{"id":12898,"date":"2021-03-04T18:16:01","date_gmt":"2021-03-04T18:16:01","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=12898"},"modified":"2021-03-04T18:16:01","modified_gmt":"2021-03-04T18:16:01","slug":"dia-mundial-da-agua-mais-de-44-dos-rios-portugueses-com-ma-qualidade","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/04\/dia-mundial-da-agua-mais-de-44-dos-rios-portugueses-com-ma-qualidade\/","title":{"rendered":"Dia Mundial da \u00c1gua | Mais de 44% dos rios portugueses com m\u00e1 qualidade"},"content":{"rendered":"

Hoje comemora-se o Dia Mundial da \u00c1gua, este ano dedicado internacionalmente \u00e0 escassez de \u00e1gua e \u00e0 capacidade de enfrentar esse problema. O aumento do consumo, a diminui\u00e7\u00e3o da qualidade da \u00e1gua e o fen\u00f3meno das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas conduzem a uma diminui\u00e7\u00e3o dos recursos h\u00eddricos dispon\u00edveis, uma situa\u00e7\u00e3o preocupante que \u00e9 urgente alterar<\/b><\/p>\n

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\u00c1guas superficiais com problemas de qualidade<\/b><\/p>\n

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De acordo com o Sistema Nacional de Informa\u00e7\u00e3o de Recursos H\u00eddricos (www.inag.pt<\/a>), mais de 44% dos recursos h\u00eddricos superficiais monitorizados tem qualidade m\u00e1 ou muito m\u00e1 e cerca de 36% \u00e9 apenas razo\u00e1vel. Esta situa\u00e7\u00e3o p\u00f5e em causa a utiliza\u00e7\u00e3o dos recursos h\u00eddricos, principalmente em caso de seca, e decorre das graves defici\u00eancias no tratamento de \u00e1guas residuais.<\/p>\n

A qualidade das \u00e1guas superficiais portuguesas tem vindo a deteriorar-se nos \u00faltimos anos. Em 2003, mais de 25% dos rios tinham boa qualidade de \u00e1gua e em 2004 eram mais de 35%; no entanto, em 2005, a percentagem de rios com \u00e1gua considerada de boa qualidade diminuiu para cerca de 19%. Em 2004, 1% dos rios portugueses apresentavam \u00e1gua de excelente qualidade, mas em 2005 voltou a 0%. A \u00e1gua de qualidade muito m\u00e1 aumentou de 10,8% em 2003 para 23,5% em 2005. A \u00e1gua de qualidade razo\u00e1vel atingia mais de 41% em 2003, diminuindo para 38% em 2004 e para apenas 31% em 2005, tendo aumentado a percentagem de \u00e1gua com muito m\u00e1 qualidade.<\/p>\n

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Tratamento inadequado das \u00e1guas residuais<\/b><\/p>\n

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Apesar de se ter assistido a um not\u00e1vel progresso em termos de recolha e tratamento de \u00e1guas residuais, ainda se assiste a situa\u00e7\u00f5es de munic\u00edpios, interiores ou da faixa litoral, que n\u00e3o disp\u00f5em das infra-estruturas adequadas, nem em qualidade, nem em quantidade suficiente para recolherem e tratarem os seus efluentes dom\u00e9sticos e industriais, descarregando-os, em muitos casos, directamente nas linhas de \u00e1gua ou no oceano, sem tratamento pr\u00e9vio.<\/p>\n

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A Inspec\u00e7\u00e3o-geral do Ambiente (IGA) inspeccionou 56 ETAR\u2019s em 2004 e, destas, 10% ainda efectuavam apenas tratamento preliminar ou prim\u00e1rio, descarregando posteriormente a \u00e1gua para o meio natural sem o tratamento adequado. Para a maioria dos efluentes descarregados no ambiente, 52% n\u00e3o possu\u00eda licen\u00e7a de descarga emitida, observando-se a exist\u00eancia dessa licen\u00e7a v\u00e1lida em 46% dos casos. O mesmo trabalho da IGA concluiu que 18% das ETAR\u2019s de Portugal encontravam-se em mau estado de conserva\u00e7\u00e3o. Apenas 3% das \u00e1guas residuais tratadas s\u00e3o reutilizadas para rega de espa\u00e7os verdes urbanos, limpeza de arruamentos ou de equipamentos ou mesmo na agricultura; os restantes 97% s\u00e3o descarregados para o meio natural.<\/p>\n

Um relat\u00f3rio da Comiss\u00e3o Europeia datado de 2004 relativo \u00e0 aplica\u00e7\u00e3o da Directiva 91\/271\/CEE do Conselho, de 21 de Maio de 1991, aponta que Portugal n\u00e3o trata de forma adequada mais de 60% das suas \u00e1guas residuais.<\/p>\n

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Lisboa, 21 de Mar\u00e7o de 2007<\/p>\n

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