Hoje, dia 8 de Junho, comemora-se o Dia Mundial dos Oceanos, criado em 1992 na Cimeira da Terra, uma oportunidade para reflectir se estamos ou n\u00e3o a proteger os nossos ecossistemas marinhos.<\/b><\/p>\n
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A Zona Econ\u00f3mica Exclusiva Portuguesa \u00e9 18 vezes superior ao seu territ\u00f3rio continental e uma das cinco maiores do Mundo. Para proteger as esp\u00e9cies e os ecossistemas marinhos existentes no mar Portugu\u00eas \u00e9 essencial a cria\u00e7\u00e3o de uma Rede de \u00c1reas Marinhas Protegidas e refor\u00e7ar os meios de vigil\u00e2ncia e fiscaliza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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Apesar do Minist\u00e9rio do Ambiente ter j\u00e1 iniciado alguns trabalhos preparat\u00f3rios para a cria\u00e7\u00e3o de uma Rede de \u00c1reas Marinhas Protegidas, presentemente Portugal possui apenas cerca de 0,05% da sua ZEE (continente, Madeira e A\u00e7ores) com estatuto de protec\u00e7\u00e3o, um valor muito inferior \u00e0 m\u00e9dia Mundial (1%). Se considerarmos apenas Portugal continental, com mais de 900 km de costa, existem apenas 4 \u00c1reas Protegidas que incluem zonas mar\u00edtimas, protegendo apenas 1,6% da plataforma continental. O Parque Natural do Sudoeste e Costa Vicentina, a Reserva Natural das Lagoas de Santo Andr\u00e9 e da Sancha, o Parque Natural da Arr\u00e1bida (Parque Marinho Lu\u00eds Saldanha) e a Reserva Natural das Berlengas s\u00e3o as 4 \u00c1reas Protegidas que conferem estatuto de protec\u00e7\u00e3o a 46 mil hectares do mar que banha a costa continental Portuguesa.<\/p>\n
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A cria\u00e7\u00e3o de uma Rede de \u00c1reas Marinhas Protegidas, para al\u00e9m de proteger os ecossistemas costeiros, dever\u00e1 incluir os espa\u00e7os mais importantes para a conserva\u00e7\u00e3o da Natureza em mar aberto e, at\u00e9 2012 ocupar pelo menos 10% da ZEE Portuguesa. A ZEE portuguesa possui diversos montes submarinos (ilhas submersas) que constituem ecossistemas \u00fanicos com grande import\u00e2ncia para a reprodu\u00e7\u00e3o e alimenta\u00e7\u00e3o de um vasto n\u00famero de esp\u00e9cies pel\u00e1gicas e demersais de grande import\u00e2ncia ecol\u00f3gica e econ\u00f3mica. O facto destes espa\u00e7os apresentarem caracter\u00edsticas \u00fanicas em termos ambientais, possuindo<\/p>\n
ecossistemas ricos, embora fr\u00e1geis se perturbados em demasia, faz com que seja necess\u00e1ria e urgente a sua protec\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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Continuam a faltar meios para a vigil\u00e2ncia, fiscaliza\u00e7\u00e3o e controle das actividades desenvolvidas no Mar Portugu\u00eas. Torna-se urgente concluir o processo de implementa\u00e7\u00e3o do Sistema de Controlo de Tr\u00e1fego Mar\u00edtimo (VTS- Vessel Traffic Sustem) e refor\u00e7ar os meios mar\u00edtimos e a\u00e9reos de vigil\u00e2ncia e fiscaliza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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Lisboa, 8 de Junho de 2005<\/p>\n
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A Direc\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus- Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n
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Para mais esclarecimentos contactar H\u00e9lder Sp\u00ednola, Presidente da Direc\u00e7\u00e3o Nacional da QUERCUS, 937788472 ou 964344202.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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