Portugal e a Dinamarca s\u00e3o os pa\u00edses europeus com a frota de novos ve\u00edculos ligeiros mais eficiente, em m\u00e9dia, em termos de emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono (CO2) de acordo com um relat\u00f3rio publicado hoje pela Federa\u00e7\u00e3o Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), da qual a Quercus faz parte. O relat\u00f3rio mostra ainda que a expectativa da ind\u00fastria autom\u00f3vel de que os ve\u00edculos mais eficientes implicariam um aumento do pre\u00e7o n\u00e3o se est\u00e1 a verificar, estando os consumidores a beneficiar de um triplo dividendo: carros mais baratos, mais limpos e com menores custos de combust\u00edvel.<\/b><\/p>\n
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Segundo este relat\u00f3rio, os novos ve\u00edculos ligeiros de passageiros vendidos na Europa foram, em m\u00e9dia, 4% mais eficientes em termos de consumo de combust\u00edvel e emiss\u00f5es de CO2 e 2,5% mais baratos em termos absolutos em 2010, comparativamente com os valores atingidos em 2009. Os n\u00fameros continuam a seguir a tend\u00eancia de redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es dos anos anteriores e contradizem a posi\u00e7\u00e3o da ind\u00fastria autom\u00f3vel europeia de que o esfor\u00e7o de redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es para os limites vinculados pela legisla\u00e7\u00e3o europeia conduziria \u00e0 subida dos pre\u00e7os dos ve\u00edculos para valores insuport\u00e1veis para a ind\u00fastria.<\/p>\n
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Os dados deste relat\u00f3rio v\u00eam mostrar que a\u00a0 ind\u00fastria autom\u00f3vel europeia est\u00e1 no caminho certo para atingir o limiar de emiss\u00f5es de CO2 nos novos ve\u00edculos ligeiros vendidos no mercado europeu de 130 gCO2\/km para 2015, e cumprir o limite legal com anos de anteced\u00eancia. No entanto, os pre\u00e7os da venda de autom\u00f3veis a retalho n\u00e3o aumentaram de forma significativa, desde que o limite imposto pela legisla\u00e7\u00e3o europeia relativamente \u00e0s emiss\u00f5es de CO2 foi introduzido, como a ind\u00fastria previa. Pelo contr\u00e1rio os pre\u00e7os ca\u00edram drasticamente todos os anos em valores absolutos.<\/p>\n
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O relat\u00f3rio da T&E analisa ainda dois estudos de estimativas de custos, realizadas para a Comiss\u00e3o Europeia em 2001 e 2006, no sentido de atingir o limiar de emiss\u00e3o de 140 gCO2\/km, baseadas em dados fornecidos pela ind\u00fastria autom\u00f3vel. O relat\u00f3rio de 2001 previa que o esfor\u00e7o da ind\u00fastria para atingir as emiss\u00f5es de 140 gCO2\/km nos novos ve\u00edculos levaria ao aumento do pre\u00e7o de venda de um autom\u00f3vel novo m\u00e9dio em 2400 Euros, enquanto o estudo de 2006 vem refutar este valor e estabelece o custo em apenas 1200 Euros1. Em contraste, os pre\u00e7os de venda de autom\u00f3veis a retalho para os mesmos modelos ca\u00edram em toda a Europa cerca 2,4% ao ano, em m\u00e9dia, desde que os limites de emiss\u00e3o vinculativos para as emiss\u00f5es de CO2 nos autom\u00f3veis foram divulgados em 2007.<\/p>\n
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Para Portugal o relat\u00f3rio mostra que as emiss\u00f5es m\u00e9dias dos ve\u00edculos novos se situam nas 127,3 gCO2\/km, uma redu\u00e7\u00e3o de 5% face ao valor de 2009. Assim, Portugal continua a reduzir as emiss\u00f5es acima da m\u00e9dia Europeia, o que provavelmente reflecte o facto de ter um sistema fiscal que penaliza a aquisi\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos mais poluentes.<\/p>\n
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Jos Dings, director da T&E, afirmou que: \u201cA ind\u00fastria autom\u00f3vel tem vindo a resistir a valores de emiss\u00e3o que imponham maior efici\u00eancia do combust\u00edvel nos autom\u00f3veis com a desculpa de serem “invi\u00e1veis”. Mas as emiss\u00f5es de CO2 dos autom\u00f3veis t\u00eam vindo a cair para 140 gCO2\/km e isto deve-se na realidade \u00e0 queda dos pre\u00e7os\u201d.<\/p>\n
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Jos Dings acrescenta: “\u00c9 evidente que a Uni\u00e3o Europeia precisa de aprender li\u00e7\u00f5es desta situa\u00e7\u00e3o. Quando se trata de metas futuras para melhorar a efici\u00eancia de combust\u00edvel dos autom\u00f3veis, as estimativas de custos da ind\u00fastria devem ser avaliadas com a devida precau\u00e7\u00e3o.”<\/p>\n
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O ranking das emiss\u00f5es dos novos ve\u00edculos ligeiros por pa\u00eds europeu: Portugal exemplo a seguir, Alemanha com um dos piores desempenhos<\/b><\/p>\n
