A Rede Europeia de Ac\u00e7\u00e3o Clim\u00e1tica, coliga\u00e7\u00e3o de organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o-governamentais de ambiente nas \u00e1reas do clima e energia da qual a Quercus faz parte, publicou ontem um relat\u00f3rio preparado pela \u201cPoint Carbon\u201d com resultados dram\u00e1ticos sobre actual proposta de redu\u00e7\u00e3o de gases de efeito de estufa. Este relat\u00f3rio conclui que as metas actuais em discuss\u00e3o para Copenhaga, em combina\u00e7\u00e3o com o excedente de emiss\u00f5es do per\u00edodo de comprometimento de Quioto, ir\u00e3o conseguir apenas mais 1% na redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es, comparativamente ao que foi aprovado em Quioto h\u00e1 12 anos.<\/b><\/p>\n
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Este dado torna-se mais relevante se pensarmos que o objectivo de um eventual futuro Acordo \u00e9 passar de uma redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de gases de efeito de estufa nos pa\u00edses desenvolvidos de 5,2% (entre 1990 e 2008-2012 \u2013 Protocolo de Quioto) para 25% a 40% (de prefer\u00eancia este \u00faltimo valor), entre 1990 e 2020. O relat\u00f3rio prev\u00ea ainda a continuidade do excedente de direitos de emiss\u00f5es ou \u201car quente\u201d que podem amea\u00e7ar a integridade do novo acordo clim\u00e1tico.<\/p>\n
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Hoje e amanh\u00e3 os l\u00edderes europeus estar\u00e3o reunidos em Bruxelas de modo a definir o mandato europeu para a cimeira de Copenhaga sobre o excedente de emiss\u00f5es de alguns pa\u00edses abrangidos pelo Protocolo de Quioto.<\/p>\n
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\u201cDevido a todos estes direitos de emiss\u00e3o considerados como ar quente, combinados com o fraco n\u00edvel de redu\u00e7\u00e3o actual proposto pelos pa\u00edses desenvolvidos, vamos assistir a um decr\u00e9scimo quase nulo das emiss\u00f5es depois de 2012\u201d, disse Matthias Duwe, Director da Rede de Ac\u00e7\u00e3o Clim\u00e1tica Europa.<\/p>\n
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A continuidade dos direitos de emiss\u00e3o at\u00e9 2020 ir\u00e1 resultar num decr\u00e9scimo de emiss\u00f5es de apenas 6%, em claro contraste com a meta de 25-40%, que os cientistas dizem ser necess\u00e1ria para evitar os potenciais perigos das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas.<\/p>\n
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\u201cOs l\u00edderes europeus t\u00eam de dar um passo em frente e acabar com este perigoso ponto como parte do mandato europeu das negocia\u00e7\u00f5es para Copenhaga\u201d, afirmou Francisco Ferreira, da Quercus. \u201cAs ONG querem tamb\u00e9m que a UE aumente o seu n\u00edvel de ambi\u00e7\u00e3o de redu\u00e7\u00e3o dos actuais 20% para uma meta consistente com o que os cientistas dizem ser necess\u00e1rio\u201d, acrescentou.<\/p>\n
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Este relat\u00f3rio apresenta um conjunto de op\u00e7\u00f5es no sentido de inspirar os l\u00edderes europeus a tomar decis\u00f5es em consci\u00eancia sobre a melhor forma de lidar com os direitos de emiss\u00e3o excedent\u00e1rios e salvaguardar a for\u00e7a de preserva\u00e7\u00e3o ambiental necess\u00e1ria em Copenhaga.<\/p>\n
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Lisboa, 29 de Outubro de 2009<\/p>\n
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A Direc\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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