{"id":11695,"date":"2021-03-04T15:27:26","date_gmt":"2021-03-04T15:27:26","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=11695"},"modified":"2021-03-04T15:27:26","modified_gmt":"2021-03-04T15:27:26","slug":"centro-de-recuperacao-de-santo-andre-da-quercus-devolveu-quatro-grifos-a-natureza-em-beja","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/04\/centro-de-recuperacao-de-santo-andre-da-quercus-devolveu-quatro-grifos-a-natureza-em-beja\/","title":{"rendered":"Centro de Recupera\u00e7\u00e3o de Santo Andr\u00e9 da Quercus devolveu quatro grifos \u00e0 natureza, em Beja"},"content":{"rendered":"

No passado domingo, dia 12 de Fevereiro, a Quercus procedeu \u00e0 liberta\u00e7\u00e3o de quatro exemplares de grifo (Gyps fulvus<\/i>), uma das esp\u00e9cies de abutres existentes no nosso pa\u00eds. A liberta\u00e7\u00e3o teve lugar numa \u00e1rea a sul do concelho de Beja junto \u00e0 ribeira de Terges e Cobres por volta das 12 horas. Os quatro animais estiveram em recupera\u00e7\u00e3o no Centro de Recupera\u00e7\u00e3o de Animais Selvagens de Santo Andr\u00e9 (CRASSA), no Litoral Alentejano, um dos tr\u00eas centros de recupera\u00e7\u00e3o de fauna selvagem geridos pela Quercus.<\/p>\n

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As aves foram mantidas em recupera\u00e7\u00e3o durante cerca de quatro meses, tendo todas elas sido encontradas debilitadas por falta de alimento, nos concelhos do Litoral Alentejano entre Odemira e Gr\u00e2ndola.<\/p>\n

Em Portugal, ocorrem naturalmente tr\u00eas esp\u00e9cies de abutres – o Grifo (Gyps fulvus), o Abutre-negro (Aegypius monachus) e o Abutre do Egipto (Neophron percnopterus), bem como outras aves com h\u00e1bitos necr\u00f3fagos. \u00c0 medida que as actividades agro-pecu\u00e1rias foram alterando os ecossistemas naturais, reduzindo a abund\u00e2ncia das suas presas naturais (na sua maioria o Veado e o Javali), estas esp\u00e9cies adaptaram-se \u00e0s disponibilidades alimentares criadas pelo homem, sendo que os animais dom\u00e9sticos associados \u00e0 silvo pastor\u00edcia representam, em algumas zonas do pa\u00eds, uma parte significativa da dieta alimentar dos grifos.<\/p>\n

Nas \u00faltimas d\u00e9cadas, as regras sanit\u00e1rias t\u00eam sido cada vez mais restritivas, obrigando a que as carca\u00e7as dos animais mortos sejam retiradas dos campos e eliminadas, o que est\u00e1 a levar \u00e0 diminui\u00e7\u00e3o dos recursos alimentares dispon\u00edveis. Com as directivas comunit\u00e1rias decorrentes da crise da encefalopatia espongiforme (a chamada \u201cdoen\u00e7a das vacas loucas\u201d), foram criados sistemas de recolha de animais mortos, retirando assim dos campos centenas de toneladas de carca\u00e7as e diminuindo ainda mais as disponibilidades alimentares das referidas aves.<\/p>\n

O vale do Guadiana, onde estas aves ser\u00e3o libertadas, \u00e9 uma \u00e1rea de ocorr\u00eancia regular desta esp\u00e9cie e foi local de nidifica\u00e7\u00e3o at\u00e9 h\u00e1 algumas dezenas de anos.<\/p>\n

Beja, 12 de Fevereiro de 2012<\/p>\n

O N\u00facleo de Beja\/\u00c9vora da Quercus
\nO Centro de Recupera\u00e7\u00e3o de Animais Selvagens de Santo Andr\u00e9 da Quercus<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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