Hoje, 17 de Dezembro, \u00e0s 10 da manh\u00e3, a Plataforma Transg\u00e9nicos Fora e a Quercus distribu\u00edram cabazes solid\u00e1rios, em frente \u00e0 representa\u00e7\u00e3o da Comiss\u00e3o Europeia (CE) em Lisboa, para real\u00e7ar o direito a uma alimenta\u00e7\u00e3o saud\u00e1vel e entregaram igualmente um simulacro de prenda natal\u00edcia \u00e0 CE composta por in\u00fameros “alimentos” transg\u00e9nicos indesej\u00e1veis. Por sua vez, foi entregue \u00e0 Representa\u00e7\u00e3o da Comiss\u00e3o Europeia em Portugal um cabaz de alimentos transg\u00e9nicos “indesej\u00e1veis”.<\/b><\/p>\n
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Est\u00e1 cientificamente estabelecida a rela\u00e7\u00e3o entre pobreza e falta de sa\u00fade\/longevidade,\u00a0(1)<\/sup>\u00a0pelo que o direito a escolher e comer o que \u00e9 mais saud\u00e1vel torna-se particularmente crucial no caso de grupos vulner\u00e1veis da sociedade, como as crian\u00e7as, os idosos e os mais desfavorecidos.<\/p>\n <\/p>\n A representar cada um destes estratos sociais associaram-se a esta ac\u00e7\u00e3o p\u00fablica a Associa\u00e7\u00e3o Verdes Anos, uma escola de educa\u00e7\u00e3o livre, a ANAI, Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Apoio ao Idoso, e a CASA – Centro de Apoio ao Sem Abrigo. As tr\u00eas entidades receberam cabazes de alimentos sustent\u00e1veis sem transg\u00e9nicos, num gesto de reconhecimento da import\u00e2ncia desta escolha.<\/p>\n <\/p>\n Ver v\u00eddeo<\/a><\/p>\n <\/p>\n A Comiss\u00e3o, por seu lado, recebeu os s\u00edmbolos do falhan\u00e7o da engenharia gen\u00e9tica alimentar:<\/b><\/p>\n <\/p>\n Alimentos que ningu\u00e9m quer, sem uma rotulagem que permita escolha, com potencial intr\u00ednseco para contaminar a restante produ\u00e7\u00e3o e, desta forma, tornar mais caro tudo o que n\u00e3o seja transg\u00e9nico (devido aos complexos programas de monitoriza\u00e7\u00e3o e segrega\u00e7\u00e3o necess\u00e1rios para evitar a polui\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica). No futuro, mantendo-se as tend\u00eancias e regras actuais, cada vez menos pessoas poder\u00e3o pagar para comer sem transg\u00e9nicos.<\/p>\n <\/p>\n Ainda mais grave, os portugueses n\u00e3o est\u00e3o sequer na posse de conhecimento que lhes permita fazer uma escolha informada.<\/b>\u00a0Segundo o Eurobar\u00f3metro de 2010 Portugal \u00e9 o pa\u00eds menos familiarizado com o assunto de todos os Estados Membros, apenas ultrapassado por Malta.(2)<\/sup><\/p>\n <\/p>\n Susana Fonseca, presidente da Quercus e porta voz desta ac\u00e7\u00e3o, clarifica: “O direito a uma alimenta\u00e7\u00e3o saud\u00e1vel \u00e9 t\u00e3o central ao nosso bem-estar que faz parte da Declara\u00e7\u00e3o Universal dos Direitos do Homem. Ao aprovar transg\u00e9nicos sobre os quais pendem pesad\u00edssimas d\u00favidas de seguran\u00e7a, a Comiss\u00e3o sabe que p\u00f5e em risco \u2013 de uma forma irrespons\u00e1vel \u2013 sobretudo aqueles que n\u00e3o conhecem ou n\u00e3o conseguem proteger-se. Mesmo a minoria da popula\u00e7\u00e3o que abrange os consumidores informados e com poder de compra fica impotente perante a falta de rotulagem. O sistema neste momento protege os interesses econ\u00f3micos que fomentam os transg\u00e9nicos, em detrimento dos direitos dos consumidores.”<\/p>\n <\/p>\n Note-se que foram este m\u00eas entregues \u00e0 Comiss\u00e3o Europeia em Bruxelas um milh\u00e3o de assinaturas por uma morat\u00f3ria \u00e0 introdu\u00e7\u00e3o de transg\u00e9nicos na Uni\u00e3o.<\/p>\n <\/p>\n Os europeus procuram alimentos realmente sustent\u00e1veis, de produ\u00e7\u00e3o biol\u00f3gica, compat\u00edveis com a protec\u00e7\u00e3o do ambiente e biodiversidade e ainda um elevado n\u00edvel de sa\u00fade p\u00fablica.<\/p>\n <\/p>\n Os transg\u00e9nicos representam um grande e infeliz passo na direc\u00e7\u00e3o oposta.<\/p>\n <\/p>\n (1)<\/sup>\u00a0\u2013 Ver por exemplo artigo em\u00a0www.tinyurl.com\/wolfson1999<\/a><\/p>\n (2)<\/sup>\u00a0\u2013 Consultar pg. 84 do Eurobar\u00f3metro “Europeus e Biotecnologia em 2010 \u2013 Ventos de Mudan\u00e7a?”<\/p>\n dispon\u00edvel em\u00a0www.tinyurl.com\/eurob2010<\/a><\/p>\n <\/p>\n – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –<\/p>\n <\/p>\n A Plataforma Transg\u00e9nicos Fora \u00e9 uma estrutura integrada por doze entidades n\u00e3o-governamentais da \u00e1rea do ambiente e agricultura (ARP, Alian\u00e7a para a Defesa do Mundo Rural Portugu\u00eas; ATTAC, Associa\u00e7\u00e3o para a Taxa\u00e7\u00e3o das Transac\u00e7\u00f5es Financeiras para a Ajuda ao Cidad\u00e3o; CAMPO ABERTO, Associa\u00e7\u00e3o de Defesa do Ambiente; CNA, Confedera\u00e7\u00e3o Nacional da Agricultura; Colher para Semear, Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais; FAPAS, Fundo para a Protec\u00e7\u00e3o dos Animais Selvagens; GAIA, Grupo de Ac\u00e7\u00e3o e Interven\u00e7\u00e3o Ambiental; GEOTA, Grupo de Estudos de Ordenamento do Territ\u00f3rio e Ambiente; LPN, Liga para a Protec\u00e7\u00e3o da Natureza; MPI, Movimento Pr\u00f3-Informa\u00e7\u00e3o para a Cidadania e Ambiente; QUERCUS, Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza; e SALVA, Associa\u00e7\u00e3o de Produtores em Agricultura Biol\u00f3gica do Sul) e apoiada por dezenas de outras. Para mais informa\u00e7\u00f5es<\/p>\n contactar\u00a0Este endere\u00e7o de email est\u00e1 protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.”><\/a>info@stopogm.net<\/a><\/span>\u00a0ou\u00a0www.stopogm.net<\/a>.<\/p>\n <\/p>\n Mais de 10 mil cidad\u00e3os portugueses reiteraram j\u00e1 por escrito a sua oposi\u00e7\u00e3o aos transg\u00e9nicos.<\/b><\/p>\n