O Grupo INAPA compra e distribui na pen\u00ednsula ib\u00e9rica produtos papeleiros de Asia Pulp & Paper, empresa implicada no abate ilegal e em viola\u00e7\u00f5es dos direitos humanos.<\/b><\/p>\n
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Madeiras ex\u00f3ticas (foto: Domingos Patacho)<\/b><\/p>\n
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As associa\u00e7\u00f5es ecologistas Quercus e Greenpeace Espanha contactaram com o Grupo Inapa para lhe pedir que suspenda as suas rela\u00e7\u00f5es comerciais com a empresa papeleira da Indon\u00e9sia Asia Pulp & Paper (APP).<\/p>\n
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A APP tem um curr\u00edculo ambiental repleto de ilegalidades, denunciadas por v\u00e1rias associa\u00e7\u00f5es ecologistas e sociais. Na prov\u00edncia de Riau, na Ilha de Sumatra, a APP converteu florestas de elevado valor para a conserva\u00e7\u00e3o em florestas degradadas e em planta\u00e7\u00f5es de eucaliptos e ac\u00e1cias. Uma parte da sua produ\u00e7\u00e3o de madeira prov\u00e9m de abates ilegais. Entre 1988 e 2005 a cobertura florestal de Riau reduziu de 68% para 33% e a empresa APP \u00e9 a respons\u00e1vel de 29% desta desfloresta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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A den\u00fancia da Greenpeace y Quercus \u00e9 efectuada quando a Comiss\u00e3o Europeia vai promover um processo de consultas sobre as diferentes op\u00e7\u00f5es legislativas existentes para proibir a importa\u00e7\u00e3o de produtos florestais procedentes de abates ilegais.<\/p>\n
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\u201c\u00c9 inadmiss\u00edvel que a UE proponha medidas volunt\u00e1rias para acabar com os abates ilegais; \u00e9 como pedir \u00e0s empresas que paguem impostos voluntariamente. A legalidade deveria ser condi\u00e7\u00e3o pr\u00e9via para qualquer rela\u00e7\u00e3o comercial\u201d declarou Miguel \u00c1ngel Soto, respons\u00e1vel da Campanha de Bosques da Greenpeace-. \u201c<\/p>\n
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A APP \u00e9 um gigante com muitas d\u00edvidas e os seus credores j\u00e1 tomaram medidas legais contra a empresa. A bolsa de Nova Iorque teve que suspender a cotiza\u00e7\u00e3o da empresa. Mas a gest\u00e3o econ\u00f3mica da APP, apesar de ser um aut\u00eantico pesadelo financeiro, permite-lhe vender o papel a pre\u00e7os muito inferiores aos da concorr\u00eancia.<\/p>\n
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Uma investiga\u00e7\u00e3o recente da Greenpeace sobre a presen\u00e7a no mercado espanhol de produtos papeleiros procedentes da destrui\u00e7\u00e3o das florestas da Indon\u00e9sia, revelou que pap\u00e9is fabricados pela empresa papeleira Asia Pulp & Paper (APP) est\u00e3o a ser importados e distribu\u00eddos em Espanha pela empresa IDISA, que pertence ao Grupo Inapa.<\/p>\n
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\u201cA empresa INAPA n\u00e3o pode fechar os olhos quando a APP est\u00e1 a ser denunciada internacionalmente pela destrui\u00e7\u00e3o das florestas da Indon\u00e9sia e por n\u00e3o pagar as d\u00edvidas contra\u00eddas\u201d, declarou H\u00e9lder Sp\u00ednola, presidente da Quercus.<\/p>\n
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Para evitar a destrui\u00e7\u00e3o das florestas da Indon\u00e9sia, \u00e9 fundamental que o sector papeleiro internacional rejeite os produtos da APP. Grandes empresas como Metro (Alemanha), Office Depot (EUA) e Ricoh (Jap\u00e3o) suspenderam nos \u00faltimos anos os contratos que tinham com a APP.<\/p>\n
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Em Espanha, administra\u00e7\u00f5es p\u00fablicas como a Junta de Andaluzia devolveram o papel de escrit\u00f3rio da APP que estava a ser utilizado em algumas das suas depend\u00eancias. O Grupo Editorial Random House Mondadori comunicou ao seu fornecedor de material de escrit\u00f3rio que n\u00e3o quer receber papel de escrit\u00f3rio da empresa papeleira Asia Pulp & Paper, pedindo-lhe tamb\u00e9m que retirasse o papel desta empresa que ainda tinha em sua posse.<\/p>\n
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\u201cA Greenpeace tem vindo a informar numerosas empresas e administra\u00e7\u00f5es p\u00fablicas sobre o que significa consumir papel de APP e a cumplicidade das empresas distribuidoras do Grupo Inapa\u201d declarou Miguel Angel Soto, respons\u00e1vel da Campanha de Bosques da Greenpeace \u201cSe o Grupo Inapa quer deixar de perder clientes tem que mudar a sua pol\u00edtica de fornecimento\u201d.<\/p>\n
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\u201cOs esfor\u00e7os para impedir os abates ilegais n\u00e3o ser\u00e3o efectivos sem que exista uma legisla\u00e7\u00e3o que pro\u00edba a entrada de produtos madeireiros procedentes de origens destrutivas e ilegais\u201d afirmou H\u00e9lder Sp\u00ednola.<\/p>\n
LIsboa, 21 de Dezembro de 2006<\/p>\n
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0 relat\u00f3rio \u201cCr\u00edmen Forestal en la Oficina\u201d exp\u00f5e com maior detalhe a den\u00fancia contra a papeleira APP e pode ser encontrado em:<\/p>\n