{"id":13601,"date":"2021-03-05T16:34:51","date_gmt":"2021-03-05T16:34:51","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=13601"},"modified":"2021-03-05T16:34:51","modified_gmt":"2021-03-05T16:34:51","slug":"alteracoes-climaticas-quercus-quer-plano-em-vigor-ja","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/05\/alteracoes-climaticas-quercus-quer-plano-em-vigor-ja\/","title":{"rendered":"ALTERA\u00c7\u00d5ES CLIM\u00c1TICAS: Quercus quer Plano em vigor, J\u00c1"},"content":{"rendered":"

A Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza afirmou hoje que os dados referentes a Portugal mostram uma situa\u00e7\u00e3o cada vez mais dram\u00e1tica no cumprimento do Protocolo de Quioto.<\/b><\/p>\n

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Dados divulgados esta semana no site do Instituto do Ambiente e que foram avaliados pela Quercus revelam que:<\/p>\n

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– Entre 2001 e 2002, Portugal aumentou as suas emiss\u00f5es de gases de estufa em 5,7%;<\/p>\n

– Portugal em 2002 est\u00e1 40,5% acima dos valores base de 1990;<\/p>\n

– Portugal em 2002 est\u00e1 13,5% acima da meta de Quioto;<\/p>\n

– Entre 2001 e 2002, Portugal registou o quarto maior aumento interanual entre 1990 e 2002;<\/p>\n

– Apesar de um aumento de emiss\u00f5es de 5,7% entre 2001 e 2002, o Produto Interno Bruto em 2002 apenas aumentou 0,4% entre os dois anos;<\/p>\n

– Assumindo tend\u00eancia desde 1990, Portugal poder\u00e1 ter em 2010 um aumento de 66% em rela\u00e7\u00e3o a 1990, 39% acima das obriga\u00e7\u00f5es de Quioto – custos para o pa\u00eds poder\u00e3o atingir 273 milh\u00f5es de euros\/ano (pre\u00e7o por tonelada de di\u00f3xido de carbono estimado em 12 euros).<\/p>\n

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Quercus quer aprova\u00e7\u00e3o imediata do Plano Nacional para as Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas<\/b><\/p>\n

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A Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional para a Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza defende a aprova\u00e7\u00e3o em Conselho de Ministros nos pr\u00f3ximos quinze dias do Plano Nacional para as Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas, cuja primeira vers\u00e3o \u00e9 de Dezembro de 2001.<\/p>\n

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A Quercus exige que o Plano assuma todas as medidas, mesmo as politicamente mais dif\u00edceis mas previstas, aliadas \u00e0 necessidade de se proceder o mais rapidamente poss\u00edvel \u00e0 implementa\u00e7\u00e3o de um quadro de monitoriza\u00e7\u00e3o, transparente e participado. A Quercus considera ali\u00e1s que muitas medidas t\u00eam de entrar em vigor imediatamente.<\/p>\n

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Um dos aspectos importantes \u00e9 tamb\u00e9m a entrada em funcionamento do Observat\u00f3rio para as Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas, aprovado pela Assembleia da Rep\u00fablica em 2001. Por\u00e9m, n\u00e3o temos quaisquer d\u00favidas que ser\u00e3o necess\u00e1rias medidas suplementares ou de emerg\u00eancia face aos cen\u00e1rios de evolu\u00e7\u00e3o e de implementa\u00e7\u00e3o de medidas equacionadas, defendendo a Quercus que tal dever\u00e1 ter lugar em 2006 e n\u00e3o em 2008 como previsto na \u00faltima vers\u00e3o no Plano Nacional para as Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas.<\/p>\n

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Depois da oferta de crescimento de emiss\u00f5es feita recentemente atrav\u00e9s do limite excessivo que foi atribu\u00eddo \u00e0 ind\u00fastria no \u00e2mbito do com\u00e9rcio de emiss\u00f5es e com uma evolu\u00e7\u00e3o real entre 2001 e 2002 bastante elevada e acima do cen\u00e1rio definido pelo Plano Nacional para as Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas, as d\u00favidas sobre o cumprimento das metas do Protocolo de Quioto s\u00e3o cada vez maiores.<\/p>\n

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O esfor\u00e7o de redu\u00e7\u00e3o ser\u00e1 sempre herc\u00faleo, e tanto maior por cada dia que passa, dado que as emiss\u00f5es n\u00e3o param de aumentar.<\/p>\n

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Portugal refaz contas das emiss\u00f5es de gases de efeito de estufa de 1990 at\u00e9 2002 \u2013 floresta e mudan\u00e7as de uso do solo afinal representavam cerca de 10% da produ\u00e7\u00e3o de gases de efeito de estufa em 1990<\/b><\/p>\n

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Um dos aspectos mais importantes do invent\u00e1rio de emiss\u00f5es de Portugal recentemente enviado para as entidades internacionais \u00e9 o facto de toda a contabilidade das emiss\u00f5es ter sido revista. Assim, de acordo com os novos dados, Portugal em 1990 afinal emitiu menos 6,6 Megatoneladas em compara\u00e7\u00e3o com o anteriormente reportado.<\/p>\n

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O facto mais interessante, apesar de n\u00e3o ser entrar directamente nas contas relativas ao cumprimento do Protocolo de Quioto, \u00e9 que a floresta e as mudan\u00e7as de uso do solo em 1990 n\u00e3o actuaram como sumidouro (retirada de carbono da atmosfera) como estava considerado nos dados anteriores, mas sim como fonte de di\u00f3xido de carbono, representando cerca de 10% do total de emiss\u00f5es.<\/p>\n

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Esta tend\u00eancia tem vindo a ser invertida, mas os inc\u00eandios de 2003 n\u00e3o deixar\u00e3o de voltar a ter um importante peso negativo no invent\u00e1rio relativo ao passado ano.<\/p>\n

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A Direc\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n

Lisboa, 29 de Maio de 2004<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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