{"id":11571,"date":"2021-03-04T14:47:48","date_gmt":"2021-03-04T14:47:48","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=11571"},"modified":"2021-03-04T14:49:02","modified_gmt":"2021-03-04T14:49:02","slug":"alteracoes-climaticas-estudo-do-governo-confirma-viabilizacao-de-metas-ambiciosas-para-2020-e-2050","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/04\/alteracoes-climaticas-estudo-do-governo-confirma-viabilizacao-de-metas-ambiciosas-para-2020-e-2050\/","title":{"rendered":"Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas: Estudo do Governo confirma viabiliza\u00e7\u00e3o de metas ambiciosas para 2020 e 2050"},"content":{"rendered":"

A Quercus considera que o Roteiro Nacional de Baixo Carbono 2050 (RNBC) cuja consulta p\u00fablica terminou no passado dia 15 de Setembro e em que a Associa\u00e7\u00e3o participou, constitui um exerc\u00edcio explorat\u00f3rio relevante, permitindo equacionar de forma mais clara os futuros trabalhos essenciais da pol\u00edtica clim\u00e1tica portuguesa na \u00e1rea da mitiga\u00e7\u00e3o, bem como o posicionamento pol\u00edtico do pa\u00eds no contexto Europeu.<\/strong><\/p>\n

Neste sentido, e como se refere, o RNBC deve ser considerado como uma fase preliminar e de suporte, desde j\u00e1, ao Plano Nacional de Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas para 2020 e, tamb\u00e9m, aos Planos Setoriais de Baixo Carbono. Estes \u00faltimos instrumentos, cujo tempo de elabora\u00e7\u00e3o se restringe a pouco mais de tr\u00eas meses e que dever\u00e3o ter em conta uma vis\u00e3o futura (p\u00f3s-2020), ter\u00e3o de integrar muitas das suposi\u00e7\u00f5es que t\u00eam vindo a ser assumidas, nomeadamente associadas \u00e0 \u00e1rea da energia, no Plano Nacional de A\u00e7\u00e3o para a Efici\u00eancia Energ\u00e9tica (PNAEE) e no Plano Nacional de A\u00e7\u00e3o para as Energias Renov\u00e1veis (PNAER), cujas vers\u00f5es finais, ap\u00f3s a consulta p\u00fablica de um documento preliminar, ainda se desconhecem.<\/p>\n

Os benef\u00edcios adicionais de uma trajet\u00f3ria de baixo carbono para Portugal, nomeadamente em mat\u00e9ria de emiss\u00f5es atmosf\u00e9ricas, e vari\u00e1veis macroecon\u00f3micas como PIB e empregos, mesmo que avaliados e explicitados com precau\u00e7\u00e3o, s\u00e3o suficientemente positivos para assegurar um apoio a uma economia com um paradigma diferente do atual. \u00c9 preciso que uma pr\u00f3xima abordagem, ainda para 2020 ou at\u00e9 mesmo 2030, considere vis\u00f5es concretas e plaus\u00edveis de virem a ocorrer no futuro do Pa\u00eds.<\/p>\n

Roteiro mostra que \u00e9 poss\u00edvel Portugal apenas aumentar 20% as suas emiss\u00f5es at\u00e9 2020 e reduzir em pelo menos 70% at\u00e9 2050 (em rela\u00e7\u00e3o a 1990)<\/strong><\/p>\n

Atrav\u00e9s da an\u00e1lise detalhada que a Quercus efetuou do Roteiro Nacional de Baixo Carbono 2050, h\u00e1 tr\u00eas conclus\u00f5es fundamentais que o Governo deve assumir e integrar nos pr\u00f3ximos documentos em mat\u00e9ria de altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas e particularmente no sector da energia:<\/p>\n

– Existe viabilidade econ\u00f3mica e tecnol\u00f3gica para a implementa\u00e7\u00e3o em Portugal de uma trajet\u00f3ria de baixo carbono, em linha com o objetivo da Uni\u00e3o Europeia de reduzir as emiss\u00f5es de gases com efeito de estufa em 80-95% em 2050, face aos n\u00edveis de 1990 que permitem ao pa\u00eds fixar desde j\u00e1 uma meta global ambiciosa de redu\u00e7\u00e3o de pelo menos 70% em rela\u00e7\u00e3o ao ano-base de 1990.<\/p>\n

– Portugal deve fixar uma meta global de aumento das emiss\u00f5es de 20% ou inferior para 2020 em rela\u00e7\u00e3o a 1990, no sentido de antecipar o caminho para uma economia de baixo carbono (cerca de 10% abaixo do que est\u00e1 por agora fixado pela Uni\u00e3o Europeia); n\u00e3o apenas o modelo do RNBC menciona que sem incentivos se poder\u00e1 atingir um aumento de apenas 12% em 2020 em rela\u00e7\u00e3o a 1990, como os n\u00edveis atingidos no per\u00edodo 2008-2012 est\u00e3o abaixo dos compromissos de Quioto e com tend\u00eancia decrescente persistente.<\/p>\n

– Em ambos os cen\u00e1rios estudados em que foram consideradas restri\u00e7\u00f5es de carbono consegue atingir-se, em 2050, 88% de eletricidade proveniente de fontes renov\u00e1veis. Neste contexto, a Quercus considera que atrav\u00e9s de um planeamento antecipado e incentivos que n\u00e3o foram considerados no modelo, \u00e9 vi\u00e1vel Portugal atingir o objetivo proclamado pela nossa Associa\u00e7\u00e3o de fornecimento de 100% de eletricidade renov\u00e1vel nessa altura, com metas interm\u00e9dias a definir para 2030 e 2040.<\/p>\n

Lisboa, 23 de Setembro de 2012<\/p>\n

A Dire\u00e7\u00e3o Nacional da\u2028Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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