{"id":13576,"date":"2021-03-05T16:31:08","date_gmt":"2021-03-05T16:31:08","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=13576"},"modified":"2021-03-05T16:31:08","modified_gmt":"2021-03-05T16:31:08","slug":"greenpeace-e-ong-portuguesas-unidas-contra-os-ogm","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/05\/greenpeace-e-ong-portuguesas-unidas-contra-os-ogm\/","title":{"rendered":"GREENPEACE e ONG portuguesas unidas contra os OGM"},"content":{"rendered":"

\u00c9 hoje apresentada publicamente a Plataforma “Transg\u00e9nicos Fora do Prato”, uma estrutura resultante da conjuga\u00e7\u00e3o de esfor\u00e7os de oito entidades n\u00e3o-governamentais da \u00e1rea do ambiente e agricultura: Agrobio, Biocoop, Fapas, Gaia, Geota, Liga para a Protec\u00e7\u00e3o da Natureza, Liga Portuguesa dos Direitos do Animal e Quercus.<\/b><\/p>\n

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A Plataforma tem como objectivo primordial a protec\u00e7\u00e3o da sa\u00fade, ambiente e agricultura portuguesas da amea\u00e7a que todos os organismos geneticamente modificados representam. Trata-se de uma tecnologia que j\u00e1 deu provas de:<\/p>\n

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– afectar profundamente a sa\u00fade dos animais de laborat\u00f3rio em que foi testada;<\/p>\n

– conduzir \u00e0 utiliza\u00e7\u00e3o de doses maci\u00e7as de pesticidas na agricultura;<\/p>\n

– interferir com o j\u00e1 fr\u00e1gil equil\u00edbrio natural dos ecossistemas e contaminar variedades selvagens;<\/p>\n

– penalizar os pa\u00edses mais desfavorecidos devido \u00e0s suas sementes patenteadas que reduzem a auto-sufici\u00eancia agr\u00edcola.<\/p>\n

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A Greenpeace Internacional, que se desloca a Portugal para apadrinhar a iniciativa, realiza tamb\u00e9m hoje e em todas as capitais europeias uma jornada de luta subordinada ao tema “A nova Europa diz n\u00e3o aos OGM”.<\/p>\n

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Este \u00e9 um momento particularmente apto uma vez que a primeira vota\u00e7\u00e3o comunit\u00e1ria, p\u00f3s-alargamento, sobre aprova\u00e7\u00e3o de OGM, se saldou num claro N\u00c3O a mais transg\u00e9nicos.<\/p>\n

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Mas enquanto a esmagadora maioria dos consumidores europeus e mais de metade dos seus governos se manifesta contr\u00e1ria \u00e0 circula\u00e7\u00e3o de comida manipulada no laborat\u00f3rio, os sucessivos governos portugueses h\u00e1 cerca de dez anos que se mostram alheios \u00e0s suas obriga\u00e7\u00f5es legais mais b\u00e1sicas.<\/p>\n

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Com efeito, embora haja OGM aprovados desde 1994 nos EUA e desde 1996 na UE, Portugal continua sem implementar o controle alfandeg\u00e1rio necess\u00e1rio \u00e0 fiscaliza\u00e7\u00e3o das suas fronteiras mar\u00edtimas: os navios que trazem mat\u00e9rias primas de al\u00e9m-mar n\u00e3o t\u00eam de apresentar qualquer documenta\u00e7\u00e3o que garanta a aus\u00eancia de OGM n\u00e3o aprovados para circula\u00e7\u00e3o na Uni\u00e3o Europeia e n\u00e3o \u00e9 levada a cabo qualquer an\u00e1lise laboratorial por parte das autoridades no momento da descarga para os silos.<\/p>\n

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No entanto, e como se pode ver na tabela abaixo, existem muitas mais variedades transg\u00e9nicas em circula\u00e7\u00e3o nos EUA do que na UE, o que significa que a nossa ind\u00fastria alimentar e de ra\u00e7\u00f5es acaba por receber mat\u00e9rias primas que nunca passaram a avalia\u00e7\u00e3o da Uni\u00e3o Europeia e n\u00e3o oferecem quaisquer n\u00edveis de seguran\u00e7a ao consumidor europeu (vale a pena lembrar que o governo americano n\u00e3o avalia a seguran\u00e7a alimentar dos OGM, delegando essa fun\u00e7\u00e3o directamente nas empresas comercializadoras):<\/p>\n

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Porque a legisla\u00e7\u00e3o que devia garantir a seguran\u00e7a alimentar dos portugueses, al\u00e9m de incompleta, est\u00e1 a ser claramente desrespeitada pelo governo, torna-se fundamental a interven\u00e7\u00e3o dos consumidores junto dos agentes econ\u00f3micos.<\/p>\n

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Por isso a Plataforma hoje anunciada dirige a sua primeira grande campanha precisamente para a sensibiliza\u00e7\u00e3o e mobiliza\u00e7\u00e3o dos cidad\u00e3os no sentido de se tornarem\u00a0“detectives OGM”<\/b>.<\/p>\n

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Trata-se de um conjunto de pequenas interven\u00e7\u00f5es muito simples e ao alcance de todos que permitir\u00e3o erradicar os OGM da circula\u00e7\u00e3o comercial portuguesa e garantir que a engenharia gen\u00e9tica p\u00e1ra de poluir a nossa cadeia alimentar.<\/p>\n

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Em particular os\u00a0“detectives OGM”<\/b>\u00a0s\u00e3o chamados a:<\/p>\n

– identificar produtos alimentares que tenham a men\u00e7\u00e3o “geneticamente modificado” na sua lista de ingredientes e enviar uma embalagem (ou foto) para a Plataforma, que colocar\u00e1 essa informa\u00e7\u00e3o numa “lista negra” na Internet;<\/p>\n

– exigir junto dos supermercados e grandes superf\u00edcies que identifiquem quais os produtos animais provenientes de animais que n\u00e3o foram alimentados com ra\u00e7\u00f5es transg\u00e9nicas;<\/p>\n

– sensibilizar restaurantes e cantinas para que implementem uma pol\u00edtica activa de exclus\u00e3o de OGM dos seus menus.<\/p>\n

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Nos \u00faltimos anos, em toda a Europa, a press\u00e3o dos consumidores conseguiu parar o comboio da engenharia gen\u00e9tica alimentar que todos diziam impar\u00e1vel. Agora os portugueses v\u00e3o ficar a saber como isso se faz.<\/p>\n

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Lisboa, 26 de Junho de 2004<\/p>\n

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A Plataforma “Transg\u00e9nicos Fora do Prato” \u00e9 uma estrutura integrada por oito entidades n\u00e3o-governamentais da \u00e1rea do ambiente e agricultura (Agrobio, Biocoop, Fapas, Gaia, Geota, Liga para a Protec\u00e7\u00e3o da Natureza, Liga Portuguesa dos Direitos do Animal e Quercus) e apoiada por dezenas de outras.<\/p>\n

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Para mais informa\u00e7\u00f5es contactar\u00a0Este endere\u00e7o de email est\u00e1 protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.<\/a>“><\/a>info@stopogm.net<\/a><\/span>\u00a0ou visitar\u00a0www.stopogm.net\/<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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