{"id":13433,"date":"2021-03-05T16:11:44","date_gmt":"2021-03-05T16:11:44","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=13433"},"modified":"2021-03-05T16:11:44","modified_gmt":"2021-03-05T16:11:44","slug":"decisao-do-ministro-do-ambiente-de-chumbar-a-incineradora-do-centro-nao-pode-ser-alterada","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/05\/decisao-do-ministro-do-ambiente-de-chumbar-a-incineradora-do-centro-nao-pode-ser-alterada\/","title":{"rendered":"Decis\u00e3o do Ministro do Ambiente de chumbar a incineradora do centro n\u00e3o pode ser alterada"},"content":{"rendered":"

Foi com grande estupefac\u00e7\u00e3o que a Quercus recebeu hoje a not\u00edcia do cancelamento de \u00faltima hora da confer\u00eancia de imprensa agendada pelo Sr.Ministro do Ambiente para apresentar a sua decis\u00e3o sobre o tratamento dos res\u00edduos urbanos na zona centro. Maior foi a estupefac\u00e7\u00e3o, quando se soube pela comunica\u00e7\u00e3o social que esse cancelamento tinha sido provocado por uma determina\u00e7\u00e3o do Sr. Primeiro-ministro sem qualquer tipo de justifica\u00e7\u00e3o aparente.<\/b><\/p>\n

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Este processo que estava a ser estudado h\u00e1 alguns meses pelo novo Ministro do Ambiente, envolvendo os seus assessores directos, o Instituto dos Res\u00edduos, a Universidade Nova de Lisboa e ainda t\u00e9cnicos contratados especificamente para o efeito levaria hoje o Minist\u00e9rio a abandonar a incinera\u00e7\u00e3o dos res\u00edduos urbanos na regi\u00e3o Centro.<\/p>\n

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Com efeito, o Sr.Ministro do Ambiente teria decidido parar o projecto de incinera\u00e7\u00e3o dos res\u00edduos urbanos, previsto pela empresa ERSUC como principal destino para os res\u00edduos dos Distritos de Aveiro e Coimbra., englobando tamb\u00e9m a Suldouro (concelhos da Feira e de Gaia) e abrangendo quase 1,5 milh\u00f5es de habitantes, com uma produ\u00e7\u00e3o anual de aproximadamente 600 mil toneladas de res\u00edduos.<\/p>\n

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Conv\u00e9m relembrar que o sistema anteriormente proposto, a incinera\u00e7\u00e3o, n\u00e3o s\u00f3 tem graves consequ\u00eancias ambientais e para sa\u00fade p\u00fablica, como representa um injustific\u00e1vel esbanjamento de recursos.<\/p>\n

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Em substitui\u00e7\u00e3o da incinera\u00e7\u00e3o, o Minist\u00e9rio apontava para o tratamento mec\u00e2nico e biol\u00f3gico, processo atrav\u00e9s do qual os res\u00edduos que as pessoas n\u00e3o separaram em casa, sofrem um posterior tratamento que permite ainda o aproveitamento de muitos materiais recicl\u00e1veis (cart\u00e3o, vidro, metais, pl\u00e1stico e pilhas) e tamb\u00e9m da mat\u00e9ria org\u00e2nica (restos de comida e res\u00edduos de jardins).<\/p>\n

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Esperava-se que com a recolha selectiva e este sistema de tratamento seja poss\u00edvel reduzir em mais de 60% os res\u00edduos a enviar para destino final, tornando este sistema um dos que mais vai reciclar em Portugal.<\/p>\n

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O material rejeitado poderia ser colocado em aterro sem qualquer problema, uma vez que j\u00e1 n\u00e3o possui mat\u00e9ria org\u00e2nica ferment\u00e1vel, pelo que n\u00e3o provoca a liberta\u00e7\u00e3o significativa de gases poluentes ou de \u00e1guas residuais.<\/p>\n

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Esta decis\u00e3o do Sr.Ministro do Ambiente surgiu na sequ\u00eancia de um estudo encomendado pelo Minist\u00e9rio do Ambiente \u00e0 Universidade Nova de Lisboa e cujas conclus\u00f5es apontaram claramente para as maiores vantagens ambientais e econ\u00f3micas do tratamento mec\u00e2nico e biol\u00f3gico em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 incinera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

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Com esta decis\u00e3o, e subsequente candidatura aos fundos comunit\u00e1rios, o processo de resolu\u00e7\u00e3o do tratamento dos res\u00edduos desta regi\u00e3o sofreria um grande impulso, uma vez que se esperava que o novo sistema entrasse em funcionamento em cerca de tr\u00eas anos, ou seja o mesmo tempo que ainda resta para se poderem utilizar os aterros existentes na regi\u00e3o Centro.<\/p>\n

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Caso a decis\u00e3o fosse no sentido de avan\u00e7ar com a incinera\u00e7\u00e3o, ent\u00e3o o problema para as autarquias seria extremamente complicado, uma vez que, face \u00e0 experi\u00eancia nacional, uma unidade desse tipo demoraria entre 6 a 8 anos a entrar em funcionamento.<\/p>\n

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Dado que a \u00e1rea dos concelhos em causa abrange mais de 7000 km2, \u00e9 muito prov\u00e1vel que fossem constru\u00eddas duas unidades de tratamento mec\u00e2nico e biol\u00f3gico de forma a reduzir os custos de transporte dos res\u00edduos, solu\u00e7\u00e3o que n\u00e3o seria poss\u00edvel caso se optasse pela incinera\u00e7\u00e3o, uma vez que a queima de res\u00edduos s\u00f3 \u00e9 minimamente vi\u00e1vel em unidades de grandes dimens\u00f5es.<\/p>\n

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A aposta na reciclagem em detrimento de solu\u00e7\u00f5es de fim de linha como o aterro ou a incinera\u00e7\u00e3o, sairia assim refor\u00e7ada, criando-se melhores condi\u00e7\u00f5es para que as metas de reciclagem previstas para 2011 possam vir a ser alcan\u00e7adas.<\/p>\n

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Lisboa, 22 de Dezembro de 2004<\/p>\n

Contactos: Rui Berkemeier 934256581, Pedro Carteiro 934285343, Jo\u00e3o Gabriel Silva 933418780 e Miguel Silva 933564079.<\/p>\n

Ver mais informa\u00e7\u00e3o sobre o assunto em:<\/p>\n

http:\/\/www.netresiduos.com\/cir\/incin\/Incinrsu.htm<\/a><\/p>\n

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