No \u00e2mbito do estudo elaborado pelo grupo de trabalho indigitado para reestruturar a oferta de servi\u00e7os das redes metropolitanas de transportes p\u00fablicos de passageiros do Porto e de Lisboa, t\u00eam sido anunciadas medidas como supress\u00f5es e altera\u00e7\u00f5es de carreiras de autocarros da CARRIS, em Lisboa. Um dos mais recentes exemplos, e que j\u00e1 est\u00e1 a causar consterna\u00e7\u00e3o entre moradores e utentes, diz respeito \u00e0 anunciada altera\u00e7\u00e3o na circula\u00e7\u00e3o do autocarro 70, que efetua o trajeto Serafina – Espa\u00e7o Monsanto, a partir do pr\u00f3ximo dia 3 de mar\u00e7o, e que deixar\u00e1 de circular para o Bairro do Calhau\/Parque do Calhau, Parque da Serafina e Espa\u00e7o Monsanto.<\/p>\n
Tal como a Quercus j\u00e1 tinha alertado em comunicado em outubro de 2011, estas reestrutura\u00e7\u00f5es t\u00eam impactes negativos na qualidade de vida das pessoas e para o ambiente.<\/p>\n
O Parque Florestal de Monsanto, onde est\u00e1 integrada esta popula\u00e7\u00e3o e os espa\u00e7os indicados, constitui a maior mancha verde da cidade de Lisboa, uma \u00e1rea com caracter\u00edsticas \u00fanicas, de grande valor ambiental, devido \u00e0 sua dimens\u00e3o e diversidade de esp\u00e9cies existentes.<\/p>\n
De forma a melhor servir a popula\u00e7\u00e3o da cidade, \u00e9 essencial a manuten\u00e7\u00e3o de uma adequada oferta de transportes p\u00fablicos para estes locais, que assegure a sua frui\u00e7\u00e3o, pelos visitantes, moradores, mas tamb\u00e9m quem se desloca de e para o trabalho, quer dentro do Parque de Monsanto, quer fora dele. Esta \u00e9 tamb\u00e9m uma forma de evitar o recurso, cada vez maior, \u00e0 utiliza\u00e7\u00e3o de transporte individual, com os custos negativos associados, ao n\u00edvel econ\u00f3mico, social e ambiental, sobretudo nesta zona sens\u00edvel da cidade.<\/p>\n
A \u00fanica alternativa apontada pela CARRIS \u00e9 uma ponte pedonal que atravessa a Radial de Benfica e a linha de comboios entre as Esta\u00e7\u00f5es Ferrovi\u00e1rias de Benfica e Sete Rios, onde se t\u00eam registado problemas de inseguran\u00e7a. Por outro lado, esta alternativa constituiu um obst\u00e1culo sobretudo para a popula\u00e7\u00e3o idosa do Bairro do Calhau, que ficar\u00e1 assim sem uma alternativa eficaz de mobilidade. Nesse sentido, foi realizada ontem uma a\u00e7\u00e3o pac\u00edfica de protesto pelos respetivos moradores.<\/p>\n
A Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza, o CAAL \u2013 Clube de Actividades de Ar Livre e a ASPEA \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Portuguesa de Educa\u00e7\u00e3o Ambiental solidarizam-se com as preocupa\u00e7\u00f5es apresentadas pela popula\u00e7\u00e3o, pretendendo efetuar uma exposi\u00e7\u00e3o \u00e0 CARRIS e \u00e0 C\u00e2mara Municipal de Lisboa sobre a reestrutura\u00e7\u00e3o nas carreiras e implica\u00e7\u00f5es na mobilidade. Al\u00e9m desta reestrutura\u00e7\u00e3o particular, existem tamb\u00e9m outras altera\u00e7\u00f5es e supress\u00f5es tamb\u00e9m j\u00e1 anunciadas pela CARRIS para o in\u00edcio do presente m\u00eas, que ter\u00e3o impactes igualmente gravosos na mobilidade da popula\u00e7\u00e3o da cidade.<\/p>\n
Lisboa, 2 de Mar\u00e7o de 2012<\/p>\n
A Quercus – Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza
\nO CAAL \u2013 Clube de Actividades de Ar Livre
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