{"id":13553,"date":"2021-03-05T16:26:38","date_gmt":"2021-03-05T16:26:38","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=13553"},"modified":"2021-03-05T16:26:38","modified_gmt":"2021-03-05T16:26:38","slug":"a-meio-da-epoca-balnear-a-quercus-faz-balanco-da-qualidade-da-agua-nas-praias","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/05\/a-meio-da-epoca-balnear-a-quercus-faz-balanco-da-qualidade-da-agua-nas-praias\/","title":{"rendered":"A meio da \u00e9poca balnear, a Quercus faz balan\u00e7o da qualidade da \u00e1gua nas praias"},"content":{"rendered":"

A Quercus \u2013 ANCN analisou em detalhe a informa\u00e7\u00e3o oficial do Minist\u00e9rio do Ambiente e Ordenamento do Territ\u00f3rio disponibilizada no site\u00a0<\/b>www.vivapraia.com<\/b><\/a>\u00a0relativa \u00e0s an\u00e1lises da qualidade da \u00e1gua das 365 praias de Portugal Continental durante a corrente \u00e9poca balnear.<\/b><\/p>\n

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At\u00e9 8 de Agosto, estavam reportadas 2217 an\u00e1lises que constitu\u00edram o universo da avalia\u00e7\u00e3o efectuada pela Quercus.<\/p>\n

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4% das praias de Portugal Continental j\u00e1 tiveram pelo menos uma an\u00e1lise m\u00e1; s\u00f3 62% das praias tiveram at\u00e9 agora sempre qualidade boa; praias interiores com pior qualidade<\/b><\/p>\n

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At\u00e9 ao momento, 13 praias (7 costeiras e 6 interiores) (aproximadamente 4% do universo total), reportaram pelo menos uma an\u00e1lise de m\u00e1 qualidade (ver detalhes no final do comunicado). Destas, quatro tinham obtido bandeira azul que foi arreada face \u00e0 m\u00e1 qualidade identificada pela an\u00e1lise.<\/p>\n

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Por outro lado, n\u00e3o chega a dois ter\u00e7os o n\u00famero de praias que apresentou consistentemente qualidade boa (isto \u00e9, n\u00e3o tiveram nem an\u00e1lises aceit\u00e1veis \u2013 que cumprem os valores-limite mas n\u00e3o os denominados valores-guia \u2013 nem an\u00e1lises m\u00e1s \u2013 que n\u00e3o cumprem os valores-limite).<\/p>\n

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Das 225 praias que apresentaram sempre qualidade boa, a percentagem maior ocorre em rela\u00e7\u00e3o ao caso das praias costeiras (70%), sendo not\u00f3ria a pior qualidade das praias interiores (s\u00f3 14% – 8 num total de 55 \u2013 apresentaram sempre resultados bons).<\/p>\n

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Quercus alerta para degrada\u00e7\u00e3o da qualidade da \u00e1gua devido \u00e0 chuva dos \u00faltimos dias<\/b><\/p>\n

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A chuva que tem vindo a cair desde domingo pode fazer piorar o diagn\u00f3stico agora efectuado. Todos os anos, a ocorr\u00eancia de precipita\u00e7\u00e3o tem sido respons\u00e1vel por uma degrada\u00e7\u00e3o da qualidade da \u00e1gua nalgumas zonas balneares interiores e nalgumas praias costeiras, principalmente quando desaguam ribeiras em locais pr\u00f3ximos. Ap\u00f3s um longo per\u00edodo sem chuva e tendo tamb\u00e9m em conta que algumas praias est\u00e3o pr\u00f3ximas de zonas afectadas pelos inc\u00eandios, a Quercus alerta para os banhistas terem especial aten\u00e7\u00e3o na consulta das an\u00e1lises mais recentes, cuja afixa\u00e7\u00e3o relembramos \u00e9 obrigat\u00f3ria.<\/p>\n

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Os tr\u00eas principais problemas das praias nesta \u00e9poca balnear<\/b><\/p>\n

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Numa avalia\u00e7\u00e3o efectuada pelo grupo de trabalho da Quercus que acompanha as quest\u00f5es relacionadas com as zonas balneares atrav\u00e9s de visitas efectuadas a diversas zonas balneares, consulta da imprensa e queixas recebidas, os tr\u00eas principais problemas at\u00e9 agora identificados na presente \u00e9poca balnear s\u00e3o os seguintes:<\/p>\n

