No fim-de-semana de 18-19 Novembro, em Cinf\u00e3es do Douro, um n\u00famero ainda indeterminado de c\u00e3es morreu no campo de forma s\u00fabita com sintomas de envenenamento. No dia 16 deste m\u00eas, na \u00e1rea de Coimbra, um grupo de 4 c\u00e3es pertencentes a um grupo de ca\u00e7adores morreu e v\u00e1rios propriet\u00e1rios que estiveram em contacto com os animais, tentando reanim\u00e1-los, acabaram tamb\u00e9m por manifestar sintomas de intoxica\u00e7\u00e3o tendo sido hospitalizados.<\/b><\/p>\n
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Estes s\u00e3o apenas dois exemplos recentes que revelam a gravidade do problema. Desde o in\u00edcio da \u00e9poca venat\u00f3ria t\u00eam-se verificado casos de envenenamento de c\u00e3es de ca\u00e7a em v\u00e1rias regi\u00f5es do pa\u00eds. Em algumas situa\u00e7\u00f5es, os propriet\u00e1rios foram afectados por terem estado em contacto com animais que tinham ingerido iscos com veneno.<\/p>\n
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O uso ilegal de venenos com o objectivo de matar animais \u00e9 uma pr\u00e1tica ainda muito frequente em Portugal e bem conhecida de todas as entidades relacionadas com a actividade cineg\u00e9tica, estando a ser acompanhada desde 2004 pelo\u00a0Programa Ant\u00eddoto \u2013 Portugal<\/b>\u00a0(PAP), uma plataforma de v\u00e1rias entidades p\u00fablicas e privadas portuguesas para a monitoriza\u00e7\u00e3o e combate ao uso ilegal de venenos.<\/p>\n
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Durante a \u00e9poca de ca\u00e7a esta problem\u00e1tica torna-se mais vis\u00edvel. Os ca\u00e7adores levam v\u00e1rias matilhas de c\u00e3es para os montes onde a presen\u00e7a de venenos como a estricnina, pode dar origem a elevada mortalidade de animais. Em anos anteriores, contaram-se v\u00e1rias dezenas em epis\u00f3dios isolados. Na presente \u00e9poca venat\u00f3ria, a equipa de coordena\u00e7\u00e3o do\u00a0Programa Ant\u00eddoto \u2013 Portugal<\/b>\u00a0j\u00e1 teve conhecimento de dez epis\u00f3dios, em que ter\u00e3o morrido mais de duas dezenas de c\u00e3es.<\/p>\n
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Maior capacidade de actua\u00e7\u00e3o da GNR\/SEPNA e insufici\u00eancias na actua\u00e7\u00e3o veterin\u00e1ria<\/p>\n
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Desde o in\u00edcio da implementa\u00e7\u00e3o da Estrat\u00e9gia Nacional contra uso ilegal de venenos, em vigor desde 2003, no \u00e2mbito do Programa Ant\u00eddoto tem sido feito o levantamento das principais insufici\u00eancias nos processos de recolha e an\u00e1lise de animais com suspeitas de envenenamento. O principal problema detectado \u00e9 a falta de equipamento e de forma\u00e7\u00e3o das autoridades policiais. Por esta raz\u00e3o, foram fornecidos kits, com material para recolha de cad\u00e1veres e de amostras, \u00e0s equipas do Servi\u00e7o de Protec\u00e7\u00e3o da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR e de Vigilantes da Natureza do Instituto da Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza (ICN) e das Comiss\u00f5es de Coordena\u00e7\u00e3o de Desenvolvimento Regional (CCDR). Estes agentes receberam tamb\u00e9m forma\u00e7\u00e3o sobre o Programa Ant\u00eddoto e a correcta utiliza\u00e7\u00e3o do kit<\/p>\n
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Posteriormente, e ap\u00f3s este avan\u00e7o, foi poss\u00edvel detectar que as autoridades veterin\u00e1rias n\u00e3o t\u00eam capacidade de actua\u00e7\u00e3o em casos de envenenamento. Um caso de suspeita de envenenamento de um animal deve merecer toda a aten\u00e7\u00e3o e correcta actua\u00e7\u00e3o da Autoridade Veterin\u00e1ria Municipal. Contudo, os M\u00e9dicos Veterin\u00e1rios municipais n\u00e3o disp\u00f5em, na grande maioria dos casos, das condi\u00e7\u00f5es necess\u00e1rias para realizar os trabalhos de acompanhamento das autoridades e de recolha de material para an\u00e1lise.<\/p>\n
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O Programa Ant\u00eddoto considera que esta lacuna dever\u00e1 merecer uma aten\u00e7\u00e3o especial no futuro por parte das autarquias e das autoridades sanit\u00e1rias, nomeadamente da Direc\u00e7\u00e3o-Geral de Veterin\u00e1ria, dada a gravidade das situa\u00e7\u00f5es detectadas.<\/p>\n
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A den\u00fancia \u00e9 essencial \u2013 uma quest\u00e3o de cidadania<\/p>\n
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Todos os casos de suspeita de envenenamento devem ser denunciados e nenhum animal nesta situa\u00e7\u00e3o deve ser eliminado sem autoriza\u00e7\u00e3o das autoridades. \u00c9 fundamental que todos os propriet\u00e1rios de animais que tenham sido envenenados apresentem uma queixa junto do posto da GNR mais pr\u00f3ximo, cedendo todas as informa\u00e7\u00f5es de que disp\u00f5em, incluindo eventuais suspeitas sobre o(s) autor(es) do crime.<\/p>\n
S\u00f3 dessa forma, com a participa\u00e7\u00e3o dos cidad\u00e3os ao n\u00edvel da den\u00fancia e do pagamento de todos os custos associados \u00e0 detec\u00e7\u00e3o dos venenos utilizados, ser\u00e1 poss\u00edvel alcan\u00e7ar os objectivos do Programa Ant\u00eddoto.<\/p>\n
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Para mais informa\u00e7\u00f5es sobre o uso ilegal de venenos e sobre o Programa Ant\u00eddoto \u2013 Portugal:<\/p>\n
http:\/\/www.antidoto-portugal.org<\/a><\/p>\n Telefone: 919457984 \/ 962946425<\/p>\n Fax: 238 494183<\/p>\n Correio electr\u00f3nico:\u00a0Este endere\u00e7o de email est\u00e1 protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.?subject=Programa%20Ant%EDdoto%20Portugal”><\/a>antidotoportugal@gmail.com<\/a><\/span><\/p>\n <\/p>\n O\u00a0Programa Ant\u00eddoto \u2013 Portugal<\/b>\u00a0(PAP) \u00e9 uma plataforma de v\u00e1rias entidades p\u00fablicas e privadas portuguesas para a monitoriza\u00e7\u00e3o e combate ao uso ilegal de venenos. A Quercus \u00e9 uma das entidades promotoras que coordenam este programa.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" No fim-de-semana de 18-19 Novembro, em Cinf\u00e3es do Douro, um n\u00famero ainda indeterminado de c\u00e3es morreu no campo de forma s\u00fabita com sintomas de envenenamento. No dia 16 deste m\u00eas, na \u00e1rea de Coimbra, um grupo de 4 c\u00e3es pertencentes a um grupo de ca\u00e7adores morreu e v\u00e1rios propriet\u00e1rios que estiveram em contacto com os […]<\/p>\n","protected":false},"author":5,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"inline_featured_image":false,"footnotes":""},"categories":[94,282],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13019"}],"collection":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/5"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=13019"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13019\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":13029,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13019\/revisions\/13029"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=13019"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=13019"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=13019"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}