A Quercus, que se encontra em Durban a acompanhar a reuni\u00e3o da Conven\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para as Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas, considera que os cerca de cinco minutos que a Ministra do Ambiente, Assun\u00e7\u00e3o Cristas, usou para se dirigir ao plen\u00e1rio no segmento de alto n\u00edvel, merecem ser elogiados.<\/p>\n
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Em primeiro lugar, foi a primeira vez que um governante se dirigiu ao plen\u00e1rio em portugu\u00eas, o que n\u00e3o deixa de ser uma nota relevante. Em segundo lugar, porque, apesar de reafirmar os pontos estrat\u00e9gicos e comuns \u00e0 Uni\u00e3o Europeia, foi quem o fez de forma mais directa e expl\u00edcita, de entre os v\u00e1rios Ministros, citando a necessidade de prorrogar o Protocolo de Quioto. A ministra apelou ainda ao lan\u00e7amento de um roteiro at\u00e9 2015 que assegure \u201cum novo quadro global, abrangente e juridicamente vinculativo\u201d, dando uma resposta \u201cmais justa e mais ambiciosa\u201d ao problema das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas. Depois, referiu que Portugal conseguir\u00e1 cumprir as suas metas do Protocolo de Quioto como j\u00e1 \u00e9 conhecido, mencionando o apoio (presume-se que em parte como ajuda ao desenvolvimento) de 36 milh\u00f5es de euros entre 2010-2012, apesar das dificuldades financeiras que atravessa. Por fim, mencionou o papel que o nosso pa\u00eds poder\u00e1 ter como membro\u00a0 do Conselho de Seguran\u00e7a da ONU no que respeita \u00e0 rela\u00e7\u00e3o entre a paz e as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas e \u00e0 liga\u00e7\u00e3o estreita aos pa\u00edses da CPLP.<\/p>\n
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Para ter sido perfeito, ficou apenas a faltar a vontade de querer ir mais al\u00e9m que o compromisso de redu\u00e7\u00e3o de 20% das emiss\u00f5es de gases com efeito de estufa a n\u00edvel europeu entre 1990 e 2020 (que n\u00e3o \u00e9 consistente com a exig\u00eancia da Confer\u00eancia de Bali que menciona 25 a 40%), e de Portugal poder trabalhar activamente nesse sentido.<\/p>\n
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