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Acessibilidades:<\/b><\/p>\n

A falta de planifica\u00e7\u00e3o de acessibilidades, criando parques de estacionamento de retaguarda, promovendo o transporte por bicicleta ou por transporte p\u00fablico, \u00e9 uma das maiores falhas das praias portuguesas, onde \u00e9 verdadeiramente ca\u00f3tica a forma de estacionamento, pondo em causa a seguran\u00e7a das praias e tamb\u00e9m o ambiente envolvente, na maior parte das vezes muito sens\u00edvel.<\/p>\n

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Falta de infraestruturas essenciais:<\/b><\/p>\n

Uma zona balnear dever\u00e1 dispor de infraestruturas m\u00ednimas, entre elas casas de banho limpas e em n\u00famero suficiente de acordo com a capacidade da praia. Infelizmente, tal n\u00e3o acontece na maioria dos casos, agravando assim as condi\u00e7\u00f5es de higiene da \u00e1gua e areia, e tornando desconfort\u00e1vel a sua utiliza\u00e7\u00e3o pelos banhistas.<\/p>\n

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Limpeza do areal:<\/b><\/p>\n

Apesar de um esfor\u00e7o muito significativo dos concession\u00e1rios, a falta de educa\u00e7\u00e3o e forma\u00e7\u00e3o ambiental leva a que muitas praias apresentem ainda uma quantidade de lixo grande (beatas, pequenas embalagens, vidros) que constitui um risco para a sa\u00fade p\u00fablica. A presen\u00e7a de c\u00e3es continua tamb\u00e9m a verificar-se nalguns casos, constituindo geralmente um inc\u00f3modo, para al\u00e9m de que podem ser portadores de microrganismos prejudiciais \u00e0 sa\u00fade humana e originarem a contamina\u00e7\u00e3o do areal.<\/p>\n

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A\u00e7ores sem informa\u00e7\u00e3o no site oficial do Instituto da \u00c1gua; praias interiores da regi\u00e3o de Lisboa e Vale do Tejo com informa\u00e7\u00e3o muito atrasada; continuam a existir zonas balneares “ilegais”<\/b><\/p>\n

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Todos os dados relativos \u00e0 qualidade das zonas balneares s\u00e3o disponibilizados atrav\u00e9s da Internet no site\u00a0www.vivapraia.com<\/a>. Assim, qualquer cidad\u00e3o consegue ter uma informa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e detalhada sobre a praia que pretende utilizar. Os dados de todas as an\u00e1lises est\u00e3o presentes e permanentemente actualizados excepto no que se refere \u00e0s praias da Regi\u00e3o Aut\u00f3noma dos A\u00e7ores. Admitindo que n\u00e3o se trata de uma obriga\u00e7\u00e3o legal devido \u00e0 autonomia da Regi\u00e3o, seria desej\u00e1vel que todos os resultados referentes ao pa\u00eds fossem apresentados da mesma forma.<\/p>\n

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Relativamente \u00e0s an\u00e1lises disponibilizadas, a Quercus identificou um substancial atraso nas an\u00e1lises relativas \u00e0s praias interiores da regi\u00e3o de Lisboa e Vale do Tejo, cuja \u00faltima an\u00e1lise presente \u00e9 da terceira semana de Junho estando em causa an\u00e1lises semanais ou quinzenais).<\/p>\n

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A Quercus continua a alertar para o facto de continuarem a existir praias que n\u00e3o est\u00e3o classificadas como zonas balneares e que como tal n\u00e3o devem estar a ser utilizadas por banhistas. Como exemplo, a Quercus assinala o caso da praia da Albufeira da Tapada Grande, na Mina de S\u00e3o Domingos, concelho de M\u00e9rtola, j\u00e1 objecto de um plano de ordenamento, cujos apoios foram inaugurados com a presen\u00e7a do Presidente da Rep\u00fablica em Abril deste ano, mas que at\u00e9 agora n\u00e3o est\u00e1 classificada como zona balnear, n\u00e3o estando presentes an\u00e1lises no local nem se verificando vigil\u00e2ncia, o que n\u00e3o se compreende.<\/p>\n

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A Direc\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n

Lisboa, 10 de Agosto de 2004<\/p>\n

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Link<\/b>:\u00a0P\u00e1gina da Quercus sobre Praias<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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