem sentir nessa \u00e9poca do ano.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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