{"id":12918,"date":"2021-03-04T18:19:35","date_gmt":"2021-03-04T18:19:35","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=12918"},"modified":"2021-03-04T18:19:35","modified_gmt":"2021-03-04T18:19:35","slug":"emissoes-de-co2-de-novos-automoveis-quercus-elogia-natureza-vinculativa-da-meta-mas-valor-definido-de-130g-km-e-uma-desilusao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/04\/emissoes-de-co2-de-novos-automoveis-quercus-elogia-natureza-vinculativa-da-meta-mas-valor-definido-de-130g-km-e-uma-desilusao\/","title":{"rendered":"Emiss\u00f5es de CO2 de novos autom\u00f3veis | Quercus elogia natureza vinculativa da meta mas valor definido de 130g\/km \u00e9 uma desilus\u00e3o"},"content":{"rendered":"

A Comiss\u00e3o Europeia prop\u00f4s um enfraquecimento de uma meta j\u00e1 com onze anos para os autom\u00f3veis novos apenas cinco dias depois da comunidade cient\u00edfica alertar os pol\u00edticos que era necess\u00e1ria uma ac\u00e7\u00e3o urgente e s\u00e9ria de combate \u00e0s altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas. A Comiss\u00e3o planeia introduzir uma meta vinculativa de emiss\u00e3o de CO2 para novos autom\u00f3veis de 130 g\/km, 10 grama mais do que a meta volunt\u00e1ria de 120 g\/km definida em 1996 para o ano de 2005.<\/b><\/p>\n

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O impacte desta meta enfraquecida \u00e9 de cerca de 100 milh\u00f5es de toneladas de CO2 no per\u00edodo 2012 -2020, o que representa 130% das emiss\u00f5es anuais de Portugal a atingir de acordo com o Protocolo de Quioto entre 2008 e 2012.<\/p>\n

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A proposta ao ter car\u00e1cter vinculativo representa assim um avan\u00e7o, obrigando assim os construtores autom\u00f3veis a encararem legisla\u00e7\u00e3o para melhorar a efici\u00eancia de uso do combust\u00edvel. O an\u00fancio surge na sequ\u00eancia da falha por parte da ind\u00fastria autom\u00f3vel de limitar as emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono de autom\u00f3veis novos ao ritmo que era pressuposto.<\/p>\n

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Francisco Ferreira, da Direc\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus, considera que “O an\u00fancio de hoje reconhece finalmente, com um atraso de dez anos, que tal como na seguran\u00e7a e a outras formas de polui\u00e7\u00e3o dos autom\u00f3veis, \u00e9 necess\u00e1rio fixar metas v\u00e1lidas do ponto de vista legal.\u201d<\/p>\n

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A meta existente para novos autom\u00f3veis definida pela Comiss\u00e3o em 1996\u00a0 era que um novo ve\u00edculo emitisse 120 grama de CO2 por quil\u00f3metro em 2005, o equivalente a consumo de 4,5 litros de gas\u00f3leo ou de 5,0 de gasolina, aos 100 Km. A data limite foi entretanto atrasada para 2010 e agora para 2012. O facto da proposta da Comiss\u00e3o permitir outras medidas por parte de outros agentes (como seja o caso do uso de biocombust\u00edveis e de outras medidas), contando tal para o atingir da meta por parte da ind\u00fastria autom\u00f3vel \u00e9 tamb\u00e9m um enfraquecimento da proposta.<\/p>\n

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Cerca de 18 milh\u00f5es de carros s\u00e3o vendidos anualmente na Europa. O tempo m\u00e9dio de vida de cada carro \u00e9 de 10 anos, pelo que todos os ve\u00edculos ineficientes vendidos este ano ir\u00e3o emitir quantidades elevadas de CO2 nos pr\u00f3ximos anos\u2026<\/p>\n

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“As altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas s\u00e3o um desafio de longo prazo e a ind\u00fastria autom\u00f3vel tamb\u00e9m precisa de um olhar no longo prazo. Uma meta de 80 g\/km em 2020 poder\u00e1 assegurar uma duplica\u00e7\u00e3o da efici\u00eancia numa d\u00e9cada. Est\u00e1 nas m\u00e3os do Parlamento Europeu e dos Primeiros-ministros produzirem uma solu\u00e7\u00e3o desta natureza.” disse Francisco Ferreira.<\/p>\n

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Portugal foi em 2005 o pa\u00eds da Uni\u00e3o Europeia onde os novos ve\u00edculos autom\u00f3veis vendidos emitem em m\u00e9dia menos di\u00f3xido de carbono por quil\u00f3metro; redu\u00e7\u00e3o de 1% nas emiss\u00f5es entre 2004 e 2005 pode e deve ser ainda melhorada<\/p>\n

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No que respeita a Portugal, os dados revelam que o nosso pa\u00eds no quadro da Uni\u00e3o Europeia (dos quinze) \u00e9 aquele em que a m\u00e9dia das emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono associada aos ve\u00edculos novos vendidos \u00e9 menor: 145 g\/ CO2 por quil\u00f3metro. Tal deve-se aos elevados custos dos ve\u00edculos e \u00e0 sua manuten\u00e7\u00e3o face ao poder de compra (conduzindo \u00e0 aquisi\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos mais pequenos e econ\u00f3micos), acabando por ser uma vantagem ambiental. Infelizmente esta vantagem \u00e9 pouco aproveitada, porque depois o n\u00famero de quil\u00f3metros percorridos \u00e9 muito elevado. Em compara\u00e7\u00e3o com os outros quinze pa\u00edses da Uni\u00e3o Europeia, Portugal foi no entanto apenas o 10\u00ba melhor pa\u00eds em termos de redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es associadas aos ve\u00edculos novos entre 2004 e 2005 (cerca de 1% de redu\u00e7\u00e3o).<\/p>\n

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\u201cNuma altura em que o pre\u00e7o do petr\u00f3leo atinge recordes e as metas do Protocolo de Quioto est\u00e3o bem longe de serem cumpridas por Portugal, \u00e9 fundamental que a ind\u00fastria autom\u00f3vel, os consumidores, e o governo atrav\u00e9s da pol\u00edtica fiscal e de incentivo ao transporte p\u00fablico assumam as suas responsabilidades nesta mat\u00e9ria\u201d disse Francisco Ferreira.<\/p>\n

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Lisboa, 7 de Fevereiro de 2007<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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