{"id":13106,"date":"2021-03-05T15:33:46","date_gmt":"2021-03-05T15:33:46","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=13106"},"modified":"2021-03-05T15:33:46","modified_gmt":"2021-03-05T15:33:46","slug":"22-de-marco-dia-mundial-da-agua-quercus-com-sete-gotas-alerta-para-os-problemas-da-agua","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/05\/22-de-marco-dia-mundial-da-agua-quercus-com-sete-gotas-alerta-para-os-problemas-da-agua\/","title":{"rendered":"22 de Mar\u00e7o: Dia Mundial da \u00c1gua. Quercus, com SETE GOTAS, alerta para os problemas da \u00e1gua"},"content":{"rendered":"
A Quercus desenvolveu hoje, Dia Mundial da \u00c1gua, uma ac\u00e7\u00e3o de alerta e sensibiliza\u00e7\u00e3o no Largo do Chiado, Lisboa, para os principais problemas que afectam os recursos h\u00eddricos em Portugal. Com o apoio de um pequeno quiosque no local, sete activistas vestidos de gotas de \u00e1gua e outros intervenientes, a Quercus distribuiu aos transeuntes esponjas, alertando para a necessidade de toda a sociedade contribuir para a gest\u00e3o adequada dos recursos h\u00eddricos. Cada gota de \u00e1gua, com uma cor diferente, representou sete problemas que afectam a gest\u00e3o dos recursos h\u00eddricos.<\/b><\/p>\n
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Desperd\u00edcio elevado<\/b><\/p>\n
O sector agr\u00edcola, para al\u00e9m de ser aquele cuja actividade mais \u00e1gua reclama (consome 87% de \u00e1gua, seguido pela ind\u00fastria com 8% e do sector dom\u00e9stico com 5%), tamb\u00e9m \u00e9 o sector de actividade que maior quantidade de \u00e1gua desperdi\u00e7a no total das perdas nacionais. Destas, 88% ocorrem na agricultura, 8% no sector industrial e 4% nos consumidores dom\u00e9sticos (Fonte: Plano Nacional da \u00c1gua).<\/p>\n
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De acordo com a empresa \u00c1guas de Portugal, assume-se como objectivo para o ano de 2015 que a percentagem de perdas do sistema de distribui\u00e7\u00e3o seja de 20%. No entanto, o valor estimado de m\u00e9dia nacional para o volume de \u00e1gua de perdas entre a capta\u00e7\u00e3o e o consumidor situa-se actualmente na ordem dos 35%. As perdas econ\u00f3micas associadas a este desperd\u00edcio de \u00e1gua implicam investimentos que ficam por concretizar noutras \u00e1reas de interven\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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Torna-se urgente implementar o Programa Nacional para o Uso Eficiente da \u00c1gua, refor\u00e7ar as ac\u00e7\u00f5es de sensibiliza\u00e7\u00e3o e os investimentos necess\u00e1rios para reduzir as perdas e os desperd\u00edcios nos v\u00e1rios sectores de actividade que dependem de uma maior utiliza\u00e7\u00e3o dos recursos h\u00eddricos.<\/p>\n
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Falhas na monitoriza\u00e7\u00e3o da \u00e1gua para consumo humano<\/p>\n
Relativamente \u00e0 \u00e1gua para consumo humano, o valor da m\u00e9dia nacional das an\u00e1lises em falta situam-se nos 13,78%, e o das an\u00e1lises em viola\u00e7\u00e3o ao VMA anda na ordem dos 2,7% (\u00faltimos dados dispon\u00edveis referentes a 2004). Dever\u00e1 ser desenvolvido um esfor\u00e7o no sentido de ser realizada a totalidade das an\u00e1lises necess\u00e1rias para se aferir a qualidade da \u00e1gua, bem como diminuir a frequ\u00eancia de an\u00e1lises com par\u00e2metros em viola\u00e7\u00e3o aos Valores M\u00e1ximos Admiss\u00edveis (Fonte: IRAR).<\/p>\n
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Tratamento inadequado das \u00e1guas residuais:<\/b><\/p>\n
Apesar do se ter assistido a um not\u00e1vel progresso em termos de recolha e tratamento de \u00e1guas residuais, ainda se assiste a situa\u00e7\u00f5es de munic\u00edpios, interiores ou da faixa litoral, que n\u00e3o disp\u00f5em das infra-estruturas adequadas, nem em qualidade, nem em quantidade suficiente para recolherem e tratarem os seus efluentes dom\u00e9sticos e industriais, descarregando-os, em muitos casos, directamente nas linhas de \u00e1gua ou no oceano, sem tratamento pr\u00e9vio.<\/p>\n
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A Inspec\u00e7\u00e3o-geral do Ambiente (IGA) inspeccionou 56 ETAR\u2019s em 2004 e, destas, 10% ainda efectuavam apenas tratamento preliminar ou prim\u00e1rio, descarregando posteriormente a \u00e1gua para o ambiente sem o tratamento adequado. Para a maioria dos efluentes descarregados no ambiente, 52% n\u00e3o possu\u00eda licen\u00e7a de descarga emitida, observando-se a exist\u00eancia dessa licen\u00e7a v\u00e1lida em 46% dos casos. O mesmo trabalho da IGA concluiu que 18% das ETAR\u2019s de Portugal se encontram em mau estado de conserva\u00e7\u00e3o. Apenas 3% das \u00e1guas residuais tratadas s\u00e3o reutilizadas para rega de espa\u00e7os verdes urbanos, limpeza de arruamentos ou de equipamentos ou mesmo na agricultura; os restantes 97% s\u00e3o descarregados para o meio natural.<\/p>\n
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Um relat\u00f3rio da Comiss\u00e3o Europeia datado de 2004 relativo \u00e0 aplica\u00e7\u00e3o da Directiva 91\/271\/CEE do Conselho, de 21 de Maio de 1991, aponta que Portugal n\u00e3o trata de forma adequada mais de 60% das suas \u00e1guas residuais.<\/p>\n
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\u00c1guas superficiais com problemas de qualidade<\/b><\/p>\n