{"id":13050,"date":"2021-03-05T15:27:27","date_gmt":"2021-03-05T15:27:27","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=13050"},"modified":"2021-03-05T15:27:27","modified_gmt":"2021-03-05T15:27:27","slug":"contaminacao-imparavel-terceira-onda-de-arroz-transgenico-ilegal-atinge-a-uniao-europeia","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/05\/contaminacao-imparavel-terceira-onda-de-arroz-transgenico-ilegal-atinge-a-uniao-europeia\/","title":{"rendered":"Contamina\u00e7\u00e3o Impar\u00e1vel. TERCEIRA ONDA DE ARROZ TRANSG\u00c9NICO ILEGAL ATINGE A UNI\u00c3O EUROPEIA"},"content":{"rendered":"

A Comiss\u00e3o Europeia anunciou hoje* que foi encontrada uma terceira variedade de arroz transg\u00e9nico em circula\u00e7\u00e3o ilegal na Uni\u00e3o Europeia. Trata-se do arroz LL62, detectado pela Fran\u00e7a em importa\u00e7\u00f5es provenientes dos Estados Unidos.<\/b><\/p>\n

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Este an\u00fancio vem na sequ\u00eancia de outros dois graves incidentes com arroz transg\u00e9nico ilegal que vieram a p\u00fablico nos \u00faltimos dois meses: a variedade Bt63, encontrada em alimentos chineses \u00e0 venda na UE, e a<\/p>\n

LL601 (propriedade da Bayer, tal como o LL62, e proveniente igualmente dos EUA) que foi j\u00e1 detectada em 13 pa\u00edses da Uni\u00e3o e em 74 casos diferentes.**<\/p>\n

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Aparentemente Portugal s\u00f3 estar\u00e1 em risco para o caso Bt63, uma vez que n\u00e3o importa arroz americano. Nenhuma destas tr\u00eas variedades de arroz transg\u00e9nico est\u00e1 em comercializa\u00e7\u00e3o legal em qualquer pa\u00eds do mundo: o Bt63 e o LL601 nunca foram autorizados, o LL62 est\u00e1 autorizado nos EUA e no Canad\u00e1 mas nunca foi<\/p>\n

comercializado pela Bayer.<\/p>\n

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Embora se apresente como o mais exigente do mundo, o sistema legal europeu de regulamenta\u00e7\u00e3o dos transg\u00e9nicos mostra-se incapaz de evitar esta sucess\u00e3o de esc\u00e2ndalos alimentares mesmo depois de outros casos recentes de contamina\u00e7\u00e3o com variedades ilegais (como os dos milhos transg\u00e9nicos Starlink e Bt10) terem alertado<\/p>\n

para a exist\u00eancia de numerosas falhas graves. Para al\u00e9m dos problemas de sa\u00fade p\u00fablica inerentes ao consumo de uma tecnologia n\u00e3o testada nem avaliada pelas autoridades competentes, transparece cada vez mais uma realidade extremamente danosa para a protec\u00e7\u00e3o do ambiente, da agricultura e do direito \u00e0 escolha dos europeus:<\/p>\n

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– N\u00e3o existe nenhum mecanismo instalado de detec\u00e7\u00e3o e protec\u00e7\u00e3o contra transg\u00e9nicos n\u00e3o-autorizados. Isto significa que a nossa cadeia alimentar pode estar contaminada com outros transg\u00e9nicos ilegais, que ainda n\u00e3o foram detectados porque nem sequer existem os m\u00e9todos anal\u00edticos necess\u00e1rios para o efeito.<\/p>\n

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– As variedades ilegais frequentemente n\u00e3o passaram da fase de ensaios de campo em pequenas extens\u00f5es. Mesmo assim a contamina\u00e7\u00e3o foi inevit\u00e1vel, tendo-se espalhado internacionalmente. (Ainda mais not\u00e1vel \u00e9 o facto de que a Bayer n\u00e3o se apercebeu de que ocorrera a contamina\u00e7\u00e3o do arroz, tendo a detec\u00e7\u00e3o inicial ocorrido devido \u00e0 iniciativa de terceiros).<\/p>\n

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Assim, a Comiss\u00e3o Europeia e os Estados-Membros iludem-se e iludem-nos quando afirmam que as plantas transg\u00e9nicas podem coexistir com as restantes formas de produ\u00e7\u00e3o alimentar. A realidade \u00e9 bem diferente: a engenharia gen\u00e9tica \u00e9 uma tecnologia defeituosa, incontrol\u00e1vel e incompat\u00edvel com a sustentabilidade agr\u00edcola.<\/p>\n

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* Ver comunicado de imprensa em\u00a0europa.eu\/<\/a><\/p>\n

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** Ver registo dos casos em\u00a0www.foeeurope.org\/GMOs\/rice_contamination.htm<\/a><\/p>\n

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A Plataforma Transg\u00e9nicos Fora do Prato \u00e9 uma estrutura integrada por dez entidades n\u00e3ogovernamentais da \u00e1rea do ambiente e agricultura (ARP, Alian\u00e7a para a Defesa do Mundo Rural Portugu\u00eas; ATTAC, Associa\u00e7\u00e3o para a Taxa\u00e7\u00e3o das Transac\u00e7\u00f5es Financeiras para a Ajuda ao Cidad\u00e3o; CNA, Confedera\u00e7\u00e3o Nacional da Agricultura; Colher para Semear, Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais; FAPAS, Fundo para a Protec\u00e7\u00e3o dos Animais Selvagens; GAIA, Grupo de Ac\u00e7\u00e3o e Interven\u00e7\u00e3o Ambiental; GEOTA, Grupo de Estudos de Ordenamento do Territ\u00f3rio e Ambiente; LPN, Liga para a Protec\u00e7\u00e3o da Natureza; QUERCUS, Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza; e SALVA, Associa\u00e7\u00e3o de Produtores em Agricultura Biol\u00f3gica do Sul) e apoiada por dezenas de outras. Para mais informa\u00e7\u00f5es contactar\u00a0Este endere\u00e7o de email est\u00e1 protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.<\/a>“><\/a>info@stopogm.net<\/a><\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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