http:\/\/doha.blogs.sapo.pt\/<\/a>.<\/p>\n <\/p>\n
Os acordos alcan\u00e7ados em Durban, em 2011, abriram novamente a possibilidade de reverter, pelo menos em parte, os piores cen\u00e1rios de aquecimento global e recolocar o mundo num caminho de emiss\u00f5es reduzidas, pronto para tirar partido das oportunidades que surgem pelos novos mercados e inova\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica das tecnologias limpas, pelo investimento, emprego e crescimento econ\u00f3mico. Para alcan\u00e7ar este potencial s\u00e3o necess\u00e1rias a\u00e7\u00f5es decisivas na COP18. O n\u00edvel de ambi\u00e7\u00e3o a curto prazo tem de ser mais elevado e tem de ser acordado um calend\u00e1rio de negocia\u00e7\u00f5es para conseguir um regime clim\u00e1tico global justo, ambicioso e vinculativo, num acordo que ter\u00e1 de estar finalizado at\u00e9 2015 para entrar em vigor at\u00e9 2020.<\/p>\n
Os elementos essenciais para serem conclu\u00eddos em Doha, incluem:<\/p>\n
\u00b7 O compromisso para a continua\u00e7\u00e3o em vigor do Protocolo de Quioto (PQ) num segundo per\u00edodo que se poder\u00e1 estender at\u00e9 2017 ou 2020, com um objetivo de redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de gases de efeito de estufa entre os 25% e 45% para os pa\u00edses desenvolvidos (para 2020), com base nas emiss\u00f5es de 1990, e um procedimento de ajustamento a n\u00edveis de ambi\u00e7\u00e3o mais elevados.<\/p>\n
\u00b7 A demonstra\u00e7\u00e3o pelos pa\u00edses desenvolvidos que n\u00e3o t\u00eam obriga\u00e7\u00f5es no \u00e2mbito do PQ que conhecem as suas responsabilidades atrav\u00e9s da ado\u00e7\u00e3o de compromissos rigorosos e quantific\u00e1veis de redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de GEE, num esfor\u00e7o compar\u00e1vel e transparente em rela\u00e7\u00e3o aos pa\u00edses com compromissos no \u00e2mbito do PQ.<\/p>\n
\u00b7 O registo pelos pa\u00edses em desenvolvimento das suas a\u00e7\u00f5es de mitiga\u00e7\u00e3o, para al\u00e9m de assumirem redu\u00e7\u00f5es volunt\u00e1rias \u2013 incluindo o Qatar.<\/p>\n
\u00b7 O acordo para um pico global de emiss\u00f5es a ser alcan\u00e7ado em 2015, o que significa que os pa\u00edses desenvolvidos precisam de reduzir as suas emiss\u00f5es de forma mais r\u00e1pida e providenciarem apoio aos pa\u00edses em desenvolvimento para estes poderem tomar mais medidas de mitiga\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
O atraso sucessivo na tomada de decis\u00f5es \u00e0 escala global depois do insucesso da Confer\u00eancia das Na\u00e7\u00f5es Unidas em Copenhaga (em 2009) est\u00e1 a p\u00f4r em causa o futuro do planeta, com consequ\u00eancias vis\u00edveis e dram\u00e1ticas como o recente recorde de degelo verificado no \u00c1rtico neste Ver\u00e3o de 2012. Com um Protocolo de Quioto mais fragilizado, com o Canad\u00e1 de fora para al\u00e9m dos Estados Unidos da Am\u00e9rica, a R\u00fassia e Jap\u00e3o a n\u00e3o se quererem comprometer com novas metas, \u00e9 fundamental o compromisso e trabalho para alcan\u00e7ar um acordo mundial em 2015, como aprovado na Confer\u00eancia de Durban no ano passado.<\/p>\n
\u00c0 escala da Uni\u00e3o Europeia, \u00e9 poss\u00edvel e urgente aumentar o n\u00edvel de ambi\u00e7\u00e3o de redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es para pelo menos 30% entre 1990 e 2020 (em 2011 j\u00e1 se tinha atingido 17,5% de redu\u00e7\u00e3o, pr\u00f3ximo do objetivo de 2020 que \u00e9 uma redu\u00e7\u00e3o de 20%).<\/p>\n
Em Portugal, que de acordo com o relat\u00f3rio mais recente da Ag\u00eancia Europeia de Ambiente, em 2011 teve um aumento de 16,5% de emiss\u00f5es em rela\u00e7\u00e3o a 1990, mais de 10% abaixo do permitido pelo Protocolo de Quioto, \u00e9 fundamental tra\u00e7ar metas mais ambiciosas e dar sequ\u00eancia ao Roteiro Nacional de Baixo Carbono, elaborando at\u00e9 final do ano o Programa Nacional para as Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas 2013-2020, e respetiva distribui\u00e7\u00e3o setorial de emiss\u00f5es.<\/p>\n
Lisboa, 26 de outubro de 2012<\/p>\n
A Dire\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
A atual falta de ambi\u00e7\u00e3o \u00e0 escala mundial na redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es de gases de efeito de estufa (GEE) est\u00e1 a levar o mundo para o caminho de um aquecimento entre 3,5\u00ba e 6,0\u00ba Celsius e de uma enorme crise clim\u00e1tica. A 18\u00aa Confer\u00eancia das Partes da Conven\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas sobre Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas (COP18) […]<\/p>\n","protected":false},"author":5,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"inline_featured_image":false,"footnotes":""},"categories":[302],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11549"}],"collection":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/5"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=11549"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11549\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":11559,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11549\/revisions\/11559"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=11549"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=11549"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=11549"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}