{"id":13550,"date":"2021-03-05T16:26:56","date_gmt":"2021-03-05T16:26:56","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=13550"},"modified":"2021-03-05T16:28:40","modified_gmt":"2021-03-05T16:28:40","slug":"urbanizacao-no-litoral-foi-autorizada-ilegalmente-em-faixa-em-risco-de-ruir","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/05\/urbanizacao-no-litoral-foi-autorizada-ilegalmente-em-faixa-em-risco-de-ruir\/","title":{"rendered":"Urbaniza\u00e7\u00e3o no litoral foi autorizada ilegalmente em faixa em risco de ruir"},"content":{"rendered":"

Uma nova constru\u00e7\u00e3o que representa mais um atentado ao ordenamento do litoral est\u00e1 a ser cometido junto da fal\u00e9sia da Praia da Mina do Azeiche, na freguesia de Pataias, concelho de Alcoba\u00e7a.<\/b><\/p>\n

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A zona em causa encontra-se inserida em Faixa de Risco e em \u00c1rea de Protec\u00e7\u00e3o Integral no Plano de Ordenamento de Orla Costeira (POOC), de Alcoba\u00e7a-Mafra, e mesmo antes da aprova\u00e7\u00e3o deste plano, j\u00e1 estava integrada na Reserva Ecol\u00f3gica Nacional (REN), o que inviabilizaria o licenciamento da C\u00e2mara Municipal de Alcoba\u00e7a.<\/p>\n

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Acontece no entanto, que inexplicavelmente a C\u00e2mara favoreceu a empresa construtora, a Ouriliz, emitindo o alvar\u00e1 de licenciamento contra as normas do POOC, comprometendo no futuro a seguran\u00e7a de pessoas e bens.<\/p>\n

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Assim, caso seja necess\u00e1rio evitar a degrada\u00e7\u00e3o da estabilidade da fal\u00e9sia, o Estado ter\u00e1 de gastar dinheiros p\u00fablicos para salvaguardar uma constru\u00e7\u00e3o privada que nunca devia ter sido constru\u00edda e, muito menos, licenciada.<\/p>\n

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Moradores denunciam situa\u00e7\u00e3o \u00e0 Administra\u00e7\u00e3o e a obra continua\u00a0<\/b><\/p>\n

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Um grupo de moradores denunciou esta grave situa\u00e7\u00e3o \u00e0s autoridades, o que levou a Comiss\u00e3o de Coordena\u00e7\u00e3o e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) a embargar a obra por viola\u00e7\u00e3o do POOC, em 02\/04\/2004.<\/p>\n

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Estranhamente a 11\/05\/2004, a CCDR-LVT ordenou o levantamento do embargo e a constru\u00e7\u00e3o da obra continuou com uma permissividade assustadora.<\/p>\n

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A Quercus veio requerer a suspens\u00e3o administrativa ao levantamento do embargo sem que at\u00e9 ao momento tenha obtido qualquer resultado pr\u00e1tico.<\/p>\n

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Quercus solicita interven\u00e7\u00e3o em Ac\u00e7\u00e3o Popular junto dos tribunais<\/b><\/p>\n

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Face \u00e0 impot\u00eancia das entidades administrativas para resolver a situa\u00e7\u00e3o, foi necess\u00e1rio recorrer \u00e0 via judicial , atrav\u00e9s de uma Ac\u00e7\u00e3o Popular interposta por diversos cidad\u00e3os, com o objectivo de obter a declara\u00e7\u00e3o de nulidade da delibera\u00e7\u00e3o da CM de Alcoba\u00e7a que licenciou a obra em quest\u00e3o.<\/p>\n

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Tamb\u00e9m o CIDAMB \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional para a Cidadania Ambiental, de que a Quercus \u00e9 uma das Associa\u00e7\u00f5es fundadoras se constituiu assistente na referida ac\u00e7\u00e3o popular.<\/p>\n

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Todavia, a reconhecida morosidade da justi\u00e7a nacional est\u00e1 a permitir o avan\u00e7o das obras, permitindo que continue impune ( mais ) este atentado ao ordenamento do nosso litoral.<\/p>\n

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Lisboa, 23 de Agosto de 2004<\/p>\n

A Direc\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus- Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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