{"id":14169,"date":"2021-03-08T15:51:20","date_gmt":"2021-03-08T15:51:20","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=14169"},"modified":"2021-03-08T15:51:20","modified_gmt":"2021-03-08T15:51:20","slug":"o-silencio-da-incompetencia","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/08\/o-silencio-da-incompetencia\/","title":{"rendered":"O sil\u00eancio da incompet\u00eancia"},"content":{"rendered":"

Foi h\u00e1 mais de um ano que pela primeira vez, e de forma p\u00fablica, cham\u00e1mos a aten\u00e7\u00e3o para as obras que estavam a degradar as margens do Rio Vouga, na zona do Baixo Vouga. Eram trabalhos de beneficia\u00e7\u00e3o autorizados e implementados por organismos dependentes do Minist\u00e9rio do Ambiente, e mesmo assim os resultados estavam longe de respeitar as quest\u00f5es ambientais b\u00e1sicas. Passou um Inverno e houve problemas de eros\u00e3o, visivelmente agravados pelas obras ali efectuadas, os quais tiveram impactes nos campos agr\u00edcolas adjacentes arruinando o solo ar\u00e1vel e, por conseguinte as sementeiras desse ano.<\/p>\n

No Ver\u00e3o endere\u00e7ou o N\u00facleo de Aveiro da Quercus um of\u00edcio ao Minist\u00e9rio do Ambiente, com quest\u00f5es concretas sobre a situa\u00e7\u00e3o das margens do Vouga. Meses depois, com uma nova remodela\u00e7\u00e3o ministerial pelo meio, tent\u00e1mos saber por via telef\u00f3nica se o of\u00edcio tinha chegado e porque n\u00e3o tinha resposta. Confirmaram a recep\u00e7\u00e3o e garantiram que a t\u00e9cnica que estava com esse of\u00edcio n\u00e3o demoraria a responder. Esper\u00e1mos. Em v\u00e3o…<\/p>\n

O que quer\u00edamos saber era se o Minist\u00e9rio do Ambiente tinha efectuado, ou iria efectuar, um estudo e um apuramento de responsabilidades, caso confirmassem que os trabalhos realizados, tal como prev\u00edramos, tinham danificado a protec\u00e7\u00e3o natural das margens. Com efeito, as m\u00e1quinas que andaram nas margens do Vouga destru\u00edram muita da vegeta\u00e7\u00e3o natural, derrubando galerias rip\u00edcolas e afectando a protec\u00e7\u00e3o do solo que ladeia o Rio Vouga.<\/p>\n

Uma aus\u00eancia de resposta por parte do Minist\u00e9rio do Ambiente n\u00e3o nos admira. \u00c9 o espelho da sua in\u00e9rcia, \u00e9 a conjuga\u00e7\u00e3o perfeita com a falta de capacidade de uma estrutura que cada vez mais ignora a regi\u00e3o e os seus valores naturais. O Baixo Vouga Lagunar \u00e9 uma zona classificada, de import\u00e2ncia comunit\u00e1ria, que merecia mais interven\u00e7\u00e3o do Minist\u00e9rio do Ambiente de forma a salvaguardar os servi\u00e7os ambientais deste ecossistema e o patrim\u00f3nio que \u00e9 de todos.<\/p>\n

Ao n\u00e3o dar resposta a um of\u00edcio do N\u00facleo de Aveiro da Quercus, com uma quest\u00e3o sobre uma zona t\u00e3o importante, o Minist\u00e9rio do Ambiente deixa uma imagem de incompet\u00eancia governativa. Em conclus\u00e3o, e porque a situa\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 nova, nem t\u00e3o pouco \u00e9 in\u00e9dita, emitimos esta nota de imprensa, de modo a que seja do conhecimento p\u00fablico que a associa\u00e7\u00e3o Quercus, com os seus volunt\u00e1rios, continua atenta na defesa dos valores ambientais. E n\u00e3o condescendemos com institui\u00e7\u00f5es p\u00fablicas pois exigimos, que os servi\u00e7os p\u00fablicos fa\u00e7am o seu melhor na defesa do patrim\u00f3nio natural, na defesa da sa\u00fade p\u00fablica e na defesa de um desenvolvimento sustent\u00e1vel.<\/p>\n

A Direc\u00e7\u00e3o da Quercus-Aveiro<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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