A Plataforma das organiza\u00e7\u00f5es ambientalistas Quercus, MPI \u2013 Movimento Pr\u00f3-Informa\u00e7\u00e3o para a Cidadania e Ambiente e ADAL \u2013 Associa\u00e7\u00e3o de Defesa do Ambiente de Loures, na sequ\u00eancia da recolha de informa\u00e7\u00e3o obtida nos \u00faltimos dias vem alertar os autarcas do Cadaval para os s\u00e9rios riscos que o aterro do Oeste corre de vir a receber mais res\u00edduos nos pr\u00f3ximos anos, na sequ\u00eancia do modelo previsto na fus\u00e3o entre a Valorsul e a Resioeste.<\/b><\/p>\n
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A Plataforma pede pois aos autarcas do Cadaval (Presidente, Vereadores e membros da Assembleia Municipal) que ponderem seriamente a sua posi\u00e7\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o ao processo de fus\u00e3o, uma vez que estar\u00e3o a tempo de impedir uma decis\u00e3o errada por parte da C\u00e2mara Municipal, a qual ainda n\u00e3o tomou uma decis\u00e3o sobre este assunto.<\/p>\n
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Os factos preocupantes:<\/b><\/p>\n
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1 \u2013 Res\u00edduos n\u00e3o v\u00e3o ser reciclados<\/b><\/p>\n
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O modelo t\u00e9cnico da fus\u00e3o prev\u00ea que a generalidade dos res\u00edduos da actual Resioeste n\u00e3o sofram qualquer tipo de tratamento que vise a reciclagem e sejam enviados directamente para aterro ou incinera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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A Plataforma defende que deveria ser instalado na Resioeste um sistema de Tratamento Mec\u00e2nico e Biol\u00f3gico (TMB), como j\u00e1 existe noutras partes do pa\u00eds que permite taxas de reciclagem entre 60 a 80%, anulando assim o risco de terem de ser enviadas grandes quantidades de res\u00edduos para o aterro do Oeste por falta de capacidade do incinerador da Valorsul.<\/p>\n
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O TMB \u00e9 composto por um tratamento mec\u00e2nico que permite separar grande parte dos recicl\u00e1veis (pl\u00e1stico, vidro, metal e cart\u00e3o) e por um tratamento biol\u00f3gico que transforma os res\u00edduos org\u00e2nicos em composto, gerando postos de trabalho e riqueza a n\u00edvel local.<\/p>\n
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O Minist\u00e9rio do Ambiente tem recusado esta solu\u00e7\u00e3o para o Oeste, embora a tenha aceite para outros pontos do pa\u00eds.<\/p>\n
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A Plataforma aproveita esta oportunidade para esclarecer que a acusa\u00e7\u00e3o que o Minist\u00e9rio fez \u00e0 Plataforma de querer que os res\u00edduos v\u00e3o para o aterro do Oeste, \u00e9 totalmente falsa, uma vez que quer a Plataforma, quer as associa\u00e7\u00f5es que a constituem sempre defenderam o Tratamento Mec\u00e2nico e Biol\u00f3gico na Resioeste, exactamente para reduzir substancialmente os res\u00edduos a colocar em aterro.<\/p>\n
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2 \u2013 Incinerador da Valorsul n\u00e3o tem capacidade excedent\u00e1ria<\/b><\/p>\n
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A Plataforma j\u00e1 demonstrou esta semana que o incinerador da Valorsul nunca teve capacidade para tratar todos os res\u00edduos daqueles munic\u00edpios, caso contr\u00e1rio n\u00e3o teria entre 2002 e 2007 enviado para aterro entre 144 mil e 228 mil toneladas de res\u00edduos.<\/p>\n
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Assim ser\u00e1 imposs\u00edvel \u00e0quele incinerador receber as 80 mil toneladas de res\u00edduos que seriam enviadas pela Resioeste.<\/p>\n
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3 \u2013 Minist\u00e9rio do Ambiente responde \u00e0 Plataforma<\/b><\/p>\n
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O Minist\u00e9rio do Ambiente, ap\u00f3s v\u00e1rias insist\u00eancias, respondeu finalmente \u00e0 Plataforma apresentado dados referentes a 2008 que indicam que uma das linhas de incinera\u00e7\u00e3o teve 24 paragens, o que obrigou a enviar grandes quantidades de res\u00edduos para aterro.<\/p>\n
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O Minist\u00e9rio tamb\u00e9m admitiu que desde 2002 o incinerador j\u00e1 teve graves problemas em tr\u00eas anos (2004, 2007 e 2008), sendo a Valorsul obrigada a enviar nesses anos cerca de 200 mil toneladas de res\u00edduos para aterro.<\/p>\n
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4 \u2013 Resioeste apresentou Estudo de Impacte Ambiental para aumentar deposi\u00e7\u00e3o de res\u00edduos no aterro<\/b><\/p>\n
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A prova decisiva de que nem a Resioeste, nem o Minist\u00e9rio do Ambiente acreditam na exist\u00eancia de capacidade excedent\u00e1ria no incinerador da Valorsul \u00e9 o facto do Minist\u00e9rio se preparar para aprovar um Estudo de Impacte Ambiental apresentado pelo Resioeste que prev\u00ea aumentar ainda mais os res\u00edduos a colocar no aterro do Oeste.<\/p>\n
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Duas associa\u00e7\u00f5es constituintes da Plataforma (MPI e Quercus) contestaram esse estudo exactamente porque ir\u00e1 permitir a eterniza\u00e7\u00e3o da deposi\u00e7\u00e3o de res\u00edduos no aterro, eliminando logo \u00e0 partida a possibilidade de instala\u00e7\u00e3o do Tratamento Mec\u00e2nico e Biol\u00f3gico.<\/p>\n
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5 \u2013 Projecto de fus\u00e3o prev\u00ea que res\u00edduos da Valorsul possam ir para aterro do Oeste<\/b><\/p>\n
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Na \u00faltima vers\u00e3o (Fevereiro de 2009) do documento t\u00e9cnico que serve de justifica\u00e7\u00e3o \u00e0 fus\u00e3o, \u00e9 referido que o aterro do Oeste vai funcionar como \u201cfus\u00edvel\u201d do sistema, o que em termos t\u00e9cnicos significa que pode vir a receber res\u00edduos da zona da Valorsul, caso o incinerador venha a ter problemas. Ora como essa situa\u00e7\u00e3o \u00e9 recorrente naquele incinerador, como o comprovam os quantitativos enviados para aterro, a probabilidade do aterro do Oeste receber res\u00edduos da Valorsul \u00e9 muito grande.<\/p>\n
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Com efeito, para a Valorsul, uma das grandes vantagens desta proposta de fus\u00e3o \u00e9 ter mais um aterro onde despejar os muitos res\u00edduos que n\u00e3o consegue incinerar, ou mesmo as cinzas perigosas resultantes do processo de queima de res\u00edduos.<\/p>\n
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Cadaval, 21 de Agosto de 2009<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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