O primeiro-ministro anunciou hoje a decis\u00e3o preliminar de construir o Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete adiantando ainda que a op\u00e7\u00e3o do governo para a nova travessia do Tejo incluir\u00e1 o modo rodovi\u00e1rio.<\/b><\/p>\n
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A Quercus considera importante e essencial a realiza\u00e7\u00e3o da Avalia\u00e7\u00e3o Ambiental Estrat\u00e9gica anunciada mas recorda que a mesma para ser consequente e adequada n\u00e3o dever\u00e1 debru\u00e7ar-se apenas sobre a decis\u00e3o preliminar do governo mas dever\u00e1 incluir as v\u00e1rias op\u00e7\u00f5es que t\u00eam sido referidas nos \u00faltimos tempos: Alcochete, Ota, Portela + Alcochete, Portela + Montijo e a op\u00e7\u00e3o zero (Portela). A Avalia\u00e7\u00e3o Ambiental anunciada pelo governo n\u00e3o pode servir apenas para cumprir uma mera formalidade perante a lei ou a Comiss\u00e3o Europeia mas antes dever\u00e1 ser um instrumento essencial para a participa\u00e7\u00e3o p\u00fablica e decis\u00e3o final a tomar.<\/p>\n
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No que \u00e0 ponte Chelas-Barreiro diz respeito a Quercus entende que a mesma deveria ser apenas ferrovi\u00e1ria mesmo que ficasse preparada para uma componente rodovi\u00e1ria a longo prazo, pelas seguintes raz\u00f5es:<\/p>\n
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Mais estruturante: em termos de ordenamento do territ\u00f3rio, rede de transportes \/ acessibilidades e custos, a op\u00e7\u00e3o exclusivamente ferrovi\u00e1ria \u00e9 a mais estruturante para a Pen\u00ednsula de Set\u00fabal no quadro regional e da \u00c1rea Metropolitana de Lisboa porque consonante com uma pol\u00edtica de aposta no transporte colectivo de melhor qualidade (comboio versus barco, na actualidade), em detrimento do transporte individual, com objectivos ambientais mais exigentes e consignados nos instrumentos de planeamento e gest\u00e3o territorial;<\/p>\n
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Mais compat\u00edvel com diversas exig\u00eancias ambientais: a cidade de Lisboa apresenta n\u00edveis de qualidade do ar muito longe do cumprimento da legisla\u00e7\u00e3o nacional e comunit\u00e1ria cuja principal causa \u00e9 o tr\u00e1fego rodovi\u00e1rio; a cidade de Lisboa apresenta igualmente n\u00edveis de congestionamento de tr\u00e1fego incompat\u00edveis com uma maior oferta proporcionada por uma nova travessia e que causaria um agravamento grave de diversos problemas ambientais como por exemplo o ru\u00eddo; o Barreiro apresenta igualmente alguns problemas de polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica com contribui\u00e7\u00e3o do tr\u00e1fego autom\u00f3vel; acresce ainda o compromisso do pa\u00eds no cumprimento do Protocolo de Quioto que implica a redu\u00e7\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o aos n\u00edveis actuais das emiss\u00f5es de gases de efeito de estufa onde o sector do transporte rodovi\u00e1rio assume a maior frac\u00e7\u00e3o e aumento.<\/p>\n
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Melhoria \/ refor\u00e7o de acessos rodovi\u00e1rios \u00e9 poss\u00edvel, desej\u00e1vel e \u00e0 partida com menores custos: a melhoria \/ refor\u00e7o das acessibilidades rodovi\u00e1rias do eixo Montijo \/ Barreiro ao longo do arco ribeirinho encaminhando o tr\u00e1fego para a Ponte Vasco da Gama que tem inclusive capacidade de expans\u00e3o (o recurso \u00e0 Ponte 25 de Abril \u00e9 pouco significativo), ser\u00e1 provavelmente mais barata e estruturante no quadro de uma liga\u00e7\u00e3o intraregional do que a incorpora\u00e7\u00e3o de uma componente rodovi\u00e1ria na ponte.<\/p>\n
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Menor depend\u00eancia energ\u00e9tica: o transporte p\u00fablico ferrovi\u00e1rio ao contr\u00e1rio do transporte rodovi\u00e1rio, predominantemente individual, \u00e9 um transporte que apresenta menores consumos energ\u00e9ticos e n\u00e3o apresenta emiss\u00f5es directas de poluentes para a atmosfera e enquadra-se numa filosofia de mobilidade sustent\u00e1vel.<\/p>\n
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Condicionalismos nos interfaces de liga\u00e7\u00e3o rodovi\u00e1ria em cada uma das margens: o s\u00edtio de atravessamento e em particular os locais de amarra\u00e7\u00e3o da ponte quer na zona de Chelas em Lisboa, quer no Barreiro, ter\u00e3o muito provavelmente problemas de acesso e distribui\u00e7\u00e3o do tr\u00e1fego.<\/p>\n
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Lisboa, 10 de Janeiro de 2008<\/p>\n
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