{"id":12375,"date":"2021-03-04T16:46:19","date_gmt":"2021-03-04T16:46:19","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=12375"},"modified":"2021-03-04T16:46:19","modified_gmt":"2021-03-04T16:46:19","slug":"portugal-em-2007-8-acima-do-limite-de-quioto-35-acima-do-ano-base-de-1990-renovaveis-representaram-38-da-producao-de-electricidade-em-2008-2","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/04\/portugal-em-2007-8-acima-do-limite-de-quioto-35-acima-do-ano-base-de-1990-renovaveis-representaram-38-da-producao-de-electricidade-em-2008-2\/","title":{"rendered":"Portugal em 2007, 8% acima do limite de Quioto, 35% acima do ano base de 1990 | Renov\u00e1veis representaram 38% da produ\u00e7\u00e3o de electricidade em 2008"},"content":{"rendered":"

A Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza analisou os dados relativos \u00e0s emiss\u00f5es de gases de efeito de estufa (GEE) de Portugal no ano de 2007, dispon\u00edveis num s\u00edtio internet da Uni\u00e3o Europeia (<\/b><\/b>http:\/\/cdr.eionet.europa.eu<\/a><\/b>\/).\u00a0No ano de 2007 as emiss\u00f5es de gases de efeito de estufa atingiram cerca de 80,2 milh\u00f5es de toneladas (sem se considerar o uso do solo, altera\u00e7\u00e3o de uso do solo e floresta). Tal significa uma emiss\u00e3o per capita de aproximadamente 8 toneladas\/ano. Os dados de 2007 agora conhecidos apontam para 35% de emiss\u00f5es de GEE acima de 1990, 8% acima do limite fixado pelo Protocolo de Quioto.<\/b><\/p>\n

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Tal representa um decr\u00e9scimo de emiss\u00f5es em rela\u00e7\u00e3o a 2006 de aproximadamente 3 milh\u00f5es de toneladas de di\u00f3xido de carbono equivalente, ou seja, uma redu\u00e7\u00e3o de 5% em rela\u00e7\u00e3o ao ano base de 1990 e de 3,5% em rela\u00e7\u00e3o ao ano anterior.<\/p>\n

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Os dados agora divulgados continuam a mostrar a dificuldade de Portugal em cumprir o Protocolo de Quioto, cuja meta de 27% de aumento de emiss\u00f5es em rela\u00e7\u00e3o a 1990, est\u00e1 j\u00e1 em vigor desde Janeiro de 2008 e tem de ser respeitada para o per\u00edodo 2008-2012.<\/p>\n

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Os factos mais salientes relacionados com esta diminui\u00e7\u00e3o s\u00e3o os seguintes:<\/b><\/p>\n

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2007 foi um ano mais seco que 2006 (o total da produ\u00e7\u00e3o de electricidade de origem h\u00eddrica foi inferior em 1100 GWh); por\u00e9m, a produ\u00e7\u00e3o de electricidade de origem e\u00f3lica aumentou exactamente na mesma ordem de grandeza, 1100 GWh, sendo que o total de electricidade renov\u00e1vel aumentou 200 GWh entre 2006 e 2007;<\/p>\n

verificou-se uma redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de 2,4 milh\u00f5es de toneladas na produ\u00e7\u00e3o de electricidade \u00e0 custa principalmente do uso de centrais t\u00e9rmicas mais eficientes (ciclo combinado a g\u00e1s natural), em detrimento do recurso ao carv\u00e3o \u2013 as emiss\u00f5es da central t\u00e9rmica de Sines decresceram 1,5 milh\u00f5es de toneladas (menos 17% em rela\u00e7\u00e3o a 2006);<\/p>\n

o clima ameno durante 2007 permitiu que o aumento do consumo de electricidade fosse de apenas 0,4% em rela\u00e7\u00e3o a 2006;<\/p>\n

o sector dos transportes, apesar do aumento significativo de pre\u00e7os de gas\u00f3leo e gasolina, sofreu um decr\u00e9scimo de emiss\u00f5es de apenas 250 mil toneladas de di\u00f3xido de carbono (menos 1,3% que em 2006).<\/p>\n

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De acordo com o \u00faltimo relat\u00f3rio de monitoriza\u00e7\u00e3o do Programa Nacional para as Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas (PNAC), em 45 medidas, apenas 9 estavam conformes ou a superar o previsto. A Quercus tem vindo a insistir na incapacidade de implementa\u00e7\u00e3o de muitas ac\u00e7\u00f5es do PNAC para a redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es no pa\u00eds, em particular na \u00e1rea do transporte rodovi\u00e1rio, com uma pol\u00edtica que continua a passar pela constru\u00e7\u00e3o de mais estradas e auto-estradas e favorecimento claro do autom\u00f3vel, em detrimento de uma mobilidade mais sustent\u00e1vel para passageiros e mercadorias.<\/p>\n

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Percentagem de electricidade de origem renov\u00e1vel atingiu 38% em 2008<\/b><\/p>\n

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A Quercus, atrav\u00e9s dos dados das Estat\u00edsticas R\u00e1pidas da Direc\u00e7\u00e3o Geral de Energia e Geologia concluiu que Portugal atingiu em 2008, 38,1% de electricidade de origem renov\u00e1vel. Tratou-se de um ano seco, com uma quebra da ordem dos 30% em rela\u00e7\u00e3o a 2007 da produ\u00e7\u00e3o h\u00eddrica, tendo por\u00e9m a produ\u00e7\u00e3o de origem e\u00f3lica aumentado 42%, representando 38,3% do total de electricidade renov\u00e1vel produzida. O peso real da electricidade de origem renov\u00e1vel foi assim de apenas 27,8%, sendo que a Quercus efectuou uma correc\u00e7\u00e3o por n\u00f3s considerada leg\u00edtima, isto \u00e9, corrigiu-se a produ\u00e7\u00e3o de origem h\u00eddrica que sofre oscila\u00e7\u00f5es grandes interanuais para um ano m\u00e9dio (\u00edndice de produtibilidade hidr\u00e1ulica (IPH) = 1) e assim de 27,8% passou-se para um valor final de 38,1%.<\/p>\n

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O valor habitualmente publicitado pelo Governo Portugu\u00eas, invocando de forma question\u00e1vel para Quercus a Directiva comunit\u00e1ria relativa \u00e0s energias renov\u00e1veis, sofre uma dupla correc\u00e7\u00e3o, e foi de 43,3% para o ano de 2008.<\/p>\n

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Lisboa, 16 de Mar\u00e7o de 2009<\/p>\n

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A Direc\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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