A Plataforma das organiza\u00e7\u00f5es ambientalistas Quercus, MPI \u2013 Movimento Pr\u00f3-Informa\u00e7\u00e3o para a Cidadania e Ambiente e ADAL \u2013 Associa\u00e7\u00e3o de Defesa do Ambiente de Loures, vem hoje divulgar publicamente que o Minist\u00e9rio do Ambiente apoiou a fus\u00e3o entre a Valorsul e a Resioeste desconhecendo que a Valorsul n\u00e3o tem capacidade para incinerar os res\u00edduos da Resioeste.<\/b><\/p>\n
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A prova disto est\u00e1 no facto de que depois de ser v\u00e1rias vezes solicitado a esclarecer esta situa\u00e7\u00e3o, o Minist\u00e9rio nunca soube responder, o que agora se compreende, uma vez que os dados constantes no Relat\u00f3rio de Sustentabilidade da Valorsul indicam claramente que desde 2002 que o incinerador daquela empresa n\u00e3o tem capacidade para incinerar todos os res\u00edduos dos munic\u00edpios servidos pela Valorsul, pelo que n\u00e3o poder\u00e1 receber os res\u00edduos da Resioeste.<\/p>\n
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Portanto, o Minist\u00e9rio ou ignorava esta situa\u00e7\u00e3o, o que \u00e9 grave, ou mais grave ainda procurou esconder essa realidade quando questionado sobre este assunto.<\/p>\n
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Os dados s\u00e3o demasiado esclarecedores para sequer merecerem qualquer tipo de discuss\u00e3o. A Valorsul desde 2002 que envia grandes quantidades de res\u00edduos para aterro o que demonstra claramente a incapacidade do incinerador (valores em milhares de toneladas de res\u00edduos):<\/p>\n
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Os dados de 2008 n\u00e3o est\u00e3o dispon\u00edveis e o Minist\u00e9rio do Ambiente tamb\u00e9m os desconhece.<\/p>\n
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A Valorsul em comunicado da semana passada disse que apenas nos \u00faltimos dois anos \u00e9 que o incinerador n\u00e3o teve capacidade, o que \u00e9 uma informa\u00e7\u00e3o incompleta, uma vez que segundo o Relat\u00f3rio de Sustentabilidade, pelo menos desde 2002 que o incinerador n\u00e3o d\u00e1 conta do recado.<\/p>\n
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A Valorsul disse tamb\u00e9m que em 2010 vai poder incinerar 613 mil toneladas, valor que nunca conseguiu incinerar, pelo que facilmente se conclui que essa afirma\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 de todo cred\u00edvel.<\/p>\n
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A falta de transpar\u00eancia com que este processo tem sido conduzido, com estudos que suscitam as maiores d\u00favidas quanto ao rigor dos dados, ao equil\u00edbrio das an\u00e1lises e \u00e0 boa f\u00e9 das conclus\u00f5es, numa conduta que escamoteia, junto das popula\u00e7\u00f5es e das associa\u00e7\u00f5es de ambiente, o que est\u00e1 verdadeiramente em causa, faz com que estejamos cada vez mais certos da pertin\u00eancia das quest\u00f5es que t\u00eam vindo a ser colocadas pela Plataforma.<\/p>\n
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Esta conduta de falta de transpar\u00eancia que se tem verificado ao longo de todo o processo constitui uma viola\u00e7\u00e3o da Lei 19\/2006, de 12 de Junho, no que respeita ao direito de acesso \u00e0 informa\u00e7\u00e3o sobre ambiente detida pelas autoridades p\u00fablicas ou em seu nome, e \u00e0 garantia de que a informa\u00e7\u00e3o sobre ambiente \u00e9 divulgada e disponibilizada ao p\u00fablico.<\/p>\n
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A Plataforma espera agora uma resposta da parte do Minist\u00e9rio do Ambiente que tem tido nos \u00faltimos meses um sil\u00eancio \u201censurdecedor\u201d sobre este assunto.<\/p>\n
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Loures, 19 de Agosto de 2009<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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