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A Alemanha, o pa\u00eds europeu com a maior frota de ve\u00edculos ligeiros no mercado autom\u00f3vel, teve o segundo pior desempenho na redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de CO2 dos novos ve\u00edculos em 2010, com uma redu\u00e7\u00e3o de apenas 1,8%, em m\u00e9dia, nas vendas de 2,8 milh\u00f5es de ve\u00edculos. A Eslov\u00e1quia foi o pa\u00eds da Uni\u00e3o Europeia que mostrou o pior desempenho na redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es de CO2 dos novos ve\u00edculos vendidos em 2010, os quais emitem, em m\u00e9dia, mais 1,3% do que em 2009.<\/p>\n
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Portugal \u00e9 no quadro dos 27 pa\u00edses da Uni\u00e3o Europeia, o segundo pa\u00eds com menor valor m\u00e9dio de emiss\u00f5es de CO2 na frota dos novos ve\u00edculos autom\u00f3veis vendidos em 2010 – 127,3 gCO2\/km, logo a seguir \u00e0 Dinamarca (126,6 gCO2\/km). Para isto contribui o facto dos portugueses, face ao seu poder de compra, serem muito sens\u00edveis ao pre\u00e7o do ve\u00edculo e ao seu consumo de combust\u00edvel, mas tamb\u00e9m, devido \u00e0s regras do Imposto sobre Ve\u00edculos (ISV) e do Imposto \u00danico de Circula\u00e7\u00e3o (IUC) que ponderam em 60% a componente de emiss\u00f5es de CO2 reduzindo a carga fiscal dos ve\u00edculos menos poluidores. Portugal conseguiu uma redu\u00e7\u00e3o de 5% das emiss\u00f5es dos novos ve\u00edculos face ao ano de 2009, apenas ultrapassada pela Dinamarca (cerca de 8,9%).<\/p>\n
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Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus, disse: \u201dMais uma vez este relat\u00f3rio traz boas not\u00edcias para Portugal. Continuamos a estar entre os pa\u00edses com os ve\u00edculos novos mais eficientes da Europa. Mas o mais importante \u00e9 que ao usar ve\u00edculos mais limpos conseguimos reduzir as emiss\u00f5es de CO2 mas tamb\u00e9m o consumo de combust\u00edvel, e com isso evitar milhares de milh\u00f5es de Euros em importa\u00e7\u00f5es de produtos petrol\u00edferos\u201d.<\/p>\n
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O relat\u00f3rio referido est\u00e1 dispon\u00edvel atrav\u00e9s do s\u00edtio Internet, ap\u00f3s o per\u00edodo de embargo, em\u00a0www.transportenvironment.org<\/a>.<\/p>\n <\/p>\n 1 – A grande diferen\u00e7a entre as estimativas de custos devem-se aos dados de refer\u00eancia utilizados. O primeiro estudo aponta para uma redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es de CO2 em 25% e o segundo para uma redu\u00e7\u00e3o de apenas 16%. Ambos os estudos estimam o custo de redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es de CO2 para 140 gCO2\/km em 100 \u20ac por cada unidade (em termos de percentagem).<\/p>\n <\/p>\n – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –<\/p>\n <\/p>\n Sobre o T&E<\/b><\/p>\n <\/p>\n T&E \u00e9 a principal organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o governamental de ambiente com campanhas espec\u00edficas na \u00e1rea dos transportes \u00e0 escala da Uni\u00e3o Europeia. Em conjunto com as 50 organiza\u00e7\u00f5es membros, entre as quais a Quercus, em 23 pa\u00edses, o T&E trabalha na promo\u00e7\u00e3o de uma perspectiva ambientalmente coerente para o transporte e a mobilidade.\u00a0\u00a0www.transportenvironment.org<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Portugal e a Dinamarca s\u00e3o os pa\u00edses europeus com a frota de novos ve\u00edculos ligeiros mais eficiente, em m\u00e9dia, em termos de emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono (CO2) de acordo com um relat\u00f3rio publicado hoje pela Federa\u00e7\u00e3o Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), da qual a Quercus faz parte. O relat\u00f3rio mostra ainda que a […]<\/p>\n","protected":false},"author":5,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"inline_featured_image":false,"footnotes":""},"categories":[101,319],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11808"}],"collection":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/5"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=11808"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11808\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":11857,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11808\/revisions\/11857"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=11808"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=11808"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=11808"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}