– Plano para o Uso Eficiente da \u00c1gua continua na gaveta;<\/b><\/p>\n
– Quem distribui \u00e1gua N\u00c3O est\u00e1 interessado na poupan\u00e7a;<\/b><\/p>\n
– Quercus quer que regulador imponha metas;<\/b><\/p>\n
No Dia Nacional da \u00c1gua, a Quercus vem lembrar que o Programa Nacional para o Uso Eficiente da \u00c1gua (PNUEA), aprovado em 2005 pela Resolu\u00e7\u00e3o de Conselho de Ministros n\u00ba 113\/2005 de 30 de Junho, continua sem ser aplicado, ou seja, continua \u201cna gaveta\u201d h\u00e1 demasiado tempo.<\/b><\/p>\n
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Um conjunto de medidas de poupan\u00e7a que foram devidamente listadas e avaliadas deveriam estar j\u00e1 h\u00e1 alguns anos em aplica\u00e7\u00e3o nos sectores da agricultura (o maior consumidor e com maior desperd\u00edcio), do abastecimento de \u00e1gua de consumo humano e da ind\u00fastria. As ac\u00e7\u00f5es s\u00e3o fundamentais para reduzir os custos das entidades e dos consumidores e deviam fazer parte de uma estrat\u00e9gia de desenvolvimento sustent\u00e1vel do pa\u00eds e de uma melhor prepara\u00e7\u00e3o para \u00e9pocas de seca.<\/p>\n
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O abastecimento de \u00e1gua \u00e0s popula\u00e7\u00f5es corresponde a 8% do consumo total nacional, mas representa 46% dos custos efectivos de produ\u00e7\u00e3o de \u00e1gua. Para este sector, o PNUEA prev\u00ea um aumento da efici\u00eancia na utiliza\u00e7\u00e3o de 20% em 10 anos, correspondendo a uma poupan\u00e7a estimada em 160 milh\u00f5es de metros c\u00fabicos por ano. No entanto, com a n\u00e3o aplica\u00e7\u00e3o do programa, n\u00e3o h\u00e1 dados sobre a efici\u00eancia no consumo, dados esses que permitiriam a selec\u00e7\u00e3o das medidas mais adequadas e com melhor efici\u00eancia de custo.<\/p>\n
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Ap\u00f3s um conjunto de contactos estabelecidos pela Quercus nos \u00faltimos meses junto das entidades que distribuem \u00e1gua, quer em alta (das capta\u00e7\u00f5es aos munic\u00edpios), quer em baixa (recep\u00e7\u00e3o em alta ou capta\u00e7\u00e3o e distribui\u00e7\u00e3o junto do consumidor), comprovou-se a exist\u00eancia de muitos problemas de financiamento dos sistemas. Juntando a este factor o pre\u00e7o baixo da agua em muito casos, o que verdadeiramente parece desejar-se \u00e9 que se consuma cada vez mais.<\/p>\n
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S\u00f3 com um pre\u00e7o justo e equilibrado \u00e0 escala do pa\u00eds e metas de consumo (ou efici\u00eancia) obrigat\u00f3rias estabelecidas desde j\u00e1 pela entidade reguladora (ERSAR) para a distribui\u00e7\u00e3o em alta e em baixa, poderemos ter os resultados esperados em termos de poupan\u00e7a \/ efici\u00eancia na \u00e1gua para consumo humano, para que n\u00e3o se subvertam os objectivos de uso racional que dever\u00e3o ser priorit\u00e1rios.<\/p>\n
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No que respeita \u00e0 reutiliza\u00e7\u00e3o, a Quercus aproveita para lembrar o qu\u00e3o longe ainda estamos do objectivo presente no Plano Estrat\u00e9gico de Abastecimento de \u00c1gua e de Saneamento de \u00c1guas Residuais de se atingir pelo menos 10% de reutiliza\u00e7\u00e3o das \u00e1guas residuais tratadas at\u00e9 2013.<\/p>\n
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Reportagens SIC\/Quercus mostram falhas na desinfec\u00e7\u00e3o da \u00e1gua de beber<\/b><\/p>\n
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A 1 de Outubro, dia em que s\u00e3o divulgados os dados da qualidade da \u00e1gua de consumo humano transmitidos pelas entidades distribuidoras \u00e0 Entidade Reguladora dos Servi\u00e7os de \u00c1guas e Res\u00edduos relativos ao ano de 2009, a SIC e a Quercus iniciam tamb\u00e9m a divulga\u00e7\u00e3o de um trabalho sobre esta mat\u00e9ria desenvolvido em todo o pa\u00eds nos \u00faltimos meses.<\/p>\n
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Atrav\u00e9s de reportagens no \u201cJornal da Noite\u201d (j\u00e1 dia 1 de Outubro) e da \u201cGrande Reportagem\u201d (domingo, 3 de Outubro, ap\u00f3s o \u201cJornal da Noite\u201d), ser\u00e1 apresentada a realidade de muitas povoa\u00e7\u00f5es que se recusam a beber \u00e1gua da torneira, que usam \u00e1gua canalizada em excesso para regar e ainda que t\u00eam riscos para sa\u00fade p\u00fablica dada a insuficiente ou excessiva desinfec\u00e7\u00e3o da \u00e1gua. Ap\u00f3s mais de 130 an\u00e1lises realizadas e da visita a in\u00fameros sistemas de distribui\u00e7\u00e3o, a situa\u00e7\u00e3o nalgumas aldeias e vilas revelou grandes debilidades em termos de potencial contamina\u00e7\u00e3o microbiol\u00f3gica. Por\u00e9m, tamb\u00e9m foram identificadas insufici\u00eancias em grandes sistemas, revelando a necessidade de uma inspec\u00e7\u00e3o mais actuante: por um lado, que v\u00e1 mais al\u00e9m do auto-controlo comunicado por quem distribui a \u00e1gua a casa; por outro, que aproxime as diferen\u00e7as entre os resultados de muito elevado cumprimento da legisla\u00e7\u00e3o verificados nos relat\u00f3rios nacionais e a realidade que parece, nalgumas situa\u00e7\u00f5es, ser pior.<\/p>\n
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Quando um litro de \u00e1gua engarrafada custa por vezes tanto como um litro de gasolina, \u00e9 sujeito a um controlo menos intensivo de acordo com a legisla\u00e7\u00e3o e tem custos ambientais elevados associados ao transporte e \u00e0 embalagem, parece-nos indispens\u00e1vel corrigir os problemas identificados e restabelecer, nos locais em risco ou onde houve problemas, a confian\u00e7a no consumo pela torneira deste que \u00e9 o l\u00edquido mais precioso.<\/p>\n
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Lisboa, 1 de Outubro de 2010<\/p>\n
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A Direc\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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