{"id":13585,"date":"2021-03-05T16:31:56","date_gmt":"2021-03-05T16:31:56","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=13585"},"modified":"2021-03-05T16:31:56","modified_gmt":"2021-03-05T16:31:56","slug":"iep-promove-abate-indiscriminado-de-arvores","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/05\/iep-promove-abate-indiscriminado-de-arvores\/","title":{"rendered":"IEP Promove Abate Indiscriminado de \u00c1rvores"},"content":{"rendered":"

Depois de no \u00faltimo Ver\u00e3o o pa\u00eds ter perdido dezenas de hectares de floresta devido aos fortes inc\u00eandios ocorridos no pa\u00eds, o Instituto de Estradas de Portugal (IEP) est\u00e1 a promover a marca\u00e7\u00e3o e o abate de centenas de \u00e1rvores existentes nas bermas de diversas estradas nacionais do centro do pa\u00eds, denunciam hoje a QUERCUS e a Sociedade Portuguesa de Arboricultura.<\/b><\/p>\n

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Para al\u00e9m da QUERCUS e da Sociedade Portuguesa de Arboricultura terem vindo a constatar no terreno esta situa\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m temos recebido v\u00e1rias queixas de cidad\u00e3os, questionando sobre qual a necessidade de abater o arvoredo indiscriminadamente.<\/p>\n

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Instituto das Estradas de Portugal Promove Abate Indiscriminado de \u00c1rvores na Margem das Estradas<\/b><\/p>\n

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Segundo apur\u00e1mos, pelo menos as Direc\u00e7\u00f5es de Estradas de Santar\u00e9m e de Portalegre do IEP, est\u00e3o a promover concursos p\u00fablicos para o abate de \u00e1rvores na margem das estradas nacionais, com argumentos pouco fundamentados de as \u00e1rvores estarem decr\u00e9pitas, doentes ou que possam representar um perigo potencial para a seguran\u00e7a rodovi\u00e1ria.<\/p>\n

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S\u00f3 no Distrito de Santar\u00e9m, existem centenas de \u00e1rvores marcadas para abate, desde carvalhos, freixos, pl\u00e1tanos, choupos, eucaliptos, olaias, amoreiras, ulmeiros, ciprestes, incluindo azinheiras e sobreiros protegidos legalmente, nomeadamente na EN 110 (Tomar), EN 113 (Our\u00e9m), EN 243 e EN 365 (Goleg\u00e3) e EN 349 (Torres Novas), para al\u00e9m de outras estradas n\u00e3o vistoriadas.<\/p>\n

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Concordamos com o abate pontual das \u00e1rvores que amea\u00e7am a seguran\u00e7a rodovi\u00e1ria, no entanto, constat\u00e1mos, em vistorias a diversos locais, que muitas das \u00e1rvores n\u00e3o apresentam problemas fitossanit\u00e1rios que justifiquem uma interven\u00e7\u00e3o de abate, algumas apenas carecem da limpeza de ramos secos, desramas, podas de forma\u00e7\u00e3o ou outras ac\u00e7\u00f5es localizadas efectuadas por t\u00e9cnicos especializados.<\/p>\n

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Direc\u00e7\u00e3o de Estradas de Portalegre do IEP, est\u00e1 a abater centenas de \u00e1rvores na Estrada Nacional 2 em Ponte de S\u00f4r<\/b><\/p>\n

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Actualmente na Estrada Nacional 2, no concelho de Ponte de S\u00f4r, entre a localidade de Doming\u00e3o e Montargil, a Direc\u00e7\u00e3o de Estradas de Portalegre do IEP entregou a empreitada a uma empresa de explora\u00e7\u00e3o florestal, a qual se encontra a cortar centenas de \u00e1rvores existentes na margem da estrada, nomeadamente pinheiros-bravos, pinheiros-de-alepo, eucaliptos ornamentais, para al\u00e9m de outras esp\u00e9cies.<\/p>\n

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O arvoredo que margina esta estrada, junto da albufeira da barragem de Montargil, representa um elemento c\u00e9nico fundamental para a valoriza\u00e7\u00e3o da paisagem numa \u00e1rea de interesse tur\u00edstico, para al\u00e9m das in\u00fameros benef\u00edcios que lhe s\u00e3o sobejamente reconhecidos pela sociedade.<\/p>\n

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O corte raso de todos os pinheiros-bravos numa faixa com cerca de 5 metros para al\u00e9m da faixa de rodagem \u00e9 completamente incoerente com o bom estado fitossanit\u00e1rio das \u00e1rvores, o qual, na maioria dos casos, n\u00e3o representa qualquer risco acrescido para a seguran\u00e7a rodovi\u00e1ria.<\/p>\n

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A QUERCUS e a Sociedade Portuguesa de Arboricultura consideram esta ac\u00e7\u00e3o promovida pelo IEP desprovida de fundamenta\u00e7\u00e3o t\u00e9cnica, parecendo existirem interesses com a explora\u00e7\u00e3o das madeiras e lenhas.<\/p>\n

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Neste sentido, e como se trata de patrim\u00f3nio natural colectivo, o qual est\u00e1 a ser abatido sem fundamento pela entidade respons\u00e1vel pela gest\u00e3o, o Instituto das Estradas de Portugal, a QUERCUS e Sociedade Portuguesa de Arboricultura espera que o abate das \u00e1rvores cesse imediatamente e que seja revisto o concurso p\u00fablico, devendo este ser baseado num relat\u00f3rio de diagn\u00f3stico fitossanit\u00e1rio do arvoredo, efectuado por uma entidade independente.<\/p>\n

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Dada a gravidade destas ac\u00e7\u00f5es sugerimos a necessidade urgente da cria\u00e7\u00e3o de regulamenta\u00e7\u00e3o legal para as ac\u00e7\u00f5es de abate das \u00e1rvores p\u00fablicas, patrim\u00f3nio colectivo que n\u00e3o pode ser destru\u00eddo apenas por decis\u00e3o do IEP.<\/p>\n

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Lisboa, 3 de Junho de 2004<\/p>\n

Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n

e<\/p>\n

Sociedade Portuguesa de Arboricultura<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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